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PAULO DESTACA LEGADO POLÍTICO DE ARRAES

pau1O governador Paulo Câmara participou nesta terça-feira (13.12) da sessão solene conjunta do Congresso Nacional que celebrou o centenário do ex-governador Miguel Arraes. A solenidade ocorreu no Plenário da Câmara dos Deputados. Em seu discurso, Paulo destacou a atualidade das questões nacionais que Arraes combateu, como a desigualdade social e os impasses econômicos nos quais a ditadura mergulhou o Brasil, após 1964.

“Não tive a sorte de conviver estreitamente com o sertanejo de poucas palavras que por três vezes governou o nosso Estado. Mas os relatos que me chegaram dão conta de sua coerência, coragem, determinação e honestidade, ao lado da capacidade de manter sempre viva a esperança”, afirmou Paulo.

Neste momento de crise econômica, o governador indagou, no seu discurso: “o que faria Miguel Arraes de Alencar?”. A resposta que Arraes daria, segundo Paulo, seria buscar solução por meio da “união nacional”.

“Arraes faz falta ao Brasil”, pontuou Paulo. E acrescentou: “o agravamento da crise econômica, social e ética e a radicalização política que dela decorre, exigem, para sua solução, lideranças testadas em contextos de grandes desafios”.

Para o governador, o maior legado deixado por Arraes foi o ensinamento de que “a gestão pública deve priorizar os mais pobres, compartilhar de suas dificuldades e lutar ao lado do povo”.pau

À mesa no plenário da Câmara também estavam o prefeito do Recife, Geraldo Julio; a ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes, filha do homenageado; e o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, além do deputado federal pernambucano Tadeu Alencar, que presidiu a sessão.

O primogênito de Arraes, José Almino, que falou em nome dos familiares do ex-governador, abriu os discursos. Ele relembrou que o pai chegou ao Rio de Janeiro, então Capital Federal, no começo dos anos 1930, aos 16 anos, para cursar a Faculdade de Direito. Logo após o primeiro ano do curso, Arraes, que é natural do Crato, foi morar no Recife, a partir de onde se consagrou um dos mais destacados políticos brasileiros.

Almino também recordou os tempos do exílio em Argel (capital da Argélia) e toda a trajetória política do pai. “No seu governo, (Arraes) procurou promover políticas que levassem em consideração os interesses e os problemas da população trabalhadora”, discursou Almino.

Entre os que discursaram, Carlos Siqueira, Tadeu Alencar, o ex-senador Pedro Simon, a deputada federal Luciana Santos e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. Acompanharam o governador em Brasília o chefe de Gabinete, João Campos, e o chefe da Assessoria Especial, José Neto.

SENADO APROVA PEC DA MALDADE E REJEITA PROPOSTAS DE HUMBERTO

humContrariando a opinião da maioria da população brasileira e de especialistas em políticas públicas sociais do Brasil e do mundo, a base parlamentar do governo do presidente não eleito Michel Temer (PMDB) no Senado conseguiu aprovar, na tarde desta terça-feira (13), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que congela os gastos do Estado pelos próximos 20 anos – sem as alterações sugeridas pelo líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), cujo objetivo era preservar educação, saúde e o salário mínimo.

“Infelizmente, estamos condenando o Brasil a um retrocesso social sem precedentes no planeta. É uma medida perversa e muito maldosa desse governo ilegítimo, enrolado até os fios do cabelo com denúncias graves de corrupção, que se lixa para os mais pobres”, afirmou Humberto.

Por 53 votos a 16, os parlamentares aprovaram o texto principal da proposição em segundo turno e, mais uma vez, rejeitaram os destaques apresentados pelo líder do PT que visavam excluir do congelamento estipulado na proposta os investimentos públicos em saúde, educação e infraestrutura e também o salário mínimo do trabalhador brasileiro.

Preocupado com o congelamento das remunerações da população menos favorecida economicamente, o parlamentar fez um destaque ao texto principal da matéria cujo objetivo era manter a política de ganho real do salário mínimo, implementada pelo presidente Lula e mantida pela presidenta Dilma.

