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“Acredito que Raquel Lyra fará um bom governo, claro que ao seu modo e maneira”, disse prefeito de Afogados da Ingazeira

O prefeito de Afogados da Ingazeira, Alessandro Palmeira (Sandrinho), concedeu entrevista ao blog, respondendo perguntas relacionadas aos dois anos da sua gestão, pespectivas para 2023, política nacional, estadual, entre outras.

Pauta — Acesso rápido: 

  1. Avaliação da sua gestão

  2. Municipalização do trânsito, concurso público, conclusão do pátio da feira e duplicação do bairro da ponte

  3. Quando será realizada a municipalização do trânsito

  4. Diálogo com as comunidades urbanas e rurais

  5. Reforma do secretariado

  6. Relação com a Câmara Municipal

  7. Reeleição

  8. Trabalho de Paulo Câmara em Afogados

  9. Expectativa para o governo Lula

  10. Expectativa para o governo Raquel Lyra

  11. Relação com José Patriota

 

Finfa: Prefeito, queria que o Senhor fizesse uma avaliação dos dois anos da sua gestão.

Sandrinho: Primeiramente, gostaria de saudar e agradecer a você por essa oportunidade. Seu blog tem bastante audiência, não só em Afogados da Ingazeira, mas em todo o estado de Pernambuco.

Pude presenciar a sua influência e respeitabilidade que o blog tem, no momento da diplomação dos eleitos: deputados estaduais, federais, senadores e governadora. Isso deixa a gente muito feliz, Finfa. Você, que é um filho da terra, ter alcançado um espaço tão importante e estratégico.

Falando da nossa gestão, é importante dizer que somos sim, uma gestão de continuidade. Não só no tocante a estratégia, mas, principalmente, na continuação das obras e das ações, tanto na parte de edificação, como na social, cultural e de saúde e educação.

Temos buscado ampliar alguns serviços. Estou muito orgulhoso e feliz de poder dizer que todos os serviços que existiam na gestão do ex-prefeito José Patriota — nosso querido amigo —, nós demos continuidade, como também conseguimos ampliar algumas ações estratégicas na saúde e educação.

É como edificar uma casa. Você tem o projeto, faz o alicerce, paredes, depois o telhado, instalações elétricas… A construção de uma cidade é permanente, nunca acaba, até porque a cidade vai crescendo, ampliando, e precisamos acompanhar esse avanço.

Acompanhando de que forma? Estudando, diagnosticando, tentando fazer as melhores estratégias, buscando abrir portas para captar recursos independente de cor partidária, ou de que sigla seja. É sempre importante buscar recursos.

Tivemos a felicidade, nesse início do nosso governo, de ter parceria com o governo do estado, que nos presenteou com várias ações. Foi, de fato, um governo parceiro nosso, ele [Paulo Câmara], que é também do nosso partido, o PSB.

Queria demonstrar essa gratidão que Afogados tem com o governador. Ele quem enviou recursos para a cidade para construção da arquibancada, da tão sonhada ponte que liga o bairro São Francisco ao São Cristóvão, da cozinha comunitária, também sempre teve uma atenção muito forte com a nossa Expoagro. Essa parceria nos ajudou a enfrentar vários desafios.

Lembrando que nós tivemos no primeiro ano o maior desafio, não só da nossa gestão, mas da humanidade toda: a pandemia. As estratégias que construímos lá atrás tiveram que ser deixadas um pouco de lado para que cuidássemos da saúde da população. Isso foi um desafio muito grande.

Gostaria de relembrar que o município de Afogados da Ingazeira foi o único município do estado de Pernambuco a não permitir que crianças não vacinadas entrassem em suas escolas naquele momento. Fui bastante criticado, inclusive tive dificuldade até em setores da Secretaria de Educação do estado, mas estava convicto de que aquela decisão deveria ser tomada, porque acima de tudo está a vida, a saúde.

Eu queria relembrar isso porque é importante. Sabíamos que um percentual da população não entenderia assim, mas a gente teve que enfrentar isso. Estou dizendo isso para poder relembrar que não fazemos um governo pensando unicamente na reeleição, mas para fazer o que tem que ser feito, independente da parte eleitoral.

