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Crônica de Ademar Rafael

SUBMISSÃO CONVENIENTE

Com o esgotamento das pautas relacionadas com COVID-19 e Guerra entre Rússia e Ucrânia os assuntos que predominam na imprensa escrita e falada e nas e redes sociais são: Eleições 2022, Aumento dos combustíveis e inflação. Vamos fazer algumas ponderações sobre os dois últimos temas, uma vez que entendemos que as publicações acerca de tais temas está muito distante da verdade, o império reinante é o da manipulação.

Sobre o aumento dos combustíveis muito se fala na oscilação do dólar, nos efeitos da guerra acima destacada e nos tributos incidentes sobre os produtos derivados do petróleo. O peso desses três fatores sobre os aumentos perde de longe para o real motivo. Qual é este motivo Ademar? O grande culpado nessa história é o sistema de precificação utilizado pela Petrobrás. Foi criado em 2016 no Governo de Temer. Seu nome?  Preço de Paridade Internacional – PPI. Tal modelo dar total privilégio aos ditames do mercado internacional, o lucro é única meta.

No tocante a inflação temos um ingrediente também prejudicial ao Brasil que é o aumento da taxa SELIC. Seu foco é rentabilizar os capitais de investidores. Até as lâmpadas das salas de reunião no Banco Central sabem que para o modelo inflacionário que vivenciamos o aumento da taxa de juros pouco interfere. Esta nefasta medida tem algum efeito nos ciclos inflacionários derivados de alto consumo, não é o caso atual. Nossa inflação está subindo por força de outros eventos. Destacamos: Custo dos alimentos, provocado pela falta de política relacionada com estoques reguladores e aumentos dos serviços que sofrem impactos dos preços dos combustíveis e da energia.

Nossos governantes de antes, de hoje e de amanhã, que se beneficiam com os dividendos pagos pela Petrobrás e com os valores atraídos pelas altas taxa de juros promovem discursos condenando a Petrobrás e o Banco Central, para enganar os desavisados. Internamente seguem com a submissão conveniente aos donos do capital.

Crônica de Ademar Rafael

POLÍTICA DE FORMA AMPLA

A jovem advogada e comunicadora Gabriela Prioli publicou em 2021 o livro “Política é para todos”, obra lúcida, pertinente e rica em detalhes. A obra decifra de forma palatável conceitos sobre Estado, República,
Poderes, Partidos e outros assuntos ligados ao tema. Dedica capítulo específico para esmiunçar as diferenças entre democracia e autoritarismo, não se limita a criticar esse ou aquele governante. Como todo bom livro traz informações relevantes sobre os temas a que se dispôs a escrever dando clareza.

Ao escrever sobre “Para que sevem os partidos” demonstra com riqueza de detalhes as falhas do nosso sistema partidário. Diferente de outros autores não o faz com tom professoral. Registra fatos e, como o mesmo formato da nossa crônica semanal, deixa que cada um faça a reflexão sobre o assunto e tire suas conclusões.

Para este cronista os registros inseridos nos capítulos “Como os votos se transformam em mandatos”, “Qual o papel dos eleitores”, “Como são financiadas as eleições e por que isto importa”, “Qual o papel dos
eleitores no processo democrático” e “Como participar da política além das eleições” mereceriam entrar nas pautas das mídias sociais, tais como: Blogs, jornais, revisitas, rádios e redes de televisão aberta e por
assinatura.

Tenho certeza que se tais temas fossem debatidos de forma individualizada, demonstrando a sua vinculação com os interesses coletivos, a população teria acesso a ricos debates. São assuntos com estreita relação com nosso cotidiano que ficam à margem dos debates diários. A preferência, com raras exceções, é destacar a polarização.

Que tal convocar autoridades e postulantes a cargos nas próximas eleições para identificar as suas visões sobre os assuntos destacados no quarto parágrafo desta crônica? Fica a dica para os titulares dos blogs e apresentadores de programas diários em nossa região.

