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ESPAÇO DO INTERNAUTA
Ex-prefeito de Afogados da Ingazeira, Totonho Valadares, pode anunciar ainda esta semana, rompimento com o atual Prefeito José Patriota. O motivo seria a indicação do Secretário adjunto Heleno Mariano para 24ª CIRETRAN, quando o ex-prefeito, queria seu irmão Paulo Valadares no cargo.
Mas alguns dizem que a gota d’água mesmo, gira em torno da indicação da vice, Totonho quer o seu filho Daniel Valadares, mas o grupo de Patriota não aceita a indicação, alegando que o nome tem que ser de consenso, entre o grupo da Frente Popular e não por imposição do ex-chefe do executivo.
Por: Marcos Oliveira – Radialista
ESPAÇO DO INTERNAUTA
O Grito
O Movimento Sindical Rural realiza o Grito da Terra Brasil há 21 anos. Em nosso estado haverá, na próxima quarta-feira (20), a 5ª Edição do Grito da Terra Pernambuco. Essas mobilizações têm sido determinantes para a implementação de um conjunto de politicas e programas voltados para os povos do campo, a exemplo da criação do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA); e do Plano Safra da Agricultura Familiar, iniciativas fundamentais para um segmento do campo que, no passado, era tratado com migalhas pelos governantes.
Antigamente, quando se falava do Nordeste, a fome era a grande marca. Os Gritos fizeram ecoar a voz do campo, de milhões de pessoas que lutam por direitos e por reconhecimento. Certamente hoje não teríamos todas as politicas que temos para meio rural, se não fossem os Gritos da Terra.
É importante considerar que a luta de classe é e sempre será um divisor de águas. Vivemos em um país capitalista, no qual, independente de governos, a participação do povo sempre será essencial, para empurrar a democracia para caminhos socialistas.
O poder ainda se encontra nas mãos dos mais conservadores, e evoluir para um processo realmente democrático somente será possível com a participação popular, com as organizações mobilizando suas bases, com lideranças politicas que tenham uma visão clara de mundo, e que não se deixem manipular por uma mídia conservadora e por políticos que estão preocupados com seus interesses pessoais, em detrimento do interesse coletivo.
Portanto, estar nas ruas é assumir nossa posição de protagonistas de uma nova sociedade, que tenta surgir em meio forças contrárias, que querem calar as vozes das pessoas que trabalham e produzem. Queremos que os governos se abram ao diálogo, coloquem na mesa suas propostas, mas também saibam ouvir as nossas.
Pernambuco não pode se desenvolver sem olhar para essa gente. Não podemos permitir que o Estado continue indiferente aos dois documentos apresentados pela sociedade civil organizada, desde 2013, e que tratam da reestruturação socioprodutiva da Zona da Mata e de uma politica de Convivência com o Semiárido, regiões que concentram uma população ativa, mas que padece de politicas estruturadoras para produzir e viver com dignidade.
Queria destacar a postura equivocada de parte da sociedade, que associa o tema da reforma agrária e a pessoa do trabalhador ou trabalhadora rural à pobreza, miséria e marginalidade. Essa é uma posição preconceituosa, que carrega uma enorme contradição, pois são os povos do campo, os grandes responsáveis por mais de 70% dos alimentos consumidos pela nossa nação.
As pessoas precisam sair da frente da televisão, olhar além dessa tela. Uma sociedade não se constrói com egoísmo, discriminação e, principalmente, com ódio. Gritamos porque somos contra tudo isso. E se você também integra essa parte da sociedade que não apenas fala e bate panelas, mas que luta e acredita, venha para o Grito de uma Terra que não é só do campo, mas é de todos nós.
Doriel Barros – Presidente da Fetape
ESPAÇO DO INTERNAUTA
O mais jovem poeta a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, premiado pelo poema Navio Negreiros, mostrou a figura do negro como um leão forte e o colocou como ator principal em sua obra. Castro Alves deu ao romantismo um sentimento revolucionário. Num dos trechos escreveu: “ Dizei-me vós, Senhor Deus! / Se é loucura… se é verdade / Tanto horror perante os céus?! / Ó mar, por que não apagas / Co’a esponja de tuas vagas / De teu manto este borrão?… / Astros! noites! tempestades! / Rolai das imensidades! / Varrei os mares, tufão! “
As guerras existem por diversos motivos, porém as disputas mais cruéis, desumanas e vergonhosas são as de caráter étnico.