Temos que fazer uma política de gestão. Nosso cargo não é permanente, temos plena consciência disso, ele é apenas um instrumento de mudança para que possamos construir uma qualidade de vida melhor para a nossa gente.

Finfa: Prefeito, eu não poderia deixar de enumerar algumas pautas que a sociedade afogadense cobra. Queria que o Senhor pontuasse sobre a municipalização do trânsito, o concurso público, a conclusão do pátio da feira e a duplicação do bairro da ponte.

Sandrinho: Tínhamos um objetivo principal no nosso primeiro ano de gestão, que era acabar com o lixão. Era um desafio que vinha há muito tempo e, já no primeiro ano, conseguimos fazer.

Havia também uma demanda da população no tocante a implantação do PROCON na cidade. Também conseguimos no primeiro ano, assim como uma sede moderna para a guarda municipal. Estou citando esses exemplos para poder dizer que foi promessa de campanha que fizemos lá atrás e cumprimos.

Da mesma maneira, como alguns desses pontos que você levantou, chegamos a elencá-los na nossa campanha: a municipalização do trânsito, a construção da ponte que liga os bairros São Francisco a São Cristóvão, a duplicação, o pátio da feira, a escola Dom Mota… O que quero dizer de fato é que todas essas ações já estão bem encaminhadas.

Falando diretamente do trânsito, já fizemos todo o estudo necessário. Tem um engenheiro de trânsito e um arquiteto de trânsito que estão finalizando o estudo da nossa cidade. Há a possibilidade de mudanças em algumas vias. Tem ruas que são mão dupla e passarão a ser mão única, também algumas alterações consideráveis na sinalização, se teremos faixa azul ou não, como será a locação dos pontos de mototaxistas…

Encaminhamos o projeto de lei para a Câmara Municipal, os vereadores já aprovaram e estamos, agora nesse ano, sancionando a lei de municipalização de trânsito.

Lembrando, Finfa, que isso é um processo. Que pelo menos nos seis primeiros meses, precisamos fazer a parte educacional disso. É claro que, se houver algum exagero, a multa poderá aparecer.

Essa ação também está relacionada ao concurso público municipal, porque vamos precisar de agentes de trânsito em nosso município. Também encaminhamos uma lei, que já foi aprovada pela maioria dos vereadores, onde se cria o agente de trânsito, além da modificação da nomenclatura da Secretaria de Transportes, que passou a ser chamada de Secretaria de Transportes e Trânsito do Município de Afogados da Ingazeira. Ali tem um espaço para os agentes de trânsito. São esses agentes que podem fazer as ações. Logo após, o concurso, que pensamos fazer logo após o início do ano, entre janeiro ou fevereiro.

Estamos bem adiantados nessa demanda e esse é um dos cargos e funções que vão passar a existir para que possamos colocar em prática a municipalização de trânsito.

Finfa: Abrindo um parêntese sobre o trânsito, o Sr. tem como dizer em que tempo em média a municipalização do trânsito será realizada em Afogados?

Sandrinho: Para estar inteiramente, mais ou menos seis meses. No primeiro semestre do ano de 2023, já queremos entregar completamente municipalizado. Sendo importante dizer que todas as ações já se iniciaram desde a elaboração do projeto. É feito primeiro um estudo para que ele seja produzido e enviado para a Câmara Municipal.

Sobre a ponte, tivemos a satisfação de, no dia 16, o convênio ter sido liberado. 50% desse recurso já está para cair nos cofres públicos. O valor da ponte gira em torno de 3 milhões de reais. É uma obra bastante significativa e estratégica. Em infraestrutura, acho que será a maior obra da nossa gestão.

Também temos uma previsão para, em março ou abril, estarmos inaugurando o pátio da feira. Pode anotar. Ele dialoga também com a municipalização do trânsito, porque tirando a feira do centro melhora o fluxo do trânsito. Abrir essas vias vai viabilizar ainda mais a economia do município. Esse é um desafio bastante considerável, mas já temos uma data, como lhe disse, entre março e abril já estaremos fazendo a inauguração.