Crônica de Ademar Rafael

OBEDIÊNCIA QUASE ZERO

Nos protocolos de posse da esmagadora maioria das nossas autoridades existe o ritual do juramento de obediência à Constituição. É, sem dúvida, um dos atos mais desrespeitados que eu conheço.

Após as posses os “incisos” do artigo 3º da nossa Carta Magna se transformam em letras mortas e são jogados nas valas comuns do fosso social da nação brasileira. O que dizem referido textos: “Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; II – garantir o desenvolvimento nacional; III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”

Encontrar uma ação que busque atender a utopia de “sociedade livre, justa e solidária” é uma tarefa muito mais difícil do que sobreviver na condição de excluído neste país onde a injustiça social é uma marca centenária.

No quesito “garantir o desenvolvimento nacional” pouco se fez nestes duzentos anos de pseuda-independência. A centralização de riqueza em determinadas regiões privilegiadas com a totalidade dos investimentos foi e é pratica comum. O pacto federativo não passa de uma névoa fina que se dissipa sem necessitar de ventania, desaparece por si.

Sobre “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais” é possível em alguns momentos, com esforço extremo, identificarmos movimentos nessa direção. Contudo, a autoridade que o fez agiu pensando em popularidade e garantia da permanência do seu grupo no poder, não passam de políticas de mandato, nunca de estado.

O quarto inciso está umbilicalmente ligado à negação aos três que o precede. Ignorado por autoridades e por grande parte da sociedade, especialmente, aquela reside na casa grande.

Crônica de Ademar Rafael

UM GRANDE MARCO

Na crônica que foi publicada neste espaço em 15.11.2021, falando sobre este momento escrevi: “No próximo ano, dia 27.06.22, a crônica QUINHENTOS será publicada com assunto de impacto em nosso cotidiano. Será um tema escolhido com critério cirúrgico.”

Como “promessa é dívida” e a gratidão é uma prática a ser executada sem moderação resolvi falar sobre os dez anos do BLOGDOFINFA, ambiente que permitiu a divulgação semanal de um texto que procura levar às leitoras e aos leitores um ponto de vista coerente que o forma de vida do escritor. O que escrevo tem compatibilidade com minhas escolhas.

Assim sendo se faz necessário destacar o que este veículo de comunicação social tem de diferente e o que permitiu essa trajetória de sucesso. Destaco que o BLOGODOFINFA tem duas características que o diferencia.

A primeira é que busca a notícias onde ela está acontecendo. É uma plataforma que sai do ambiente de busca virtual para composição do seu portfólio de notícias. Seu titular sai do escritório e acompanha os fatos em tempo real. Com isto é possível que determinado fato seja divulgado depois da publicação de outro espaço, mas, ao ser divulgado apresenta a versão de quem estava na arena onde aconteceu e não de quem coletou a notícia e definiu o texto sem o cheiro e a cor da presença física.

O segundo ponto de relevo é que o BLOGDOFINFA abre espaço para internautas e colunistas que, com conteúdo de interesse do público leitor e total liberdade, assinam as publicações. Esta crônica tem a simbologia do número QUINHENTOS e ratifica uma parceira onde impera a confiança e a liberdade real de expressão, sem filtros.

No dia 19.08.2022 a festa dos DEZ ANOS, nos próximos anos a trilha em busca de novas décadas de sucesso. Parabéns caro Júnior Finfa.

Crônica de Ademar Rafael

VOTO POR NECESSIDADE

No mundo dos negócios as ações iniciais do empreendedores são analisadas na perspectiva de dois grupos. O primeiro é o empreendedorismo por oportunidade, assim entendidos os casos em que os empreendedores, mesmo tendo acesso à outras alternativas de emprego e renda, passam a empreender ao identificarem opções de gerar riqueza em determinadas áreas. O segundo é classificado como empreendedorismo por necessidade, nesta hipótese o empreendedor não dispõe de outras alternativas de sobrevivência e partem para um negócio próprio como única tábua de salvação.

