A Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação aprovou, nesta quarta-feira, a ampliação do orçamento para a Saúde em cerca de R$ 120 milhões, relocados de áreas meio do Estado, como propaganda, reformas não essenciais, passagens aéreas, cópias reprográficas, material de escritório, consultorias, reformas de prédios públicos e investimentos em tecnologia da informação, entre outros gastos de custeio da máquina administrativa.
O redirecionamento dos recursos foram apresentados pelo deputado Silvio Costa Filho (PTB), em nome da Bancada de Oposição, no total de R$ 48 milhões; pelo deputado Júlio Cavalcanti, como sub-relator da LOA 2016, no valor de R$ 57 milhões; e pela deputada Priscila Krause (DEM), no valor de R$ 19 milhões.
Segundo o líder da Bancada de Oposição, Silvio Costa Filho, as emendas visam compensar a redução orçamentária para a área de Saúde. “Em relação ao orçamento deste ano, a queda na LOA 2016 é de cerca de R$ 170 milhões. Se já estamos enfrentando essa situação de colapso na saúde pública do Estado, o que a população pode esperar de 2016 com R$ 170 milhões a menos”, argumentou.
Questionados sobre o corte de investimentos que estava propondo, o deputado Júlio Cavalcanti perguntou aos deputados presentes na comissão o que seria melhor: “esperar um ou dois meses para receber um documento do Estado ou esperar o mesmo tempo para poder ser atendido por um médico, fazer uma cirurgia ou um exame de saúde?”, indagou.
A decisão de reforçar a Saúde é fruto das visitas realizadas pela Bancada de Oposição às várias microrregiões do Estado, nas quais foi identificado que a Saúde é uma das áreas mais carentes da administração estadual. “Governar é fazer escolhas, retirar recursos de onde se pode esperar e colocar onde o gasto é essencial. É isso que a Oposição vem propondo desde o início do ano: o corte de gastos ruins para que se priorize os serviços à sociedade. Agora, com a discussão da LOA 2016, optamos por apresentar nossa colaboração para que isso seja efetivamente feito”, defendeu Costa Filho.