A cada ano, graças a essa medida, o reajuste aos milhões de brasileiros que ganham o piso salarial é concedido com base na variação do PIB do ano retrasado, somada à inflação acumulada do ano anterior. A PEC estabelece que, a partir de 2018 e pelos próximos 20 anos, os gastos federais só poderão aumentar de acordo com a inflação.

“Estamos defendendo o que prega a nossa Constituição Federal, que é a universalização das políticas sociais e um salário mínimo decente que dê condições mínimas de sobrevivência à população”, avalia Humberto.

Reforçando o discurso do senador contra a proposta, o Datafolha divulgou hoje pesquisa que revela que a maior parte da população brasileira rejeita a PEC nº 55. Segundo o instituto, 60% dos brasileiros são contra a aprovação da emenda, 24% apoiam a medida, 4% disseram que eram indiferentes e os outros 19% afirmaram não saber como responder. A entidade entrevistou 2.828 pessoas em 7 e 8 de dezembro.

“Essa PEC 55 é quase que uma sentença de morte para o futuro do Brasil porque o governo não vai poder garantir novas vagas para estudantes, já que os recursos estão congelados. Não vai poder fazer grandes obras de infraestrutura porque os recursos estarão congelados. Não vai sequer comprar novos e mais modernos equipamentos para a saúde. Estamos falando de milhões de vidas ameaçadas, de pessoas que não terão acesso a uma vida digna”, concluiu o parlamentar.

Com a aprovação da proposta, o texto será promulgado nesta quarta-feira pelo Senado, em sessão solene.

MULHERES SÃO AS PRINCIPAIS “VÍTIMAS” DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA”, DIZ HUMBERTO

hummmmO líder do PT no Senado, Humberto Costa, disse hoje que as mulheres serão as principais “vítimas” pela Reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer (PMDB). Pela nova regra, as mulheres vão perder o direito de se aposentar mais cedo e terão que trabalhar 49 anos para garantir a aposentadoria integral. Atualmente, as mulheres podem se aposentar com 30 anos de contribuição ou ao completar a idade mínima de 60 anos, enquanto que os homens precisam contribuir 35 anos ou ter 65 anos.

“Este é um governo que tem como sua marca o machismo. É uma gestão que tem regredido em todo o tipo de política pública que assegure o direito das mulheres e a justiça social. Basta dizer que estamos falando de um presidente que não nomeou uma mulher sequer para o seu ministério, que extinguiu a Secretaria Especial da Mulher”, afirmou.

O senador ainda lembrou dados do IBGE que, em pesquisa divulgada esse ano, revela que as mulheres trabalham, em média, cinco horas a mais por dia, quando se soma a ocupação remunerada e o que é feito dentro de casa. “Muitas vezes, a mulher tem jornada de trabalho dupla ou tripla para cuidar da casa, dos filhos. Isso, sem falar das próprias desigualdades dentro do mercado de trabalho, onde a gente sabe que ainda há muita distorção. São inúmeros os casos de mulheres que ocupam os mesmos cargos que os homens, mas ganham menos”, assinalou.

Humberto também rebateu as polêmicas declarações do secretário de governo, Marcelo Caetano, um dos principais formuladores da Reforma da Previdência, que disse em entrevista que as ‘Mulheres custam mais à Previdência porque vivem mais’. “Essa é mais uma prova da misoginia desse governo. Ele foi capaz de insinuar que as mulheres são um problema para a Previdência. Isso é um absurdo. Fico pensando se esse rapaz não tem mulheres na família dele, se nenhuma delas já se aposentou. Parece-me que não”, retrucou Humberto.

Para o senador, apenas com a mobilização da sociedade a Reforma da Previdência poderá ser barrada. “Agora, mais do que nunca, é ir para a rua. Esse governo é um eterno ‘balança, mas não cai’. Por isso, temos que sacudir ainda mais para que projetos como esse, que prejudicam as mulheres, os mais pobres e a classe média não saiam do papel”, defendeu.

POLÍCIA FEDERAL INDICIA LULA, PALOCCI E OUTRAS CINCO PESSOAS NA LAVA JATO

lula-dedoA Polícia Federal (PF) decidiu indiciar o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, a ex-primeira-dama Marisa Letícia e outras quatro pessoas, na Operação Lava Jato.