Dados confiáveis que estudam os dois estilos demonstram que o segundo grupo tem maior índice de mortalidade. Os motivos são diversos, não é o caso de aqui detalharmos. Nosso intento é trazer esses fenômenos do universo dos negócios para falarmos sobre o que denominamos de voto por necessidade. Quando eleitores, sem outra alternativa para suprir as condições básicas que lhe proporcione uma vida digna, fazem do seus votos moeda de troca, baseada quase sempre nas questões imediatas.

Se fizermos as perguntas abaixo para um pai ou uma mãe sem renda suficiente de atender suas necessidades é possível que a opção escolhida seja a indicada em segundo lugar em cada indagação. Eis as perguntas: Você prefere a democracia ou um prato de comida? Você prefere um emprego formal ou o alimento de hoje? Você prefere um governante que cuide do seu país ou de você, mesmo que seja com migalhas? Você prefere um filho na escola ou trazendo comida para mesa? Você prefere um projeto de longo prazo ou solução para agora?

Para reflexão ora sugerida não nos interessa buscar culpados e sim caminhar à procura das causas que sustentam os políticos que compram votos e escravizam os eleitores que vendem. Avaliamos que enquanto não tivermos um país com políticas públicas de longo prazo continuaremos vendo o voto por necessidade induzindo escolhas e decidindo eleições.

Crônica de Ademar Rafael

 

BARRADOS NO BAILE

Novamente estamos assistindo a um filme repetido que narra a saga de cantores regionais que foram excluídos das grades de programação dos grandes eventos alusivos aos festejos juninos. Os eventos de Campina Grande e Caruaru, para não alongar muito o papo, deixaram fora dos palcos principais nome consagrados.

Toda vez que passa este filme lembro que, pelo menos em uma oportunidade, este “descaso” nos trouxe um benefício. A extraordinária música “Tareco e mariola”, de Petrúcio Amorim, nasceu após um atendimento dado ao artista por parte de organizadores da festa em Caruaru. Isto contudo não pode servir de compensação, é necessário que os cantores regionais sejam contemplados.

Diante da impossibilidade de ser formada uma organização no estilo das Ligas das Escolas de Samba do Rio e de São Paulo ou da blindagem dada aso grandes rodeios, em favor dos filiados no primeiro caso e das duplas sertanejas no segundo, cabe aos organizadores utilizar o bem senso. Mas, como sabemos, bom senso e dinheiro nunca caminham juntos.

Sem entrar e detalhes individualizados é preciso ter em mente que as festas grandes são administradas por grupos empresariais, da área de entretenimento, que visam o lucro por meio de venda de ingressos e de espaços publicitário e para o comercio de bebidas e comidas. Neste ponto o artista que colocar mais público será escalado. O que ele canta, como canta são detalhes periféricos e núcleo é receita.

Lembro que no auge do sucesso “Os trepidantes” tocavam na festa de São Sebastião em Iguaracy-PE todo ano. Nos últimos anos este fato não ocorreu com Maciel Melo em sua terra como também Maria da Paz pouco se apresentou nas festas de Afogados da Ingazeira. O entendimento equivocado de que santo de casa não obra milagre não é recente.

Sejamos justos e gratos aos nossos bons artistas. São raízes, merecem respeito.

Crônica de Ademar Rafael

ONDE FALHAMOS?

As ponderações adiante registradas foram inspiradas na mensagem que Cristovam Buarque nos apresenta no livro “Por que falhamos – O Brasil de 1992 a 2018”. Nele o ex Ministro de Educação sugere reflexões sobre os fatos que deslocaram o Brasil de um estágio de governos progressistas para o retrocesso, de acordo com sua percepção. No meu caso estendo o horizonte temporal para o período de 1982 até 2022. Nossa avaliação é que falhamos coletivamente nos quatro momentos a seguir detalhados, sendo que o último está acontecendo neste momento.

Por medo nos contentamos com a eleição indireta de Tancredo Neves e consideramos a derrota de Emenda Dante de Oliveira (Diretas Já) no parlamento como um fato normal. Nos faltou coragem ou sobrou covardia? Os resultados todos sabemos: Sarney com seus cinco anos, Plano Cruzado, etc.