Temos um desafio que gostaria de dizer: dentre os recursos que foram destinados pelo governador para Afogados, tivemos 5 milhões de reais para pavimentação de ruas. Foram 37 ruas que fizemos os projetos, que os recursos já estão na conta. A primeira etapa do  já foi feita: R$ 5,2 milhões.

Dos R$ 3 milhões da ponte, 50% já estão resolvidos, como também 50% dos 2 milhões e 200 mil reais da arquibancada para o Vianão.

É importante também deixar claro que, no tocante a duplicação, ainda não recebemos nenhum valor. Estamos correndo atrás para que esse convênio ou contrato aconteça ainda esse ano, porque depois de empenhado, há obrigatoriedade da governadora dar continuidade à obra como um todo.

Finfa: Como anda o diálogo da gestão Sandrinho Palmeira com as comunidades urbanas e rurais?

Sandrinho: Confesso a você que esse é um grande desafio que temos enfrentado. Criamos um projeto, logo no primeiro ano, que foi o Prefeitura nos Bairros, mas não pudemos colocar em prática porque enfrentamos a pandemia.

Tivemos, claro, algumas dificuldades financeiras também, mas esse projeto está previsto para ser viabilizado no início de 2023. Estaremos levando o gabinete do prefeito juntamente com um gabinete para os secretários — claro que com horários de atendimento definidos. O prefeito atenderá no bairro, não na sede da prefeitura. O gabinete da prefeitura será transportado para o referido bairro e iremos circular entre eles para atender com ações de todas as secretarias: Cultura, Infraestrutura, Educação, Saúde… Isso vai aproximar ainda mais a gestão.

É importante dizer que estou passando por um momento de felicidade e alegria. Estaremos pavimentando todas as ruas do residencial Dom Francisco. Nunca nenhum gestor — não por não ser importante, mas por tantas ações — [fez ação do tipo].

Estamos prestes a inaugurar a principal, que é a rua Berta Celly, e já estão sendo colocados os meio-fios das ruas paralelas. Nesse primeiro momento serão quatro ruas, mais essa grande, que darão quase meio quilômetro [de extensão pavimentada]. São cinco ruas que estaremos inaugurando logo. A empresa já está fazendo esse trabalho lá.

Também vamos expandir, claro, para os outros bairros menores e que têm uma necessidade maior do nosso município.

Estamos agora com exatamente 13 obras de pavimentação para serem inauguradas no município de Afogados. Vamos esperar passar essas festividades, para a partir de janeiro começarmos as inaugurações.

Essa estratégia da prefeitura nos bairros vai se estender também à zona rural do município. Fizemos, agora, o processo licitatório para aquisição de uma máquina retroescavadeira.

Também estamos estudando a possibilidade da aquisição de duas caçambas, e também a possibilidade de um trator de esteira — que o nosso município não tem — para o homem do campo, então poderemos colocar de uma forma melhor a nossa estratégia inicial de que teremos uma frota para a zona rural, e outra para a zona urbana, para que possamos diminuir ainda mais os problemas.

Sendo relevante também dizer que temos 124 comunidades rurais no nosso município. Se a máquina fica um dia em uma comunidade — que não dá para resolver tudo —, seriam necessários 24 dias para que ela percorresse toda a zona rural do município. Isso se a máquina não tivesse nenhum problema, ou se não houvesse o deslocamento de até 19km de distância — como é o caso da Carapuça.

Mas temos feito isso com muita cautela e zelo. Vamos reforçar ainda mais as ações tanto para o homem do campo, como para os bairros mais periféricos da nossa cidade.

Finfa: Prefeito, o Sr. pretende ou não fazer uma reforma no seu secretariado agora em 2023?

Sandrinho: Quando a gente confia nas pessoas, quando fiz essa aposta, fiz entendendo as dificuldades que alguns secretários e secretárias têm passado. Se eu também passo, consequentemente sei que elas ecoam e reverberam nos companheiros e companheiras. São muitos desafios que temos que enfrentar.

Você me perguntando, vou lhe dizer com clareza. Eu estou bastante contente com o desempenho dos secretários. Não quero dizer com isso que não precisamos melhorar. Precisamos sempre estar em busca da melhora. São pessoas da minha confiança.

