Recentemente, em reunião com alguns prefeitos da região do Alto Pajeú, o bispo diocesano de Afogados da Ingazeira, Dom Egidio Bisol, fez a seguinte observação: “Cheguei aqui (no Brasil) há 40 anos (vindo da Itália) e noto que muita coisa progrediu. Só o que não mudou foi a questão da seca, que torna a população do campo e das cidades dependente dos carros-pipa”. A observação do religioso tem razão de ser porque apesar do Dnocs (criado em 1909), Sudene (1959), Ministério da Integração e Secretarias Estaduais de Recursos Hídricos o nordestino do semiárido continua a sofrer por causa da seca. No caso de Pernambuco, temos 400 km de margens do São Francisco e, no entanto, as obras projetadas a partir de suas águas nem tão cedo ficarão prontas: transposição, adutoras do Pajeú e do Agreste, etc. Tudo isso consta da pauta da reunião que o governador Paulo Câmara terá hoje com os seus auxiliares do setor hídrico.
Por: Inaldo Sampaio