Fomos buscar salvadores da pátria nos movimentos “Caras pintadas” de era Collor ou “Movimento Brasil Livre – MBL e Vem para rua” da era Dilma. Elegemos líderes que surgiram durante tais mobilizações que
gostaram do poder, traíram os ideais e contribuíram para legitimar a expressão portuguesa “A montanha pariu um rato.”

Passivamente deixamos ser aprovada a mais nefasta mudança do texto da Constituição de 1988, a reeleição. Esta medida cuja aprovação foi na base do toma lá dá cá e que beneficiou o “príncipe” que desgovernava o país. Neste caso, como nas Diretas Já, por omissão nos deixamos acreditar que o parlamento estava agindo patrioticamente.

Por conveniência ou ignorância estamos embarcando na falsa teoria que limitar o poder das redes sociais, no tocante a proliferação de notícias falsas, é agredir a liberdade de expressão. O preço desta esta falha, em curso, será cobrado para muitas gerações futuras em um país onde o futuro é negado, por omissão coletiva e esperteza dos “mandarins”.

Crônica de Ademar Rafael

ANTÔNIO MARTINS DE MORAIS

De forma simplificada entendo que o mundo é formado por dois grupos de pessoas. No primeiro grupo estão aquelas que ao tomarem lugar em uma mesa cheia fazem com que trinta minutos depois todos que antes estavam sentados tenham se retirado, ninguém suporta a enfadonha conversa do recém chegado. O grupo dois é integrado por pessoas disputadas pelos que estão no ambiente na hora da sua chegada, todos se sentem bem ao seu lado. Antônio Martins faz parte do segundo grupo. É, de fato e de direito, uma pessoa agregadora que por meio do seu carisma torna os ambientes mais leves e harmoniosos.

Recentemente numa conversa com o amigo Elias Mariano, Professor e comentarista esportivo dos bons, comentei que dos grandes times do futebol brasileiro eu classifico como a melhor dupla de defensores Figueroa e Marinho no Internacional e Antônio Martins e Clóvis de Dóia como a melhor nos clubes regionais. Bila, como carinhosamente o chamamos, ratificou meu comentário e mencionou momentos que viu a dupla neutralizar ataques de times adversários como se estivessem deitados numa rede, zero nível de estresse.

Sempre que encontro Antônio Martins nosso diálogo transita entre poesia, corrida de gado e futebol. Invariavelmente ele cita grande jogadores com quem atoou. A relação é longa e aqui registro quatro nomes citados em todas as oportunidades: Seu parceiro Clovis, Biu de Zeca, Pedoca da Estação e Ademir. Ouvi várias vezes: “Biu de Zeca e Ademir colocavam a bola em lugares inimagináveis para os comuns e deram muita fama para atacantes.” Como duvidar de quem esteve ao lado desse craques.

Em um desses diálogos ele relatou que na época que esteve no Ferroviário de Recife participou de um jogo treino contra o Santa Cruz. O tricolor do Arruda na época tinha o quinteto: Luciano, Betinho, Ramon, Fernando Santana e Givanildo. Segundo Antônio Martins com poucos minutos esse ataque já havia feito cinco, Ramon infernizou a vida dele. Muitos anos depois, quando estava trabalhando na CAVASA, construindo pontes na zona da mata de Pernambuco foi convencido por um amigo a disputar uma partida de futebol na cidade onde nasceu Ramon. Ao entrar em canto quem estava como centro avante do time adversário? Ramon. Veio o filme do jogo treino contra o Santa Cruz. A sorte é que a ausência dos quatros companheiros e a idade não permitiram que Ramon fizesse o estrago que havia feito nos anos 1970.