Não quer dizer que nenhum tenha seu cargo garantido até o final da gestão. Mas, no momento atual, de verdade, não vejo motivos para fazermos alterações.

Vejo motivos para algumas alterações na estratégia, em ações das secretarias, como também mudanças no gabinete do próprio prefeito Sandrinho. Precisamos fazer ampliações das ações em outros setores. Tenho tido, de certa forma, uma dificuldade quanto a isso.

Afogados é uma cidade muito dinâmica, complexa, pujante de mais. Às vezes um determinado tema sufoca, tira você do caminho, aí você precisa fazer um outro atendimento e aquela ação já sofreu três ou quatro dias de paralisação. Precisamos dar uma fluidez melhor a isso. Mas acredito que podemos fazer.

São secretários e secretárias que têm a minha confiança. Acredito que estaremos vivendo, em 2023, um ano diferenciado em nosso município.

Hoje a gente tem um deputado estadual — nosso querido José Patriota, que foi eleito —, temos o deputado federal Pedro Campos, a governadora Raquel Lyra. É, claro, um processo de construção com ela [Raquel], até porque temos consciência de que, no primeiro turno, não a apoiamos, mas, no segundo turno, sim. Isso nos aproximou bastante, inclusive no diálogo.

Já estive, em dois momentos — tanto individuais, quanto coletivos —, com a futura governadora do estado de Pernambuco. Esse alinhamento é muito importante, assim como com o presidente Lula.

Acho que estaremos vivenciando um momento diferenciado no nosso município. Espero que nossas estratégias deem, de fato, certo.

Temos também a estratégia do (??? – minuto 18:26), que foi aprovada pelos vereadores, no valor de 30 milhões de reais. Não penso na utilização total desse valor, mas as ações que trarão a diminuição das nossas despesas, como, por exemplo, o investimento de 5 milhões de reais no pátio de energia solar, que vai gerar uma economia mensal de 200 mil reais para Afogados.

Eu vou encerrar a minha gestão e ainda vai estar um processo construído para os futuros gestores que venham governar a nossa cidade.

Sempre tenho dito: o gestor que se preza, não pensa em montar um programa de governo para quatro anos. Ele tem que pensar na sua cidade para 30, 40 anos à frente. Ele tem que projetar o futuro. É assim que temos buscado fazer. Várias ações nossas só serão compreendidas lá no futuro, quando alguém vai dizer: “Olha aí, se não tivesse feito isso, hoje estava complicado.”

Estamos fazendo um estudo com relação à lei de previdência social. Temos discutido bastante com o pessoal do IPSMAI. A mudança na alíquota suplementar, no cálculo atuarial… Buscado e brigado, junto à AMUPE e CNM, uma melhor divisão do bolo tributário.

Também temos brigado no tocante aos recursos, para que as ações feitas pelo governo federal tenham dotação orçamentária e fonte de recursos corretas, para que não venha toda a conta para os municípios, de modo geral.

Estamos muito felizes, como disse. 2023 será um ano de muitas entregas para a população de Afogados da Ingazeira.

Finfa: Como anda a relação com o legislativo afogadense?

Sandrinho: Sempre é um desafio. Eu entendo que os companheiros e companheiras que lá estão, têm o seu papel de cobrar do seu gestor municipal.

Eles são um poder e nós, somos outro. Gosto sempre de lembrar isso. A Câmara Municipal é um poder completamente independente. Claro que temos um diálogo muito bom, não só com a presidência da Casa, mas com 90% dos vereadores, temos uma aproximação.

Escutamos as suas sugestões, suas propostas… Muitas vezes atendemos, outras não — até porque a disponibilidade de recursos às vezes não é suficiente.

Teremos, ainda essa semana, uma reunião com o financeiro e com nosso contador, para que a gente dê atenção à questão das emendas impositivas e possamos colocar em prática muitas solicitações dos vereadores.

Como eu disse, temos uma relação muito boa. Claro que não deixa ser desafiador, até porque eles são porta-vozes do povo. Entendo o interesse em melhoria constante.