A Guerra Civil Americana foi uma das maiores decepções para a história da terra do Tio Sam. Estados do lado norte defendiam o trabalho livre e assalariado, enquanto a região sul desejava manter os escravos em suas fazendas e negócios. Muitas vidas tombaram ao ponto do presidente Abraham Lincoln, que levantava a bandeira de igualdade para todos, batizar seu país de “Casa Dividida”.
No Brasil, Ganga Zumba e Zumbi no início do século XVII, mostraram muita coragem na luta pela liberdade dos negros, construíram o Quilombo dos Palmares, base de apoio para os escravos fugitivos. Mais tarde vieram as Leis que flexibilizaram essa situação até que em 13 de maio de 1888 foi assinada definitivamente o fim da escravidão no Brasil.
Gostaríamos de homenagear esses valentes irmãos lembrando nomes como Martin Luther King, prêmio Nobel da Paz em 1964; Pelé, considerado o atleta do século e o maior jogador de todos os tempos; Barack Obama que além de presidente dos EUA ganhou o prêmio Nobel da Paz em 2009; Machado de Assis, primeiro presidente da Academia Brasileiras de Letras; Nelson Mandela que após ficar 27 anos preso por crime que nunca cometeu, foi eleito presidente da África do Sul e também recebeu o Nobel da Paz em 1993; e, recentemente o país assistiu com orgulho o posicionamento do ministro Joaquim Barbosa nas sentenças que expediu contra altas autoridades do governo em casos de corrupção. O que existe em comum nesse seleto grupo não é apenas a raça a que pertencem mas o caráter e a decência de quem, verdadeiramente, respeita os direitos humanos.
O preconceito racial só existe para os míopes que sequer enxergam o caminho que ainda tem que percorrer nessa sinuosa e enigmática estrada da vida.
Carlos Moura Gomes – Afogados da Ingazeira/PE
Maio/2015
ESPAÇO DO INTERNAUTA
Em tempos de crise financeira, o prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota, se dá ao luxo de gastar quase 50 mil reais só com diárias suas, este valor corresponde a algo em torno de 100 dias fora do município, já que uma diária do prefeito custa aos cofres públicos do município o equivalente a 500 reais por dia.
Como mostra os dados em anexo do Portal do Cidadão do TCE, o nobre prefeito e presidente da AMUPE, no ano de 2013, passou quase metade do ano fora do município de Afogados da Ingazeira, se levarmos em conta o ano comercial de 240 dias, o prefeito passou quase metade do ano fora do município que lhe elegeu.
Fica a dúvida, o prefeito viajou estes 100 dias á serviço de Afogados da Ingazeira ou da AMUPE?
Quem deveria pagar estas diárias o nosso município ou a associação dos municípios?
Com a palavra o prefeito e presidente da AMUPE, José Patriota.
Jair Almeida de Souza – Ex presidente do Partido dos Trabalhadores.
ESPAÇO DO INTERNAUTA
O Campo perdeu seu grande líder
É impossível iniciar uma homenagem a Manoel Santos sem falar de sua liderança incontestável. Um homem que nunca fugiu à luta, e que, por isso, conquistou o respeito de lideranças politicas, mas, especialmente, de lideranças populares, uma gente pela qual ele dedicou toda a sua vida.
Manoel tinha o desenvolvimento sustentável do campo como o seu grande ideal. E era por isso que lutava, todos os dias.
Como líder, participou de todos os espaços do Movimento Sindical Rural. Foi delegado de base; e presidente do Sindicato de Serra Talhada, da Fetape e da Contag. Sempre com um jeito simples e ético, amava sua missão, desempenhando, com maestria, cada um dos cargos que ocupou.
Ele viveu momentos difíceis. Nas diversas trincheiras da luta, nunca encontrou facilidades. Porém, sem medo, superou os preconceitos e fez história.