Hoje fora dos gramados Antônio Martins nos brinda com suas agradáveis histórias e cantando forró ou música “seresta raiz” acompanhando os amigos Genailson na sanfona ou Chico Arruda no violão. Se faltar tocador ele tira acordes e canta com a mesma espontaneidade. É titular do Programa “Vida de gado” aos sábados na Rádio Pajeú, atração que brevemente completará 40 anos no ar. Este programa já foi registrado neste espaço numa crônica de 15.07.2019, quando dos 35 anos de sucesso entre os amantes do esporte praticado pelos que vestem a “toga de couro”.

Crônica de Ademar Rafael

A VOLTA DO DINHEIRO

O termo acima é a tradução para nosso linguajar de terminologia utilizada no mundo das finanças utilizada para definir a mesma coisa. Lá o assunto e chamado pelo nome de Retorno do Investimento – RI.

Este breve enunciado tem como objetivo identificar a lógica que origina fatos que assustam “os nativos” ao retornarem a pontos turísticos que frequentaram na juventude, no caso dos pernambucanos as praias de Tamandaré, Porto de Galinhas e da Ilha de Itamaracá. Que sustos são esses Ademar? São dos valores pagos por serviços antes gratuitos, tais como, estacionamentos e acesso ao locais de banhos.

Então vamos colocar os pingos nos “is”. Todo investidor raiz quer o retorno do que investiu no menor espaço de tempo com o menor risco. Quem pensar diferente é ponto fora da curva ou filantropo. Em nossa língua, quem investe quer o dinheiro de volta, devidamente corrigido.

Portanto essas cobranças são baseadas nos princípios do “RI” e na terceirização dos espaços públicos promovida por gestores dos municípios, do estado da união. O investidor privado ao fazer um  empreendimento o faz pensando em retorno. Assim gira o mundo do capital, nesse caminho a única volta que existe é a do dinheiro investido.

Fora dos ambientes de lazer acima citados já convivemos com esta realidade há muito tempo. Os grandes centros comerciais, conhecidos com Shoppings, têm na cobrança dos estacionamentos uma das principais fontes de receita, clínicas, hospitais e restaurantes terceirizam as áreas do seu entorno para cobrar estacionamento dos usuários.

Algumas redes de hotéis que operam no Brasil retiraram o café da manhã da relação de serviços inclusos nas diárias, parte deles já cobram estacionamento. A regra é clara: “Não interessa de onde e como virá, preciso ter o que investi em meu bolso no menor espaço de tempo.”

Crônica de Ademar Rafael

EXTREMOS

Desde que iniciei minha atividade como cronista neste espaço tenho como principal propósito trazer temas que possam promover reflexões, sem apresentar versões definitivas. Todas postagens permitem a avaliação isenta de cada leitora e cada leitor. Em nenhuma delas afirmo estar apresentando a expressão da verdade única.

Assim procedo por entender que numa convivência harmoniosa necessário se faz ouvir o outro lado e saber que o mundo real tem extremos e miolo, afinal como sabemos o rio não é formado apenas pelas margens, precisa do leito central para exercer sua missão. Se os extremos se fecham deixa de ser rio, ao se alargarem demais transformam o rio numa lagoa.

Nunca havia lido mensagens tão contundentes contra essa equivocada opção para a vivência nos extremos, com polarização em níveis elevados, que o mundo tem experimentado. Eis que tive acesso ao livro “Ciberpopulismo – Política e democracia no mundo digital”, de autoria do jornalista argentino Andrés Bruzzone doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo-USP.

Esta rica publicação sobre o assunto traz afirmações duras como: “Polarização é quando duas convicções opostas ocupam todos os espaços do debate político” – “Pluralismo democrático exige
confrontação e debate. Em toda sociedade há necessidades contraditórias que precisam ser resolvidas, e a democracia é o sistema de governo que permite encontrar soluções negociadas aos conflitos.” – “As vozes do meio são abafadas pelos”.

Concluída a leitura da obra podemos ver os impactos negativos que o crédito excessivo dado para as postagens das ferramentas de comunicação em massa têm promovido em todo mundo, no Brasil temos exemplos cujos resultados deixamos de detalhar por respeito a cada um de vocês. Que tal procurarmos ouvir mais e impor menos?