O ex-presidente foi indiciado pelo crime de corrupção passiva, enquanto todas as demais pessoas citadas foram indiciadas por lavagem de dinheiro.

Veja a lista de indiciados
Luiz Inácio Lula da Silva – ex-presidente da República
Marisa Letícia Lula da Silva – ex-primeira-dama
Antônio Palocci Filho – ex-ministro nos governos Lula e Dilma
Glaucos da Costamarques – primo do pecuarista José Carlos Bumlai, já condenado na Lava Jato
Demerval de Souza Gusmão Filho – Dono da empresa DAG Construtora
Roberto Teixeira – Advogado do ex-presidente Lula
Branislav Kontic – Assessor do ex-ministro Palocci

O delegado que subscreve o indiciamento disse que deixou de indiciar o ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, devido ao fato de que ele já responde pelo crime de corrupção ativa, crime que lhe poderia ser imputado.

Da mesma forma, a PF também decidiu deixar de fora do indiciamento o pecuarista José Carlos Bumlai, por falta de “novos elementos que amparassem a participação do mesmo nos fatos”.

Outro lado
Por telefone, a assessoria de imprensa do Instituto Lula informou que o ex-presidente aluga o apartamento vizinho ao seu. Acrescenta que o instituto funciona no mesmo local há anos e que nunca foi proprietário do terreno em questão.

A defesa do ex-presidente Lula afirmou que a transação envolvendo o terreno onde supostamente seria edificado o Instituto Lula é um “delírio acusatório” “Nós apelidamos de transação imobiliária Manoel Bandeira, o nosso poeta. Uma transação que teria sido feita, mas que nunca foi. Portanto, estamos orbitando na esfera da ficção”, afirmaram os advogados.

O advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Lula e Marisa, também disse que o indiciamento contra a ex-primeira-dama “não tem qualquer base jurídica e somente se explica pela parcialidade do delegado federal Marcio Anselmo, que além de xingar Lula nas redes sociais, é conhecido apoiador de Aécio Neves no âmbito político”.

A defesa de Palocci e Kontic diz que nada se conseguiu que pudesse incriminar os dois no primeiro processo a que eles respondem. “Então, este artifício acusatório não pode ser levado a sério, porque ambos nada têm a ver com o Instituto Lula, terrenos ou locação de apartamentos em São Bernardo do Campo”. Os advogados também reclamaram da atuação policial. “Até quando teremos de aguentar essas manobras da acusação, que não encontram na língua portuguesa um adjetivo qualificativo que lhes faça justiça?”.

O advogado Roberto Teixeira repudiou o indiciamento subscrito pelo delegado Márcio Adriano Anselmo. Segundo ele, foram encaminhados à polícia, no dia 9 de dezembro, os esclarecimentos sobre os casos citados no indiciamento. “Isso significa dizer que recebi a notícia do meu indiciamento menos de um dia útil após haver encaminhado os esclarecimentos solicitados – com as provas correspondentes -, em clara demonstração de que o ato já estava preparado e não havia efetivo interesse na apuração dos fatos”, diz.

Teixeira também diz ser vítima de retaliação, devido ao fato de ter pedido que Anselmo declarasse a suspeição para investigar o ex-presidente Lula. “Não tenho dúvida de que minha atuação como advogado do ex-Presidente Lula nos casos acima, bem como em outros processos e procedimentos em que estou constituído ao lado de outros colegas advogados foram decisivos para o indiciamento realizado pelo delegado federal Marcio Anselmo”, diz o advogado.

