Quem salvará Dilma?
No próximo ano, nesta época, a campanha presidencial estará entrando na fase decisiva, antecipamos agora uma versão atual sobre o pleito.
Recentemente em conversa com um político paraense que tem expectativa de ver o PT distante do Palácio do Planalto, ouvi o seguinte: “Nossa única chance é enfrentarmos Dilma com chances de vencer a disputa. A tática será levar a eleição ao segundo turno e dispararmos artilharia pesada. Dilma não tem a habilidades para suportar um tiroteio cerrado, como o que foi disparado contra Lula no segundo turno que enfrentou Geraldo Alckmin. Sua conhecida carga explosiva repetirá o destempero de Ciro, ela cometerá erros irreparáveis”.
Concluiu meu interlocutor: “Caso Dilma apareça sem chances Lula será o candidato e aí adeus vitória. O “sapo barbudo” reverte qualquer situação, tem carisma, densidade eleitoral e alto poder de convencimento”.
Eu particularmente concordo com quase tudo. Não tenho dúvida que o estopim de Dilma é de material muito mais inflamável que o do seu padrinho político. Vi, como eleitor de Ciro, a derrocada da sua candidatura após cair em armadilha preparada pela turma de São Paulo, antigos companheiros. Ficam as seguintes indagações: Lula terá saúde para enfrentar o embate? Dilma abrirá mão da disputa facilmente? Haverá união das candidaturas derrotadas no primeiro turno em favor da oposição?
O tempo se encarregará de responder tais perguntas. O problema é que cada resposta tem prazo de validade. A favor de Dilma existem os seguintes pontos: Ela tem a caneta, grande aliada nas disputas eleitorais do Brasil. Aécio não terá espaço de brigadeiro, no tempo certo, o grupo paulista apresentará o “kit maldades”. Eduardo Campos não tem densidade nacional e nem apoio pleno do partido que julga comandar. Marina repetirá a votação de 2010, seus votos são de adeptos a uma causa, não derivam de um projeto nacional.
Uma coisa é certa, o Brasil merece melhores opções.
Por: Ademar Rafael