Funcionários da Câmara dos Deputados fizeram um protesto nesta sexta-feira (19) em frente ao gabinete do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), contra a possibilidade de a Mesa Diretora mudar a gestão do fundo do plano de saúde dos servidores. Eles se concentraram no Salão Verde aos gritos de: “Não, não, no Pro-saúde, não!”.
No momento da manifestação, Cunha já havia deixado a Câmara. Os servidores, então, decidiram que farão novo protesto na próxima segunda (22).
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis), Paulo Cezar Alves, o protesto é uma reação à informação de que a Mesa Diretora estaria analisando possibilidade de “mexer” com as reservas do Pro-saúde, um fundo composto com recursos dos servidores, deputados e da União para custear a assistência à saúde dos funcionários da Câmara.
“O presidente quer mexer no fundo de reserva do plano de saúde. Os recursos que estão na reserva são usados para eventualmente custear tratamentos caros ou para pagar a assistência de saúde dos servidores no futuro, já que os custos estão aumentando com o passar do tempo”, disse Alves.
O presidente da Câmara nega que a direção da Casa tenha intenção de usar os recursos da reserva, que já somam R$ 380 milhões. Ele diz, porém, que avalia impedir novos repasses da União ao fundo. Para Cunha, já existe um excesso de recursos de reserva e, portanto, não é necessário usar parte do Orçamento da Casa para ampliar ainda mais os recursos.
“Nós pagamos em conjunto , os deputados e servidores, R$ 18 milhões por mês. São 6 mil pessoas a R$ 300 reais mais ou menos. E a União coloca a sua parte por meio do Orçamento da Câmara. Só que eles não gastam e pediram R$ 33 milhões da União esse ano. Tenho que zelar pelo dinheiro do contribuinte. Para que vou colocar dinheiro do contribuinte num fundo que não é gasto?”, questionou o peemedebista.