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Inflação desacelera em março e é a menor para 12 meses desde 2021
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, subiu 0,71% em março, segundo dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 4,65% na janela de 12 meses. É o menor valor para 12 meses desde janeiro de 2021.
O grande destaque foi aumento da gasolina, que subiu 8,33% no mês e teve impacto individual de 0,39 ponto percentual no índice. Ainda assim, o IPCA veio abaixo das expectativas de mercado, que eram de 0,77% para março.
O resultado do IPCA vem na sequência de um avanço de 0,84% em fevereiro. Já em março de 2022, o índice teve alta de 1,62%.
Os três primeiros meses de 2023 acumulam alta de 2,09% nos preços. Mais uma vez, oito dos nove grupos de preços registraram alta. Desta vez, porém, foi o grupo Artigos de residência que registrou baixa de 0,27%.
Já na esteira da alta de combustíveis, o grupo de Transportes teve a maior alta do índice em março. Com a subida de 2,11% no mês, o segmento registrou impacto de 0,43 ponto percentual no IPCA.
Na sequência, os grupos de Saúde e cuidados pessoais (0,82%) e Habitação (0,57%) registraram as altas mais relevantes.
Lula afaga Haddad e volta a atacar juro alto: ‘Estão brincando com o país’
Presidente discursou em reunião ministerial para marcar os 100 dias de governo. Ele também disse que o governo vai ampliar investimentos em obras.
g1 — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta segunda-feira (10) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, elogiou o novo arcabouço fiscal proposto pela equipe econômica e voltou a criticar a taxa de juros no país.
Lula deu as declarações durante reunião com ministros sobre os primeiros 100 dias do mandato. Na avaliação do presidente, a nova regra fiscal, que será enviada para análise do Congresso, tem “soluções realistas”, põe fim “às amarras descumpridas do falido teto de gastos” e coloca o pobre “de volta” ao orçamento.
“Aqui, Haddad, de vez em quando, eu sei que você ouve algumas críticas. Eu tenho que elogiar, você e a equipe que trabalharam, porque certamente, em se tratando de economia, em se tratando de política tributária, a gente nunca vai ter 100% de solidariedade”, afirmou Lula ao defender o ministro da Fazenda.
“A compreensão da sociedade sobre o que foi feito vale mais do que uma crítica de uma pessoa. Eu tenho certeza que vai ter sucesso. Tenho certeza que vai ser aprovado, e tenho certeza que a gente vai colher os frutos que foram plantados na nossa proposta [do arcabouço fiscal]”, acrescentou o presidente.
Taxa de juros
O presidente voltou a criticar a taxa de juros, que é fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, atualmente em 13,75%.
E afirmou que quem define o percentual está “brincando com o país” e com os mais pobres.
“Embora eu continue achando que 13,75% é muito alta a taxa de juros, continuo achando que estão brincando com o país, brincando, sobretudo, com o povo pobre e, sobretudo, com os empresários que querem investir, só não ver quem não quer”, disse.
Lula afirma estar satisfeito com os primeiros 100 dias de governo e sinaliza mudanças na distribuição de renda
Por: Diario de Pernambuco
O presidente Luis Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã desta quinta-feira (6) com jornalistas para falar sobre os 100 primeiros dias de governo. Durante sua fala, o representante do executivo afirmou estar satisfeito com a sua gestão e destacou mudanças para melhorar a geração de empregos e renda no país.
“Estou convencido de que vamos consertar o país. Eu estou mais do que satisfeito com o que conseguimos projetar nesses 100 dias. Eu não esperava que a gente conseguisse colocar o avião na pista com tanta rapidez”, afirmou.
Ainda em seu discurso, o presidente destacou a retomada das políticas sociais que pretende retomar e que deram resultado positivo durante as suas gestões anteriores e de Dilma Rousseff, como o Bolsa Família, o Programa Nacional de Alimentação Escolar e o Programa de Aquisição de Alimentos. Ainda visando a melhoria da economia do Brasil, Lula destacou que a partir da próxima segunda-feira (10), o governo entrará em uma nova etapa que busca criar atrativos que vão impulsionar a economia brasileira.
“Quando todos os programas começarem a funcionar, a gente vai ter uma mudança no ritmo da economia brasileira”, destacou.
‘Se a meta de inflação está errada, muda-se a meta’, diz Lula ao questionar juros
Presidente também afirmou que os novos diretores do Banco Central vão ser indicados ‘de acordo com os interesses do governo’.
O presidente Lula (PT) questionou na manhã desta quinta-feira (6) a atual meta de inflação do país.
“Se a meta está errada, muda-se a meta”, disse o presidente da República em café com jornalistas ao ser questionado pelo g1 sobre os juros.
