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POMAR: CAMPOS NÃO CUMPRIU ACORDO COM PETISTA EM 2012

Pertencente à ala da extrema esquerda petista, um dos dirigentes da executiva nacional do PT, Valter Pomar, acusou o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, de não ter cumprido o acordo que fez com a direção estadual petista, quando deveria apoiar a candidatura do partido nas eleições municipais do ano passado. A sigla lançou o senador Humberto Costa (PT), que acabou derrotado pelo socialista Geraldo Julio. “Durante todo o processo para a escolha do candidato tivemos contato com o governador Eduardo Campos, e sempre esteve em acordo que ele apoiaria o candidato do PT, e esse acordo virou pó”, disse o ex-secretário de relações exteriores do PT, durante entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ontem.

O petista ainda afirmou que o líder socialista estimulou nos bastidores a crise do partido no Estado. “Em alguma medida ele interferiu para que essa crise se aprofundasse. Ele deu sinais falsos para a direção nacional do partido e depois lançou uma candidatura alternativa, juntando quase toda a Frente Popular”, frisou.

Valter Pomar também não poupou críticas ao ex-prefeito João da Costa (PT). Para ele, o ex-gestor foi o principal responsável pela derrota da legenda nas eleições municipais. “O responsável pela derrota aqui foi João da Costa. Afinal, ele não pode partir do pressuposto que era candidato natural à reeleição, isso não existe no PT. Além do mais, nas prévias, o setor petista que o acompanhava cometeu várias irregularidades obrigando a direção nacional a cancelar a prévia. E ainda, ele fez um acordo com o presidente Ruy falcão em cancelar a candidatura em benefício de outro nome do PT, e depois, em ato público ele desfaz esse acordo”, ressaltou o petista.

O ex-secretário deu a entender que João da Costa favoreceu a candidatura do atual prefeito Geraldo Julio (PSB) e por conta disso deveria ser expulso do partido. “Foi muito mais que uma traição, em minha opinião pessoal ele deveria ser expulso do partido, as inúmeras irregularidades dele, para não dizer outra palavra, foram muito graves e isso não pode ficar desse jeito”, opinou.


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