Em nota, a Odebrecht informou que não irá se posicionar sobre o assunto. “A Odebrecht não se manifesta sobre o tema, mas reafirma seu compromisso de colaborar com a Justiça. A empresa está implantando as melhores práticas de compliance, baseadas na ética, transparência e integridade”, informou a empresa.
O caso
O indiciamento trata de dois casos distintos: o primeiro é sobre a compra de um terreno, que seria utilizado para a construção de uma sede do Instituto Lula. O segundo é sobre o aluguel do apartamento que fica em frente ao que o ex-presidente mora. A Polícia Federal defende que ambos os casos tratam de pagamento de propina da construtora Odebrecht, ao ex-presidente.
Os dois casos corriam em inquéritos diferentes. No entanto, o delegado Márcio Adriano Anselmo, que produziu o indiciamento, considerou que deveria unir as duas investigações, por se tratarem de fatos correlatos.
Conforme a investigação, o ex-ministro Antônio Palocci operava distribuindo a propina da Odebrecht ao Partido dos Trabalhadores (PT). A PF diz que ele usava a influência para atuar em favor dos interesses da empreiteira junto ao governo federal.
Segundo a PF, Lula foi um dos beneficiários dessa propina. Uma parte dela foi com a compra do terreno que seria usado para a construção da sede do INstituto Lula. O terreno foi adquirido por meio da DAG Construções. A polícia diz que a empresa atuava como um preposto da Odebrecht. Embora o terreno tenha sido adquirido, não houve mudança na sede do instituto para o referido terreno.
Já o apartamento teria sido comprado por Glaucos da Costamarques e alugado ao ex-presidente Lula, em um contrato celebrado no nome da ex-primeira-dama, Marisa Letícia. No entanto, de acordo com a investigação, nunca houve qualquer pagamento por parte do ex-presidente, que utiliza o imóvel, pelo menos, desde 2003.
A polícia diz que a operação foi realizada para ocultar o verdadeiro dono do imóvel. Para o delegado, o ex-presidente Lula é quem é dono do local, que também teria sido adquirido por meio de propina obtida junto à Odebrecht, com a intermediação de Palocci.

PGR DENUNCIA RENAN CALHEIROS AO STF NA LAVA JATO POR LAVAGEM E CORRUPÇÃO

renan-constituicaoO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta segunda-feira (12), ao Supremo Tribunal Federal (STF), a primeira denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na Operação Lava Jato.

Ele se tornou réu no início do mês por desvio de dinheiro público, mas em uma investigação que não tem relação com o esquema de atuação que atuava na Petrobras.
A denúncia desta segunda-feira foi apresentada em um dos oito inquéritos nos quais o senador peemedebista é alvo na Suprema Corte. Desta vez, ele é acusado pelo chefe do Ministério Público de ter cometido os crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Para que o parlamentar alagoano vire réu, antes os ministros do Supremo precisam aceitar a denúncia e abrir uma ação penal. Antes, no entanto, o tribunal deve notificar Renan a apresentar defesa prévia.

O inquérito no qual o presidente do Senado foi denunciado apura a suposta atuação de Renan e do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) na contratação da empresa Serveng Civilsan pela Petrobras.

Segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Lava Jato, os dois parlamentares do PMDB receberam propina para viabilizar o negócio.
Aníbal Gomes também foi denunciado pela PGR por lavagem e corrupção passiva. Já um diretor da Serveng foi acusado por Janto de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

O procurador-geral pediu ao STF que Renan e Aníbal sejam afastados dos cargos eletivos e, além disso, paguem multa de R$ 1,6 milhão aos cofres públicos por conta dos crimes que teriam cometido ao receber propina em contrapartida ao contrato da Petrobras com a Serveng Civilsan.

Da indenização cobrada pelo Ministério Público, R$ 800 mil se referem a reparação por danos materiais e outros R$ 800 mil ao valor que teria sido desviado da estatal do petróleo.(G1 BRASÍLIA)

GOVERNO TEMER TEM APROVAÇÃO DE 10% E REPROVAÇÃO DE 51%, DIZ DATAFOLHA

images-cms-image-000495145Por G1

Pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste domingo (11) pelo jornal “Folha de S.Paulo” mostrou os seguintes percentuais de avaliação do governo do presidente da República, Michel Temer (PMDB):
– Ruim/péssimo: 51%
– Regular: 34%
– Ótimo/bom: 10%
– Não sabe/não respondeu: 5%

O levantamento do Datafolha foi realizado na quarta-feira (7) e quinta-feira (8), antes de se tornar pública a delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que cita Temer e ministros do núcleo do governo.