Nossa relação tende a melhorar ainda mais nesse ano de 2023, quando nossa gestão estará ainda mais forte.

Finfa: Sandrinho será candidato à reeleição em 2024?

Sandrinho: Essa é uma pergunta que não quer calar [risos]. Eu não sei qual é o motivo dessa pergunta ser frequente não só por você, Finfa, mas por várias pessoas que me cercam.

Finfa interrompe fazendo adendo à pergunta.

Finfa: Prefeito, as eleições de 2022 encerraram. O Brasil e a política vivem em torno de eleições. Então, falando de 2023, já se fala em 2024. [risos]

Sandrinho: Tá valendo [risos].

Quero dizer, em voz amplificada, de alto e bom som, que sim, Sandrinho é candidato à reeleição em Afogados da Ingazeira.

Se eu fizesse pesquisas e meu governo estivesse mal avaliado, eu seria o primeiro a dizer que não sou mais candidato, porque não vou contra o povo.

Não é um projeto pessoal, é um projeto político de desenvolvimento da cidade de Afogados, que faz parte de um grupo chamado Frente Popular de Afogados da Ingazeira. Esse é o nosso projeto político.

A última pesquisa que nós fizemos, estávamos — eu, como gestor, mas nossa gestão como um todo — com 82,7% de aprovação. É uma aprovação alta e significativa, apesar dos desafios.

Eu vi vários prefeitos — e estão certos —, divulgando em suas redes sociais e na mídia a sua aprovação de pouco mais de 6%. Como eu não vou comemorar a minha? Qual o motivo de Sandrinho não ser candidato à reeleição com uma aprovação desse nível?

Esse questionamento acho que não deveria acontecer, não por parte de vocês, mas por parte de algumas pessoas.

Então, repetindo, Sandrinho Palmeira é candidato à reeleição. Isso também, claro, estaremos construindo junto à nossa base para que não seja uma questão impositiva, mas de lógica e de direito. Inclusive, há um consenso de mais de 95% da Frente Popular de Afogados da Ingazeira.

Finfa: Nesses seus dois anos de gestão, o governo Paulo Câmara fez por Afogados?

Sandrinho: Para o recurso disponibilizado para a ponte, ele foi fundamental. Era a nossa promessa de campanha que eu tinha mais receio de não poder cumprir. Ele deu esse passo importantíssimo na disponibilidade de 50% do recurso. Já vai ficar empenhado e estaremos executando.

Sobre a arquibancada do Vianão, muitos acabam não dando a devida importância, mas para nós que temos um time na primeira divisão, que leva o nome de Afogados, [é importante]. Tem jogadores da zona rural do município fazendo parte de um time profissional, que é o Afogados Futebol Clube.

Há poucos instantes, você [Finfa] me disse que apresentou Afogados da Ingazeira para Fátima Bernardes, através de Yane Marques. Veja como é importante esse desempenho.

Também auxiliou na pavimentação das ruas. Esses 5 milhões de 200 mil reais [destinados], foram agora no último momento, mas foram mais de 40 ruas que ele encaminhou recursos para que fizéssemos. Isso está tirando a população da lama, dando mais saúde e qualidade de vida. Ficamos muito felizes com isso. Afogados tem mais de 100 ruas para serem pavimentadas. Receber um recurso para pavimentar 40, já é uma ajuda muito grande.

A força que ele nos deu durante a pandemia: o governador disponibilizou 10 leitos de UTI, em primeiro momento. Depois, chegamos a ter 30 leitos de UTI em Afogados da Ingazeira. Imagine quantas vidas o governador Paulo Câmara ajudou a salvar, não só em Afogados, mas de todo Pernambuco, com essa disponibilidade? Além dos insumos, materiais, qualificação de profissionais, ampliações, ter conseguido conectar várias unidades hospitalares, para que essa união nos ajudasse durante a pandemia. Citando isso porque estou falando do Hospital Eduardo Campos, de Serra Talhada.

A disponibilidade de Paulo — que deu continuidade, foi uma solicitação do governo Patriota — quanto a Organização Social do Tricentenário, que gere o Hospital Regional em Afogados da Ingazeira, também foi muito importante.

