Melhor que isso, impossível.
Muitos não aguentam mais ouvir falar sobre a delação da JBS, sobretudo, pelos estragos feitos em nossa combalida economia. Mas, com a permissão dos nossos queridos leitores, gostaríamos de fazer alguns registros que achamos bastantes curiosos. Se não, vejamos:
Saiu mais que barato para os donos do Grupo JBS. Promoveram a maior compra de políticos da história mundial, incluindo presidentes da República, e vão embora, impunes e totalmente imunes, após acordo de delação com a justiça brasileira. Não serão obrigados nem mesmo a usar tornozeleiras. Apensa pagarão multa de R$ 225 milhões, que representa apenas 1,7% dos 12,8 bilhões que arrancaram do BNDES nos governos do PT.
Esse valor parece alto mas, para a JBS, seria possível quitá-lo apenas com o que chamamos de “miúdos do frango”(moela e fígado). Mas nem vai ser preciso apelarem para esse artifício. Conforme foi divulgado pela imprensa uma operaçãozinha de câmbio feita às vésperas da delação-bomba, a qual está sob investigação da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, rendeu aos irmãos Batista o dobro do valor da multa. Com o acordo firmado, os donos da JBS se livram de cinco investigações criminais, sobre diversas falcatruas e ainda podem encher o peito afirmando em alto e bom som que são “ficha limpa”.
Essas duas crianças, que após subornarem todo mundo, tiveram um patrimônio elevado de R$ 4 para R$ 170 bilhões o que farão de agora em diante? Simplesmente usufruir, no exílio dourado, pelo resto da vida. Simples, não é?
O acordo de leniência fechado na tarde da segunda feira (05/06) no valor de R$ 10,3 bilhões poderá ser pago (se o for), em 25 (vinte e cinco anos) segundo dados divulgados pela imprensa que acompanhou as negociações.
E ainda há quem diga que o Brasil não é uma mãe. Para alguns, sim; para os pobres e miseráveis, principalmente se fizer parte da classe trabalhadora, essa “república de bananas” não passa de uma simples e carrasca madrasta.
Danizete Siqueira de Lima- Afogados da Ingazeira – PE – junho de 2017.