O Datafolha ouviu 2.828 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Em julho, a pesquisa anterior do Datafolha sobre a aprovação do governo Temer apontou que 14% o consideravam bom ou ótimo; 31% o consideravam ruim ou péssimo; e 42% avaliavam o governo como regular.

O instituto também perguntou se Temer está fazendo um governo igual, melhor ou pior que a antecessora, a ex-presidente Dilma Rousseff. Veja as respostas:
– Pior: 40%
– Igual: 34%
– Melhor: 21%
– Não sabe: 5%

Economia

A pesquisa quis saber ainda a percepção sobre a economia do país. Na pergunta sobre como vai ficar a situação econômica do Brasil num futuro próximo, as respostas foram:
– Vai se deteriorar: 41%
– Vai melhorar: 28%
– Não vai se alterar: 27%

Quando questionadas sobre a expectativa em relação à própria situação econômica de cada um, 27% dos entrevistados acham que vai piorar; 37% acham que vai melhorar; e 32% acham que vai ficar estável.

Além disso, segundo a pesquisa, 66% acham que a inflação vai aumentar; 19% apostam que ficará como está; e 11% avaliam que o índice vai cair.

Na avaliação sobre desemprego, 67% acham que o índice vai aumentar; 16% acham que vai diminuir; e 14% opinaram que o desemprego deve ficar estável.

DELATOR DA ODEBRECHT CITOU 51 POLÍTICOS DE 11 PARTIDOS

odeNas 82 páginas de seu depoimento de delação premiada na Lava Jato, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho cita os nomes de 51 políticos de 11 partidos. Ele era o responsável pelo relacionamento da empresa com o Congresso Nacional e trabalhava na Odebrecht há 27 anos, sendo 12 deles em Brasília. Cláudio era homem de confiança de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que está preso em Curitiba.

Formado em administração de empresas, Cláudio Melo Filho trabalhou em obras em Goiás e no metrô do Distrito Federal. Em 2004, assumiu a diretoria de relações institucionais substituindo o pai, Cláudio Melo – que foi quem o apresentou a alguns políticos com os quais se relacionaria.

No acordo de delação premiada com a Lava Jato, Cláudio diz que dava prioridade para as relações com políticos de grande influência no Congresso. Também identificava aqueles que chamava de “promissores”: políticos em ascensão e que, no futuro, poderiam defender os interesses da Odebrecht.

Em março, Cláudio Melo Filho foi levado pela Polícia Federal para prestar depoimento na 26ª fase da Lava Jato, batizada de operação Xepa, que descobriu o setor exclusivo para pagamento de propinas que funcionava na Odebrecht.

Em maio, o ex-diretor foi denunciado pelo Ministério Público Federal na operação Vitória de Pirro, acusado de oferecer R$ 5 milhões ao ex-senador Gim Argello para blindar executivos da Odebrecht na CPI da Petrobras. Porém, o juiz Sérgio Moro avaliou que as evidências eram frágeis e não aceitou a denúncia. O delator está em liberdade.

Cláudio Melo Filho também foi citado na operação Acrônimo, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais.
Delação

O acordo de delação que Cláudio Melo Filho está negociando com os investigadores da Lava Jato envolve a cúpula do PMDB em um esquema de repasse de propina em troca de apoio a projetos de lei de interesse da Odebrecht.

Segundo o delator, o “núcleo dominante” no Senado era formado por Romero Jucá (RR), pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (AL) e por Eunício Oliveira (CE). Na Câmara, Cláudio afirmou que concentravam as arrecadações Eliseu Padilha, Moreira Franco e Michel Temer.

ODEBRECHT LEVOU DINHEIRO A ESCRITÓRIO DE AMIGO DE TEMER, DIZ DELATOR

temerUm ex-executivo da empreiteira Odebrecht afirmou em delação premiada que parte de um valor prometido pela construtora ao PMDB na campanha eleitoral de 2014 foi entregue em dinheiro vivo no escritório de advocacia de José Yunes, amigo e assessor do presidente Michel Temer.

A informação foi publicada pelo site BuzzFeed nesta sexta-feira (9). A informação foi confirmada pela Folha de S.Paulo.

O ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho foi o autor da delação à força-tarefa da Operação Lava Jato. Melo indicou o escritório de Yunes em São Paulo, mas não apontou quem teria recebido o dinheiro.