Manoel Santos foi determinante na articulação e proposição de politicas públicas que hoje asseguram dignidade a milhões de brasileiros e brasileiras. Por meio de suas articulações e mobilizações, foi criado o Ministério de Desenvolvimento Agraria – MDA, o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, a Lei da Aposentadoria Rural dos homens aos 60 anos e mulheres aos 55 anos, bem como o Salário Maternidade. Ele participou também da criação da Articulação no Semiárido Brasileiro – ASA, foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores – PT e da CUT em Pernambuco.
Ele estimulou o debate sobre a necessidade de o Movimento Sindical Rural brasileiro eleger trabalhadores e trabalhadoras para cargos do Legislativo e Executivo, nos níveis municipais, estadual e federal.
Um homem que nunca quis ser, mas foi convocado, e eleito deputado estadual em 2010, sendo primeiro trabalhador rural a ocupar um assento no Parlamento de Pernambuco. A renovação do seu mandato foi com mais de 55 mil votos, resultado de uma crescente consciência de classe da nossa gente.
Manoel se orgulhava da sua condição de trabalhador rural e essa era sua marca. Com chapéu de coro na cabeça, dizia: “Você pode ocupar qualquer espaço, porém nunca esqueça suas raízes, nunca esqueça que você é, acima de tudo, um agricultor”
Com seu jeito simples e humilde mostrava a sua grande liderança. Não precisava de mandado para ser líder. Sua sabedoria e experiência acumulada durante sua trajetória lhe colocava não apenas como líder da classe rural, mas da classe trabalhadora. Por tudo isso, é preciso destacar uma das qualidades essenciais Manoel Santos: a formação de novas lideranças, distribuindo tarefas, acreditando nas pessoas e entendendo que tudo tem seu tempo, e que só se constrói um mundo melhor com a participação de todos.
Por: Doriel Saturnino de Barros
ESPAÇO DO INTERNAUTA
Uma afronta aos pernambucanos
É uma afronta aos pernambucanos, que sofrem com o precário serviço de fornecimento de energia elétrica, os benefícios tarifários concedidos à Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). A Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acaba de anunciar novo reajuste ordinário – a contar a partir de 29 de abril próximo. Para os consumidores residenciais, o reajuste foi de 11,19%, e, para as indústrias, de 10,91%.
Estes reajustes só são possíveis devido às “facilidades” incluídas no contrato de concessão (também chamado de privatização). Ao calcular o reajuste, a Aneel considera os custos que a empresa teve, incluindo custos típicos da atividade de distribuição sobre os quais incide o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), e outros custos que não acompanham o índice inflacionário, como energia comprada, encargos de transmissão e encargos setoriais. O IGP-M, índice adotado, apresenta valores superiores ao índice oficial da inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Portanto, está nos contratos de privatização a “armadilha” que torna os aumentos nas contas de energia tão exorbitantes. Neste modelo as concessionárias nunca perdem. Na realidade, ganham sempre, pois é um modelo de “capitalismo sem risco”.
O caso da Celpe é emblemático. A própria Aneel mostra que, desde 2011 quando começou a ser divulgado, o Indicador de Desempenho Global de Continuidade (DGC) da Celpe só tem piorado. Ou seja, cai a qualidade do serviço e o consumidor é penalizado com aumentos devido às “facilidades” contratuais para a sua concessão.
Some-se o fato de que novas “facilidades” podem ser criadas – como é o caso, neste ano, da instituição das bandeiras tarifárias (no caso da bandeira vermelha, com previsão para todo o ano de 2015, representa um acréscimo de 8,5 % em média na tarifa), cujos valores arrecadados vão direto para os caixas das distribuidoras. Segundo estimativas da Aneel, as distribuidoras devem arrecadar cerca de R$ 18 bilhões este ano. Estas empresas ainda pleitearam e receberam um reajuste extraordinário nas tarifas, que no caso da Celpe correspondeu a mais um aumento de
2,2%. E, agora, soma-se mais este reajuste ordinário.
Os afrontosos aumentos nas tarifas de energia elétrica, atividade essencial, não deveriam ser concedidos sem que, ao menos, se levasse em conta a qualidade do serviço oferecido. Em recente pesquisa popular realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), os próprios usuários dos serviços da Celpe atestaram que costumeiramente falta energia em suas residências. De 624 entrevistados, 555 (89%) consideram comum a interrupção de energia.
