Reunindo milhares de pessoas nas cinco plenárias “Papo Reto”, o pré-candidato à prefeitura do Recife, Daniel Coelho (PSD), encerrou na noite desta quinta-feira (18), o ciclo de encontros realizados nas Regiões Político Administrativas do Recife. A abertura desse diálogo tem como objetivo reunir moradores, lideranças, candidatos e apoiadores para debater o município. “Estamos juntos nessa jornada de juntar grupos, equipes e pessoas que têm o mesmo propósito para poder discutir o futuro da nossa cidade. Será que a gente está satisfeito em morar em uma cidade que tem 150 mil pessoas que vivem com menos de 300 reais por mês? Será que está tudo bem mesmo?”, provocou Daniel.
As plenárias foram realizadas em formato de mesa redonda e de escuta ativa. “Eu aprendi com meu avô e na casa dele a mesa era neste mesmo formato. Ela tem um significado mágico que é da união das famílias. Porque na mesa retangular, que é a mesa tradicional, tem uma cabeceira. Botar o chefe na cabeceira. E na mesa redonda não tem chefe. Todo mundo é igual. Todo mundo tem o mesmo direito à voz e a gente constrói junto. A maior felicidade que eu tenho, depois de cinco plenárias, é a gente sentir esse clima de união e de unidade que estamos conseguindo”, comemorou o pré-candidato.
Daniel ainda pontuou o prejuízo de ter um mesmo grupo político atuando há 12 anos na gestão do Recife. “O que a gente sente hoje na prefeitura é um grupo muito pequeno que senta numa mesa, num gabinete, decide, e a partir dessa decisão, marca a publicidade e acha que o povo vai ser enganado. Já dizia, há muito tempo atrás, Dom Hélder Câmara: o povo pensa. A gente vai fazer uma campanha para fazer as pessoas refletirem. Será que está tudo bem? Será que a gente está satisfeito em ficar uma hora na Avenida Caxangá parado no trânsito? Será que os moradores de rua e a desigualdade social do Recife não nos chamam atenção?”, questionou Daniel.
Para a dona de casa Maria Betânia Nunes, 53 anos e 11 filhos, moradora da comunidade Novo Caxangá, a maioria do povo não tem nada a comemorar. “O Recife hoje está precário. O Recife hoje não está dos melhores, certo? Porque muitos bairros como o meu e como o seu estão esquecidos. Chegou eleição, tudo bem! Apertinho de mão, tudo bem! E depois? Vamos dar as costas todo mundo?”, questinou Maria.
Para Daniel Coelho, o Recife real é bem diferente da cidade da propaganda do gestor atual. “Nós não podemos deixar que a nossa cidade vire um circo, mas o pior e o mais triste dessa história, é que é um circo que faz um povo de palhaço”, enfatizou. Daniel Coelho ressaltou que este é o momento de agir e ter esperança na mudança.
“Sempre há uma esperança para tudo. Tudo tem que ter uma esperança, tudo tem que uma renovação, mas basta o povo querer e a gente quer essa renovação. Eu quero essa renovação, meu povo quer essa renovação”, conclui Daniel.