O delator disse que o montante fazia parte do valor de R$ 10 milhões que havia sido prometido pelo herdeiro da empreiteira, Marcelo Odebrecht, ao PMDB, em 2014. O repasse resultou de um pedido de apoio financeiro feito por Temer a Odebrecht em maio daquele ano, quando o peemedebista ainda ocupava a vice-presidência.

A solicitação foi feita em jantar no Palácio do Jaburu [residência oficial do vice], do qual também teria participado o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha (PMDB-RS), segundo Melo. Em agosto passado, a revista “Veja” já havia antecipado as informações sobre o pedido e o repasse da Odebrecht ao PMDB na delação de executivos da construtora.

No fim da tarde desta sexta, a revista voltou ao assunto, ao antecipar em seu site parte do conteúdo de reportagem sobre a colaboração premiada de Melo. Segundo a “Veja”, o ex-executivo da Odebrecht delatou que Yunes e Padilha receberam em dinheiro vivo parte do valor repassado pela construtora.

A assessoria da presidência da República afirmou que não é verdadeira a versão de que Yunes tenha recebido dinheiro em seu escritório. “A informação é completamente falsa. José Yunes jamais recebeu recursos em seu escritório e não arrecadou recursos para campanhas”, segundo a assessoria.

“O que já foi admitido anteriormente é que o presidente conversou com Marcelo Odebrecht e solicitou auxílio para campanha. O auxilio foi dado de forma legal e as contas foram devidamente prestadas ao TSE”, completou.

CONVITE A TUCANO PARA SECRETARIA DE GOVERNO GERAL MAL-ESTAR NA BSE DE TEMER

imbassahyA decisão do presidente Michel Temer de convidar o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), para o comando da Secretaria de Governo – pasta responsável pela articulação política entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional – gerou nesta quinta-feira (8) uma repercussão negativa entre parte dos aliados do governo. Isso pode levar o presidente a rever a decisão.

Segundo o G1 apurou, Temer havia decidido convidar o líder tucano para a cadeira que ficou vaga no mês passado com a saída de Geddel Vieira Lima.
Até o início da tarde, a expectativa era que o presidente oficializasse a nomeação de Imbassahy no início da próxima semana.

Mas Temer teria se irritado com o vazamento de uma proposta do PSDB de ampliar as atribuições da Secretaria de Governo, incluindo o relacionamento com governadores e a negociação de dívidas estaduais. Essas atribuições são atualmente do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Além disso, outro problema seria a eleição de 2018 na Bahia. Segundo interlocutores de Temer, o irmão de Geddel Vieira Lima, deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), teria ficado contrariado com a possível nomeação de Imbassahy porque isso credenciaria o tucano a disputar o Senado pela Bahia, o que faria parte das pretensões de Geddel, embora ele negue oficialmente.

Por isso, Temer também passou a cogitar a indicação para a Secretaria de Governo de dois senadores tucanos – José Anibal (SP) e Antonio Anastasia (MG).
Câmara

Entre os deputados, o motivo do mal-estar é que, nos bastidores, a indicação de Imbassahy é vista como uma tentativa do Planalto de fortalecer o nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ) – atual presidente da Câmara – para a disputa ao comando da Casa em fevereiro.

O mandato-tampão do deputado do DEM se encerra daqui a dois meses, mas, apesar de o regimento interno não permitir reeleição dentro de uma mesma legislatura, Maia tem feito articulações para tentar permanecer mais dois anos à frente da Câmara.

O problema é que vários partidos da base governista, especialmente do bloco de legendas conservadoras conhecido como “Centrão”, também têm intenção de lançar candidatos na disputa pela presidência da Casa. Essas siglas têm pressionado para que o Planalto não interfira no processo eleitoral.

Líderes governistas avaliam que o objetivo de Temer ao convidar o líder do PSDB para o comando da Secretaria de Governo é ampliar o espaço dos tucanos na Esplanada para enfraquecer a intenção do partido aliado de lançar candidato à presidência da Câmara. O próprio Imbassahy estava entre os nomes cotados da legenda para entrar na corrida eleitoral.