Como fica claro, pelos dados oficiais, a deterioração dos serviços prestados à população pernambucana, os aumentos nas tarifas se tornam uma recompensa a ineficiência. Um estímulo para o “quanto pior o serviço, maior o custo para o consumidor”.
Precisamos de respostas a esta situação esdrúxula. Não se pode admitir que a empresa continue a ter reajustes em suas tarifas sem que se tenha no mínimo uma contrapartida na melhoria dos serviços prestados.
Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco
ESPAÇO DO INTERNAUTA
Nada é mais enigmático do que nosso destino após cumprirmos estadia terrena. Ciência e religião aceitam a definição de morte como sendo a secessão do corpo e da alma. Também é vista como o término da vida terrena, porém nunca da existência. A verdade é que essa palavrinha continua provocando medo a muitos, principalmente aos de pouca fé. Talvez fosse esse um dos motivos para que o famoso físico alemão, Albert Einstein, afirmasse que a coisa mais bela que o homem pode experimentar é o mistério.
Não é novidade afirmar que o corpo humano tem vários órgãos que, por conseguinte, possuem moléculas e átomos. Já a alma ou espírito, que muitos costumam identificar por energia inteligente, ninguém ainda encontrou uma definição aceitável para tão delicado termo.
Dias atrás o mundo soube que Bento XVI, Papa Emérito da Igreja Católica, está se preparando para morrer. Aos 88 anos Joseph Ratzinger diz não temer a morte e a espera com muita tranquilidade. Apenas cumpre rigorosamente os ensinamentos das Escrituras Sagradas quando afirmou em recente entrevista que “se preparar para a morte é se preparar para o encontro decisivo com Deus”.
Muitas pessoas se apavoram só em pensar que estão ficando mais velhas e fazem de tudo para manter o corpo em plena forma. Isso até certo ponto é válido quando acompanha, também, uma evolução da alma, um enriquecimento do espírito. Apenas querer ludibriar o tempo e esconder sua verdadeira idade é pura ignorância.
A vida nos foi dada de presente e confiada pelo Criador para usufruirmos integralmente de todos os momentos, aceitando as fases naturais de crescimento e depreciação, acreditando que a morada seguinte depende exclusivamente do nosso comportamento aqui na terra. Não há razões, pois, para ficarmos desesperados, afinal o mistério da vida continua pertencendo apenas a Deus; a nós humanos cabe-nos experimentar essa espetacular realidade.
Carlos Moura Gomes – Afogados da Ingazeira/PE
Abril/2015
ESPAÇO DO INTERNAUTA
Acordei pela manhã, tomei um café de sertanejo (cuscuz, leite da vaca preta, ovos, queijo e café feito num bule) e caminhei um pouco. Começa o noticiário e logo as notícias nos chegam com peculiares nuances jornalísticos. Num planejamento diário que fazemos dessas notícias, além da guerra em Serra Talhada, aguardamos, sempre, as da Lava Jato.
Pouco tempo depois, ao acomoda-me na minha cadeira televisiva, cochilei e tive um pesadelo por alguns segundos. Alguém informava que: “Acaba de ser preso, neste momento, em sua residência, em São Paulo, pela Polícia Federal, o Tesoureiro do Partido dos Trabalhadores – PT, Sindicalista Bancário e um dos fundadores da CUT – Central Única dos Trabalhadores, o Senhor JOÃO VACCARI NETO”.
Via, nitidamente, no pesadelo, que há poucos dias na CPI da Petrobrás, “afirmara esse Senhor que nada devia e que jamais tratou de assuntos sobre propina com os Delatores. Mesmo 05 (cinco) deles depondo de que “ele era o homem que recebia propinas para o PT”.
Subitamente na elevação ruim desse pesadelo, pensei: “O que dirão a Presidente Dilma e o ex presidente Lula a respeito da prisão de João Vaccari”? A primeira reposta veio da Presidente Dilma que proibiu os seus Ministros em ‘dar um pio’ sobre o assunto. LULA preferiu ir de encontro ao Projeto da Terceirização (e eu também), silenciando sobre o encarceramento do seu colega.
