Faltando apenas 17 dias para a eleição de renovação da mesa diretora da Assembleia Legislativa, o presidente Guilherme Uchoa (PDT), candidato ao quinto mandato consecutivo, administra céu de brigadeiro. Não tem concorrente e as chances de aparecer um candidato são mínimas.
A tese da proporcionalidade, pela qual o partido com maior representação na Casa tem, teoricamente, o direito de indicar o presidente, não foi capaz de entusiasmar nem mesmo os deputados da bancada do PSB. Por um simples motivo: a maioria já está fechada com a reeleição de Uchoa.
Por achar que o atual presidente conduz bem a Casa, tem trânsito em todos os partidos, diálogo com a oposição e o melhor perfil para o momento político vivido pelo Estado. Em todos os momentos em que poder Legislativo enfrentou crises ou dificuldades, Uchoa foi capaz de abrir janelas.
O reconhecimento também é visto pelo bloco de oposição, com raríssimas exceções, como é o caso de Edilson Silva, do P-Sol, que ontem chegou a ensaiar uma possível candidatura sem, entretanto, prosperar. Seria, assim, o candidato do protesto, provavelmente com o seu único voto.
Já o PSB, neste processo, está mais perdido do que cego em tiroteio. Não tem um nome competitivo nem com o trânsito invejável de Uchoa. É possível que tenha dificuldades até mesmo de construir um consenso em torno de um nome para a Primeira-Secretaria.
Por: Magno Martins