A meta de inflação, de 3,25% para 2023, podendo oscilar 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, é o parâmetro usado pelo Banco Central (BC) para definir a Selic, a taxa básica de juros do país, hoje em 13,75% ao ano, uma das mais altas do mundo.
Quando muito baixas, essas metas obrigam o BC a subir mais e mais a taxa de juros – o que ajuda a controlar os preços, mas dificultam o crescimento da economia.
“É humanamente inexplicável a taxa de juros de 13%, juro real [descontada a inflação] de 8,5%. Não é possível a economia funcionar, e não é o Lula que está dizendo isso. Qualquer empresário que vocês entrevistarem daqui para frente vai dizer”, afirmou o presidente aos jornalistas.
O governo tem como mudar a meta de inflação. Esse parâmetro é definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), no qual o governo tem 2 dos 3 votos: o colegiado é formado pelos ministros da Fazenda (hoje, Fernando Haddad), do Planejamento (Simone Tebet) e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Questionado, Lula não esclareceu se de fato pretende mudar a meta.
PF faz perícia em joias milionárias; Bolsonaro deve depor hoje
O conjunto barrado na Receita Federal, presente dos sauditas a Michelle Bolsonaro, é o primeiro lote a ser analisado.
A Polícia Federal começou a fazer uma perícia das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O primeiro lote a ser analisado pelos peritos é caixa de joias femininas apreendidas pela Receita Federal em Guarulhos, em 2021. As joias seriam um presente da Arábia Saudita para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro e são avaliadas em R$ 16,5 milhões.
As joias foram encontrados na mala de um assessor do Ministério de Minas e Energia e não foram declaradas à Receita como item pessoal, o que exige pagamento de imposto, e por isso foram apreendidas. As joias poderiam ter entrado no Brasil sem pagar imposto se fossem declaradas como presente para o Estado brasileiro e não como presentes para Michelle.
A perícia começou a ser realizada na última sexta-feira. Os técnicos da PF devem elaborar um laudo com a descrição dos bens valiosos, verificação de autenticidade e análise da qualidade do ouro e das pedras valiosas. A análise é considerada complexa pelos especialistas.
O ex-presidente deve depor à Polícia Federal nesta quarta-feira (4) sobre os três conjuntos de joias recebidos.
Haddad está em busca de mais alguns bilhões em impostos
O governo precisa aumentar sua receita em mais de R$100 bilhões para viabilizar o novo arcabouço fiscal. Por isso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou três novas medidas de arrecadação.
1) Taxação do e-commerce (R$7 bi)
Cobrar tributos da venda de produtos importados pela internet, que muitas vezes não paga a devida ou nenhuma tributação — contrabando.
2) Regulamentação e taxação de sites de apostas esportivas (R$12 bi)
Taxar empresas do ramo que atuam no Brasil, mas tem sede no exterior. Além da cobrança de um valor inicial para atuação no país — de até R$30 bi por 5 anos — e pagamento de imposto sobre premiação dos ganhadores.
3) Impostos sobre incentivo fiscal (R$85bi)
Fazer empresas que têm isenção de pagar impostos estaduais incluírem esse valor na hora de calcular os impostos federais.
Segundo o ministro, um valor entre 110 e 150 bilhões de reais será o necessário para zerar o déficit no ano que vem. Apesar disso parecer próximo, as medidas 2 e 3 dependem de projetos de lei ou medidas provisórias.
Lula diz que Brasil vai ‘crescer mais do que pessimistas estão prevendo’
Presidente afirmou que ‘ninguém vai investir em cavalo que não corre’ e voltou a pedir empenho de ministros. Governo faz 100 dias na próxima segunda e deve anunciar pacote de investimentos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (3) que não acredita na avaliação de especialistas do mercado financeiro que apontam um crescimento abaixo de 1% para a economia brasileira em 2023.
Lula disse que não citaria números, mas acredita em um crescimento superior ao previsto pelo mercado a depender do sucesso dos programas que estão sendo elaborados pelo governo.,
“Eu estou convencido que o país vai dar um salto de qualidade. Eu disse para o Haddad na semana passada que eu não concordo com as avaliações negativas de que o PIB vai crescer zero não sei das quantas, zero ponto um, de que o PIB não sei das quantas”, disse.
“Eu acho que a gente vai crescer mais do que os pessimistas estão prevendo. Vai acontecer mais coisas no Brasil do que as pessoas estão esperando que vá acontecer. E vai depender muito, mas muito da disposição do governo.”
Lula afirmou que, na visão dele, os “pessimistas” estariam vendendo a imagem do Brasil como um “pangaré”, ou seja, um cavalo fraco.