Eu vejo vários prefeitos falando da dificuldade de se manter um hospital municipal. Afogados não tem um, mas tem um regional que nos ajuda bastante e a gestão [municipal] dá o suporte. Assim mantemos a parceria.

Foram muitas ações do governador Paulo Câmara. Achamos que ele está sendo injustiçado nos momentos da campanha eleitoral. Mas, para falarmos a verdade, o município de Afogados da Ingazeira deve muito a ele.

Inclusive, o sistema de abastecimento de água nos sítios Poço de Pedra, Curral Velho dos Ramos, Curral Velho dos Pedros, Gangorra, São João… São mais de 1000 famílias com água encanada na zona rural de Afogados da Ingazeira. Imagine o quão isso é importante. Tirando a lata d’água da cabeça e colocando água na vida das pessoas.

Finfa: Qual a expectativa que o prefeito Alessandro Palmeira tem do governo Lula?

Sandrinho: A melhor possível. A gente vem passando por um momento de muita dificuldade.

Um camarada [Jair Bolsonaro] irresponsável. Na pandemia ele negou a vacina. Disse que [o COVID-19] era só uma gripezinha. Veja a quantidade de vítimas que tivemos.

Ele retirou o Ministério da Cultura. Ela foi esquecida no governo Bolsonaro. Com Lula lá, ela virá mais forte, tenho certeza absoluta.

A política de meio ambiente, um desastre. Uma liberação para o desmatamento na Amazônia. Uma falta de respeito com os ativistas do meio ambiente país à fora.

O perfil de Lula é completamente diferente. Já foi presidente durante dois mandatos, estará agora chegando no seu terceiro. É um nordestino pernambucano que conhece de fato a realidade. Saiu do estado em um pau-de-arara para tentar a vida em São Paulo. Ele conhece a nossa realidade.

Tenho certeza que os recursos disponibilizados para o nosso município e para Pernambuco, no governo Lula, serão consideravelmente maiores do que foram no governo Bolsonaro.

Finfa: Qual a expectativa do prefeito Sandrinho para o governo Raquel Lyra?

Sandrinho: Gostei bastante da fala dela durante a diplomação. Disse que há a necessidade de unir Pernambuco, que os palanques estão desarmados, que vai descentralizar as ações, que o gabinete será onde ela estiver, não em Recife ou Caruaru. Vai ouvir os prefeitos — e já começou a fazê-lo. Já tivemos reunião com Raquel para discutir as estratégias. Confio bastante nessa colocação dela.

Ela é jovem, já foi prefeita de Caruaru, deputada, conhece de gestão, tem um pai ex-governador. Fez questão de dizer que era discípula de Eduardo Campos, com quem sempre tivemos uma aproximação respeitosa. Fico muito feliz de ver a futura governadora de Pernambuco também tendo essa visão sobre o modo de fazer gestão de Eduardo.

O diálogo com ela está muito bom, tranquilo, com seus assessores também. Acredito que ela fará um bom governo, claro que ao seu modo e maneira.

Quero parabenizá-la. Nesse mundo machista e patriarcal, ela conseguiu chegar a ser a primeira governadora do estado — que tem vivenciado um momento diferente: teremos agora uma governadora, uma vice-governadora e uma senadora.

Viva a força e a inteligência das mulheres.

Finfa: A partir de fevereiro, José Patriota será deputado estadual na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Vai ajudar Afogados?

Sandrinho: Sem dúvidas. Patriota é uma pessoa que, sem mandato, já vinha ajudando a cidade há 40 anos na vida pública. Foi prefeito, office boy no sindicato… Muitos chamavam ele de filho de Dom Francisco [risos], mas veja qual foi a referência, quem foi o padrinho social e político de Patriota.

Foi vice-prefeito, secretário de saúde, vereador, presidente da AMUPE, secretário da CNM… Imagine a capacidade que Patriota tem de contribuir com o município de Afogados, e porque não dizer do estado de Pernambuco.

Estamos muito felizes. Afogados e o Pajeú volta a ter um representante na Assembleia Legislativa. Não só um representante, mas um do quilate e envergadura de Patriota.

Fotos: Alisson Nascimento


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