O senador Armando Monteiro nunca escondeu dos pernambucanos o desejo de disputar o governo estadual no próximo ano com apoio da Frente Popular. Em 2010, logo após sua eleição para o Senado, ele deu ciência dessa aspiração ao governador Eduardo Campos. Disse-lhe que iria trabalhar para viabilizar-se, como de fato está trabalhando. Mas se por acaso não conseguisse não abandonaria a Frente. Permaneceria nela, firme, por reconhecer o bem que ela faz a Pernambuco.
Ele próprio acha prematuro tratar-se deste assunto, agora, quando o atual governador cumpriu apenas 50% do seu mandato. Mas como a imprensa sempre o questiona sobre sua provável candidatura, decidiu clarificar sua posição com sinceridade e transparência, que são suas marcas registradas. “Eu entendo que, nessa aliança, não existem partidos de duas classes nem companheiros que estão condenados a ocupar apenas um lugar nesse trem”, declarou o presidente estadual do PTB.
Mais direto e sincero não poderia ter sido a respeito de assunto tão complexo, que não passará, diga-se de passagem, apenas pela vontade dos seus protagonistas: o próprio senador, o ministro Fernando Bezerra, o vice-governador João Lyra Neto e o secretario Tadeu Alencar (Casa Civil). Todos os projetos são legítimos, mas estarão subordinados ao que Eduardo Campos irá fazer em 2014. Se ele ficar no governo o cenário será um, se disputar a presidência o cenário será outro. E assim por diante.
Por: Inaldo Sampaio