“Vai depender muito da disposição e do discurso do pessoal da área econômica. Vai depender da disposição e do discurso do setor da área produtiva, porque, se a gente ficar apenas lamentando aquilo que a gente acha que não vai acontecer, ninguém, ninguém vai investir em cavalo que não corre”, prosseguiu Lula.
Nova regra fiscal prevê limite de gasto, meta de superávit e piso para investimentos
Governo Lula quer garantir gastos prioritários e investir mais sem gerar descontrole nas contas. Texto que vai ao Congresso tem ‘piso’ para investimento e permite elevar gasto de acordo com o crescimento da economia.
g1 — Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, divulgaram nesta quinta-feira (30) a proposta para o chamado “arcabouço fiscal”.
Se aprovada pela Congresso, a nova regra para as contas públicas vai substituir o teto de gastos em vigor desde 2017 como novo parâmetro para limitar os gastos do governo.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depende dessa nova proposta para fazer gastos considerar prioritários em saúde, educação e segurança; ampliar investimentos públicos e impulsionar o crescimento econômico; e, ao mesmo tempo, garantir o controle da dívida pública e da inflação.
O arcabouço fiscal pode ser comparado a uma caixa de ferramentas com a qual a equipe econômica trabalhará para evitar uma alta maior na dívida pública.
Bolsonaro chega ao Brasil após passar três meses nos Estados Unidos
Por g1 — Brasília
O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou ao Brasil na manhã desta quinta-feira (30), após passar três meses nos Estados Unidos.
O voo comercial chegou ao Aeroporto Internacional de Brasília por volta das 6h40. No saguão, alguns apoiadores esperavam o ex-presidente.
Segundo o PL, Bolsonaro deve participar de um evento fechado ainda nesta quinta, com familiares e aliados.
O ex-presidente viajou para Orlando, na Flórida, no fim do ano passado – a dois dias de terminar o seu mandato. Por três meses, ficou hospedado na casa de um amigo em um condomínio de luxo na cidade e fez poucas aparições públicas.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, mulher de Jair, viajou para Orlando algumas vezes ao longo do período e compartilhou detalhes das viagens em redes sociais.
Durante o período nos EUA, Bolsonaro esteve acompanhado de assessores presidenciais pagos com dinheiro público. Esse tipo de assessoramento é garantido por lei a ex-presidentes, mesmo que eles estejam fora do país.
Bolsonaro nunca justificou oficialmente a viagem aos EUA, feita em voo da Força Aérea Brasileira quando ele ainda era presidente.
Futuro político
De volta ao Brasil, Bolsonaro deve aceitar o convite de Valdemar Costa Neto e se tornar presidente de honra do PL – partido ao qual se filiou há pouco mais de um ano para disputar a reeleição em 2022.
Ainda segundo o PL, Bolsonaro receberá a remuneração igual a de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O salário de um ministro do STF é o teto do funcionalismo público e, a partir de 1º de abril deste ano, será de R$ 41.650,92.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também assumiu um cargo no partido neste mês: o de presidente do PL Mulher. Trata-se do órgão da legenda voltado para a promoção das mulheres nas atividades política e partidária.
O PL e Bolsonaro ainda não divulgaram se, na nova função, o ex-presidente terá agendas públicas com apoiadores.
Haddad vai apresentar nova regra fiscal amanhã a senadores
Presidente do Senado chamou líderes partidários para reunião em que linhas gerais da proposta do novo arcabouço fiscal serão debatidas. Secretário-executivo da Fazenda também participará.
g1 — O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), convocou para esta quinta-feira (30), às 9h, uma reunião de líderes partidários, na qual o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentará aos senadores regra fiscal que substituirá o teto de gastos.
Pacheco enviou um comunicado aos líderes nesta quarta-feira (29). A mensagem, obtida pela TV Globo, diz que o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, também participará da audiência para apresentação das linhas “gerais” do projeto do novo arcabouço fiscal.
Há uma grande expectativa em torno da apresentação da nova regra tanto no mercado financeiro quanto na classe política.
Integrantes da equipe econômica afirmam que o substituto do teto de gastos será uma âncora fiscal mais “flexível” do que a que está em vigor e possibilitará mais gastos em áreas consideradas essenciais pelo governo Lula sem gerar um descontrole nas contas públicas.
Criticado por Lula e por aliados, o teto de gastos estabelece que o crescimento das despesas da União não pode ser maior do que a variação da inflação registrada no ano anterior. Portanto, para se aumentar gastos em um setor, é necessário fazer cortes em outros.
A apresentação da nova regra ocorreria somente em abril, após viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China. Entretanto, em razão de uma pneumonia, a visita foi cancelada.
Com isso, Haddad, que faria parte da comitiva de Lula, centrou esforços na finalização e articulação da proposta.
Na reunião com senadores desta quinta, o ministro da Fazenda buscará apoio para a aprovação da medida.