E continuei meditando pesadelo adentro: “Por que José Dirceu, um estudante e revolucionário histórico enveredou, juntamente com tantos outros no Mensalão e também foi ‘enjaulado’? O que levou o companheiro José Genuíno a arrumar uma ‘mula cearense’ para levar dinheiro na cueca? E o Delúbio Soares? E o Professor Luizinho”? Será que abandonaram João? E agora João?
De uma ‘janelinha’ na grande tela da televisão, algum jornalista (acho que um tal de BOECHART) “noticiava que no Metrô de São Paulo, o desvio é tão grande que os trens poderão sair dos trilhos” e que isso afetaria o PSDB. Logo após, a mesma ‘janelinha’ me passava à notícia de que um tal de RENAN e um tal de CUNHA, estes presidem alguns dos Poderes (é por que no pesadelo eu não consegui ver quais os Poderes) se aliaram a um tal de SARNEY (não me recordo bem, mas, parece-me que este último é dono de um Estado. Ou seria um Estádio? Agora fiquei na dúvida)
E alguém comentou: “Ora, num País onde alguns partidos políticos pregaram à ética e a probidade como lema, hoje se revestem de contrariedades e pujanças a seu favor”.
Acordei do pesadelo horrível e formulei uma conclusão simplista: Ou o Brasil toma jeito ou chamaremos de volta o Cavaleiro da Esperança, PRESTES e o homem que desafiou o torturador FLEURY para um duelo – LAMARCA.
Ufa. Pensei que morria de tão pesado o pesadelo – Usei o “tal” como adjetivo e pronome para não colocar o substantivo “alcunha”, evitando ser depreciativo. Concordam?
Joel Gomes Pessôa – Vereador PR de Tuparetama
ESPAÇO DO INTERNAUTA
Assisto com preocupação os últimos acontecimentos da realpolitik pernambucana e brasileira. Como o debate é pobre. A sensação é de que os medíocres venceram e de fato venceram.
O que se vê hoje me remete a leitura por demais atualizada do Mestre Josué de Castro:
” A verdade é que a política no Brasil só inspira e aguça para uma espécie de atividade espasmodicamente agitada e intelectualmente improdutiva. Não há debates nem lutas por idéias e princípios, mas uma surda e contínua luta por vantagens pessoais e posições” .
A política está nivelada por baixo. Político virou sinônimo de oportunismo. Mentir é o mote.
O que funciona bem hoje em nosso Estado e no Brasil ? Transporte Público? Segurança? Saúde? A tal da mobilidade e acessibilidade que tanto falam, estão implantadas? As nossas leis são cumpridas?
Infelizmente as respostas são sempre negativas, assim como as noticias que circulam nos meios de comunicação. Quem perdeu a vergonha? Quem deixou de se ruborizar com a falta de ética, de respeito? Os políticos ou a sociedade como um todo?
Acredito meu caro que o sistema está falido. As instituições já não respondem aos anseios da sociedade. Vivemos uma crise séria , muito séria. Não é preciso ser um sociólogo para perceber a gravidade dos acontecimentos. Escândalos e mais escândalos.
Enquanto isso muitos dos nossos políticos vão administrando a coisa pública só para atender seus interesses. Muitos desses políticos usam e abusam dos eleitores. Menosprezam a capacidade de seu povo. Menosprezam até mesmo seus correligionários.
Vou para a rua sim no dia 15 de março ! Não só pelo impeachment, mais por uma Reforma Geral nesse País.
Certa vez um cidadão afogadense me disse que a política é uma via de mão dupla. A minha e de muitos brasileiros tornaram-se de mão única.
Bem dizia meu amigo das antigas , o bicho maluco beleza Bartô Total: “ Estrada boa é a de mão dupla, a gente pode escolher ,pegar carona para qualquer dos lados”.
Viva a democracia brasileira !…sofrível como nunca…..fuuiiiiii.
Milton Tenório.
Jaboatão dos Guararapes.
OBS: Aproveitando o espaço desse maravilhoso Blog, avisa a Daniel Coelho que ele está certo….corra atrás de sua candidatura a Prefeito do Recife, pois o Prefeito 15 volts está a desejar…..
