A emoção tomou conta do auditório do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) onde 50 estudantes receberam as medalhas de ouro da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC). O evento, que conta com o apoio do MCTI, teve recorde de participantes em 2023: mais de 4 milhões inscritos. Os estudantes são do Ensino Fundamental e Médio.
Na cerimônia, a ministra Luciana Santos defendeu o estímulo à participação dos jovens na ciência. “A ciência precisa responder aos desafios do dia a dia da população brasileira desde a fome até o satélite. Para que a gente possa garantir essas soluções num país ainda tão desigual é preciso enfrentar o negacionismo inaceitável”, afirmou.
A ONU, por meio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), entregou cinco troféus para as meninas que se destacaram em cada uma das regiões do Brasil. “Prêmios como esse podem ajudar na retenção escolar”, observou a representante da UNFPA, Junia Quiroga.
O estudante João Victor Meneses, do 9º ano do Ensino Fundamental no Ceará, já tinha sido ouro na fase estadual da competição e ganhou nova medalha, agora, na ONC. “É uma emoção muito grande. Tudo que a minha família e escola apostaram em mim não foi um gasto; foi um investimento”, comemorou João Victor, que também foi escolhido entre os cinco alunos do país para visitar o Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão, e o Navio Escola da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em maio de 2024.
“É uma façanha vocês conseguirem chegar até aqui. As escolas estão de parabéns pelo trabalho bem-feito, a família, que é quem mais dá apoio também”, parabenizou Jean Catapreta, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), organizadora do evento.
O secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda, ressaltou o papel do professor para a realização das olimpíadas. “Os professores são os grandes estimuladores, convocando e mobilizando os estudantes em sala de aula, encorajando-os para a disputa boa e saudável que é a competição.”
Além da ONU, a Petrobras também participa do projeto, juntamente com a Associação Brasileira de Química, o Instituto Butantã, a Sociedade Astronômica Brasileira, a Sociedade Brasileira de Física e o Departamento de História da Unicamp.