Centrão reage
Derrotado por Rodrigo Maia na última eleição para a presidência da Câmara, o líder do PSD, Rogério Rosso (PSD-DF), quer tentar novamente disputar o comando da Casa.
Apesar de ser aliado de primeira hora de Temer, Rosso adverte que, se a indicação de Imbassahy para o governo for vinculada a um eventual apoio do Planalto e do PSDB à candidatura de Rodrigo Maia, pode haver uma ruptura na base governista. Ele chega a dizer que a manobra poderia prejudicar a aprovação das medidas de ajuste fiscal propostas pelo Executivo federal, como a reforma da Previdência Social.

“Caso isso ocorra, realmente a situação vai se deteriorar do ponto de vista da união da base. Isso pode prejudicar o ajuste fiscal”, ressaltou o líder do PSD.

Rosso disse ainda que Imbassahy tem seu apoio para pilotar a articulação política do Planalto, mas ponderou que seria melhor Temer ouvir os partidos da base antes de oficializar a decisão.

Outro pré-candidato à presidência da Câmara, o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), destacou que Temer “não precisa conversar com ninguém” para tomar a decisão, mas ressalvou que a indicação de Imbassahy pode soar como interferência do Palácio do Planalto na eleição interna da Câmara.

“Isso pode, nesse momento, desequilibrar uma discussão na Casa, que é a eleição à presidência”, enfatizou.

“Pode parecer uma interferência do governo e isso seria negativo, porque existem grupos [da base] que discutem a composição da Mesa”.

A exemplo de Rosso, o deputado do PTB alertou ainda que projetos de interesse do governo estão em jogo com essa movimentação.

“A questão da Previdência e outras matérias têm a sua importância. É bom não criar marola para não atrapalhar.”

Defensor da reeleição de Rodrigo Maia, o líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), defendeu a escolha de Imbassahy para a Secretaria de Governo.
“É o presidente quem nomeia seus auxiliares. O Temer é um cara do diálogo que dá valor ao Congresso”, afirmou o líder do DEM.

PMDB também chiou
A indicação de Antônio Imbassahy para a articulação política contou com o apoio do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG). Se o líder tucano for confirmado para o primeiro escalão, o PSDB passará a ocupar quatro cadeiras na Esplanda: Secretaria de Governo, Justiça, Cidades e Relações Exteriores.

Segundo o colunista do G1 e da GloboNews Gérson Camarotti, além do “Centrão”, houve também resistência na bancada do PMDB da Câmara em relação ao nome de Imbassahy. Os deputados do partido de Temer preferiam um colega de bancada ou de legenda no lugar do peemedebista Geddel Vieira Lima.

No grupo de mensagens da bancada, informou Camarotti, o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA) enviou mensagem defendendo a nomeação do ex-deputado e empresário Sandro Mabel (PMDB-GO) para o comando da Secretaria de Governo. Mabel, entretanto, tem dito que só aceitaria a missão por um tempo determinado.

TEMER DEDVE CONVIDAR LÍDER TUCANO NA CÂMARA PARA ASSUMIR LUGAR DE GEDDEL

antonioO presidente Michel Temer decidiu convidar o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), para assumir o comando da Secretaria de Governo do Palácio do Planalto, responsável pela articulação entre o Poder Executivo e o Congresso Nacional.

Caso o líder tucano aceite o convite, que deve ser feito oficialmente na próxima segunda-feira (12), ele assumirá o posto deixado por Geddel Vieira Lima, que deixou a pasta após ser acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de tê-lo pressionado para liberar uma obra no centro histórico de Salvador.

O nome de Imbassahy foi articulado e definido pela cúpula do PSDB. Ele conta com o apoio do presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), do ministro das Relações Exteriores, José Serra, e do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

O PSDB tem cobrado mais espaço no governo Temer e, em algumas ocasiões, chegou a criticar algumas medidas tomadas pelo Planalto, especialmente na área econômica.
Com a decisão de nomear um tucano para um ministério no Palácio do Planalto, Temer espera fortalecer o PSDB e colocar o partido no núcleo de decisões do governo. A nomeação de Imbassahy deve sair nos próximos dias.