ESPAÇO DO INTERNAUTA
A crise elétrica e a grande imprensa
Sem dúvida é grave a situação do setor elétrico. E pode se tornar dramática se medidas urgentes não forem tomadas. Pode-se até repetir o desabastecimento ocorrido há 15 anos, por deliberada decisão política de não se fazer os investimentos necessários na geração, transmissão e distribuição de energia.
As condições de hoje não são as mesmas do passado recente, mas os resultados da atual crise poderão ser idênticos. A oferta e o consumo de energia cresceram, como também cresceu a malha de transmissão. Mas nada cresceu como a ganância das distribuidoras privatizadas que – lastreadas em contratos draconianos de concessão (também chamados de privatização)– impõem ao consumidor uma das mais caras tarifas de energia elétrica do mundo, enquanto a qualidade dos serviços prestados é sofrível. E piora com o passar do tempo.
Para o não especialista, ávido por compreender o que se passa para ter a sua opinião, reina uma grande confusão. Pois uma grande parte dos chamados “especialistas”, convidados a opinar e debater, e dos chamados “articulistas”,ou “formadores de opinião”, acaba cometendo uma fraude contra os cidadãos. Querem fazer crer que o que dizem são comentários objetivos, isentos, sem ideologia. Quando estão, na verdade, comprometidos com os interesses das empresas, do capital, do mercado.
Não assumir a visão ideológica é cinismo, empulhação. Dizem acreditar de fato que a mão invisível do mercado pode tudo, que o liberalismo é o que pode resolver os problemas existentes. Problemas esses resultantes essencialmente da mercantilização da energia elétrica, promovida pelos guardiões do pensamento do mercado a partir de 1995, e que culminou no racionamento de 2001/2002. Em 2004, depois de sofrer pequenas mudanças cosméticas, o Modelo do Setor Elétrico passou a ser chamado de “Novo Modelo do Setor Elétrico”.
Dizem que a situação vai de mal a pior por obra e culpa do governo de plantão. Falam em nome de uma ideologia à qual devotam uma crença inabalável, e prestam um desserviço aos interessados em informações, quando emitem opiniões baseados em um só lado da moeda. Partidarizam a discussão, fazem a luta política em um contexto no qual a política elétrica atual é uma continuação daquela de governos e partidos políticos que governaram o país desde o começo da Nova República. É o sujo falando do mal lavado.
O que esses “especialistas” não questionam é a existência de uma concentração de poderes e de um acentuado caráter autoritário na condução da política do setor elétricono país, o que acaba subordinando o futuro ao presente. Verifica-se que, ao longo do tempo, feudos partidários foram instalados no governo federal, sendo um deles o Ministério de Minas e Energia, cujo segundo escalão concentra muitos órgãos com alto e forte poder de decisão financeira e administrativa. É uma excrescência este ministério, tão relevante e estratégico ao país, ser considerado como moeda de troca no “toma lá, dá cá” das composições políticas. E o loteamento político do atual Ministério de Minas e Energia repete fórmulas já usadas nos governos anteriores.
Preconiza-se, com urgência, uma maior publicização da questão energética na sociedade, incentivando o debate de ideias e o confronto de interesses em condições adequadas de informação e conhecimento, se constituindo assim em instrumentos fundamentais na formulação de uma estratégia energética sustentável e democrática. A democratização do planejamento do setor energético por meio da abertura de espaços efetivos e transparentes de participação e controle social é tarefa para ontem.
Dentre as medidas recentes tomadas para combater a crise elétrica, uma que se convencionou chamar de “realismo tarifário” promoveu um aumento desproporcional e despropositado das tarifas elétricas, beneficiando diretamente o caixa das distribuidoras, que exercem um forte lobby junto às autoridades do setor elétrico. Sem dúvida, energia mais cara acarretará menor consumo, que assim aliviará, em parte, a pressão sobre a demanda, i.e. sobre o sistema como um todo.
Entre essas e tantas, debater a regulação econômica da mídia é mais do que necessário é urgente. Somente assim poderemos almejar uma sociedade com mais pluralismo e mais democracia, com cidadãos que poderão olhar criticamente uma notícia sob variados pontos de vista e não apenas a partir da “verdade única” dos colunistas, dos “especialistas”, desses endeusadores do oráculo do mercado.
Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco