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“Crediamigo tem mais de R$ 10 bilhões para 2023, e o Agroamigo, R$ 5 bilhões de investimentos previsto”, disse Presidente Paulo Câmara

Presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara, concedeu entrevista exclusiva a este blogueiro. Paulo falou sobre os novos avanços do BNB e dos seus 40 dias de gestão.

Confira na íntegra:

 

Finfa: Presidente, o Crediamigo é um modelo que tem ajudado os microempreendedores e tem grande importância no desenvolvimento dos pequenos negócios. Como estão os níveis de adimplência? Existem estudos para ampliar limites e aumentar a disponibilidade de recursos?

Paulo Câmara: Estamos nessa missão no Banco do Nordeste há pouco mais de 30 dias sabendo que tem um grande serviço prestado ao nordeste brasileiro, mas que pode ampliar suas ações e fazer cada vez mais. Uma das ações que colocamos no nosso planejamento é que o Crediamigo e o Agroamigo, esses dois programas exitosos, — que chegam em locais onde poucas pessoas e instituições chegam — eles podem fazer a diferença na vida das pessoas.

O Crediamigo, só nesse primeiro quadrimestre, atingiu mais de um milhão de operações, recorde em toda sua história. Isso mostra, claramente, que podemos fazer mais, e vamos fazer.

O Crediamigo tem mais de 10 bilhões de reais para 2023, e o Agroamigo, 5 bilhões. São dois programas com mais de 15 bilhões de investimentos previstos. Todos os municípios nordestinos têm níveis de inadimplência muito baixos — apesar da pandemia, que foi um momento difícil. As pessoas sabem da importância de estarem adimplentes.

Não temos dúvidas que vamos poder ampliar, chegar nas pessoas e fazer com que todo município nordestino possa ter certeza, seja o trabalhador rural ou urbano, que poderá contar com o Banco do Nordeste. Vamos ter estrutura adequada para garantir o acesso ao crédito.

Finfa: Os pequenos negócios estão com um alto nível de endividamento. Como estão os níveis de adimplência? Existem estudos para o senhor ampliar os limites e aumentar a disponibilidade de recursos?

Paulo Câmara: Em 2023, já tem a previsão de aumento dos recursos que vão ser colocados à disposição dos municípios nordestinos. Vai chegar perto dos 40 bilhões de reais só do FNE. Isso com certeza vai possibilitar um volume maior de negócios. 

Nossa chegada à presidência do banco também tem um olhar para isso. A gente quer que chegue mais rápido e em mais locais, que as pessoas conheçam, efetivamente, o trabalho do Banco do Nordeste. No Ceará, onde tem a sede do banco, as pessoas já têm a cultura da importância do Banco do Nordeste. Precisamos fazer com que essa importância chegue também nos outros estados. Que saibam que podem contar conosco.

Nosso trabalho é também de divulgação, presença física, vamos fazer vários seminários nas diversas regiões do nordeste. Aqui em Pernambuco também faremos, mostrando como fazer negócios, tirar recursos e como isso pode gerar riqueza e empreendimentos. O banco vai expandir sua atuação em 2023, nós vamos chegar em todas as regiões de forma forte. Pernambuco pode ter certeza que não vai ficar de fora desse conjunto de ações.

Finfa: Presidente, o modelo institucional do BNB é desenhado para sanar dificuldades. Este preceito foi cumprido até o governo Temer. Em caso negativo, quais as diretrizes para a virada da chave?

Paulo Câmara: O presidente Lula, quando nos convidou, falou muito claramente que quer que o Banco do Nordeste atue com muita presença nos municípios nordestinos. Quer que o Crediamigo e o Agroamigo cheguem a todos. Que haja a possibilidade efetiva de acesso ao crédito pelo povo nordestino. É uma missão que o presidente Lula nos deu, portanto, é uma missão que nós vamos cumprir.

Vamos fazer com que as ações do Banco do Nordeste cheguem para todos. E vamos fazer isso de maneira rápida, transparente e com participação dos municípios, além de ampla divulgação, para que as pessoas possam ter cada vez mais acesso à nossas ações.

Finfa: O senhor conhece a região do Alto Pajeú, que tem uma viabilidade econômica e social grande. Existem estudos, na sua gestão, para instalar uma agência do Banco do Nordeste em Afogados da Ingazeira? Abrangeria cerca de 17 municípios.

Paulo Câmara: Ainda estamos há pouco mais de 30 dias, buscando conhecer todas as áreas e regiões do nordeste. O Banco do Nordeste não atua somente nos estados nordestinos, atua também no norte de Minas Gerais e Espírito Santo. Nós vamos fazer, realmente, um olhar para que a presença do banco esteja constando em todas as regiões. 

A gente sabe que não podem ter municípios muito distantes [do banco]. Olhamos no mapa aqui em Pernambuco e vemos o processo de atuação do banco, são 40 agências. Temos agência em Serra Talhada, mas todo o Pajeú subindo, não tem. Isso com certeza vai fazer parte dos nossos estudos. 

Nós vamos, com certeza, ter condições de apresentar, até o final do ano, uma reestruturação para que o banco esteja presente e encurte distâncias. O Pajeú, que é uma região tão importante economicamente no nosso estado, vai ter uma presença maior do Banco do Nordeste nos próximos anos.


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