
Por Rinaldo Remigio*
Se a política de Afogados da Ingazeira tivesse um nome a ser reverenciado, com certeza ele seria o de Antônio Mariano de Brito. Nascido no Sítio São João, uma pequena localidade que ele sempre teve o maior orgulho de apresentar, Antônio era a personificação do político que não apenas era parte da história, mas também aquele que escrevia os capítulos mais significativos dela. De fato, foi um líder nato, um político à frente de seu tempo.
Aos 24 anos, um jovem com um olhar visionário, foi eleito vereador. Aos 28, já assumia a cadeira de Prefeito de Afogados da Ingazeira, derrotando uma tradicional família que por anos dominava a política local. Mas o que mais impressionava na sua campanha, além da grande vitória sobre um sistema político arcaico, era a forma como ele conduzia sua jornada política.
Antônio não utilizava palavras vazias. Quando se comprometeu, fez valer. E foi assim que, em sua campanha para prefeito, prometeu e cumpriu um grande feito: levou energia elétrica ao povoado da Carapuça, uma comunidade distante 20 quilômetros da sede municipal.
A Carapuça, até então, parecia estar condenada ao esquecimento, sendo usada apenas para transferir votos. Porém, com o novo prefeito, a história foi reescrita. Na época, o desafio de levar energia a lugares remotos como esse parecia um sonho distante. Mas com determinação e parcerias estratégicas, principalmente com a CELPE, então estatal, Antônio Mariano conseguiu tirar aquele povo da escuridão. E não foi só Carapuça que se beneficiou, comunidades inteiras passaram a ter acesso a um recurso básico, mas essencial.
Mas sua visão para a cidade não parava por aí. Como bom educador, ele sabia que a base do desenvolvimento de uma sociedade começa na educação e no esporte.
Foi durante seu mandato que o Centro Desportivo Municipal foi erguido, com o objetivo de oferecer aos estudantes da rede pública um espaço adequado para a prática de esportes. A visão de Antônio foi além. Ele entendeu que o Ginásio Industrial, com o método “Aprendendo e Fazendo”, estava formando profissionais que precisavam de um novo caminho. E não hesitou: em parceria com o Governo do Estado, fundou a Escola de Artes, que além de dar novas oportunidades de aprendizado, abriu portas para diversas modalidades profissionais.
Nos bastidores de sua administração, ele sempre demonstrava o verdadeiro significado de cuidar das pessoas.
Quando o Mercado Público desabou em pleno sábado de feira, o prefeito não hesitou. Foi ao local imediatamente, organizou o resgate e cuidou das vítimas com a atenção de um amigo, não de um político.
E quando uma estiagem severa atingiu a cidade, gerando desemprego e fome, Antônio Mariano, sempre em contato com a população, fez um apelo aos pais e mães de família que se aglomeravam em frente à Prefeitura, buscando ajuda.
Ele se dirigiu aos fornecedores de alimentos e comprou cestas básicas para distribuir entre aqueles que mais precisavam.
Falar de Antônio Mariano é falar de um político que não temia desafios, que nunca se afastou do seu povo, e que compreendia que a política não era apenas uma questão de cargos e conquistas pessoais, mas de transformar a vida das pessoas, especialmente das mais necessitadas.
Antônio não se deixou seduzir pelas armadilhas da política tradicional. Ele, com seu jeito simples e direto, era um homem que cumpria suas promessas, um político que nunca se afastou do seu compromisso com a coletividade.
Suas ações, frequentemente confundidas com clientelismo, eram na verdade a expressão do profundo cuidado e respeito que ele tinha por sua gente.
Antônio Mariano não só cuidou apenas dos seus correligionários, mas, e também, dos seus adversários políticos, não apenas da sua cidade, mas, esteve preocupado e trabalhou por todo o seu Estado.
Construiu um legado que ainda ecoa nas ruas de Afogados da Ingazeira e em todo o Pajeú.
As novas gerações precisam saber que, um dia, o Vale do Pajeú teve um líder como ele, alguém que não só representou sua terra, mas que também deixou uma marca de coragem, humanidade e visão no coração dos Pernambucanos.
Antônio Mariano não foi apenas um Prefeito. Sua atuação como Deputado Estadual, aos 38 anos, comprovou o reconhecimento e o respeito que sua liderança tinha em todo o Estado de Pernambuco. Ele foi eleito por 111 municípios, prova de que sua atuação não se restringia apenas à região do Pajeú. Ele era, sem dúvida, o representante do povo de Pernambuco.
Enquanto Deputado, ocupou um dos cargos mais importantes na Assembléia Legislativa de Pernambuco, a Primeira Secretária, que é responsável por administrar um orçamento financeiro bilionário e a administração casa.
Antônio Mariano de Brito, sem dúvida, foi um verdadeiro gigante da política pernambucana. Um homem que tratava cada pessoa como se fosse da sua família, que sabia ouvir, que sabia agir. Um líder que, apesar dos desafios, fez história e se tornou eterno na memória de todos que o conheceram.
*Administrador, Contador, Mestre em Economia e Professor Universitário.
Fonte de informações: Internet, amigos e familiares!
