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Declínio na aplicação das leis de proteção ambiental dobra emissões de carbono na Amazônia, aponta estudo

Artigo liderado por pesquisadores do Inpe e assinado por 30 pesquisadores é publicado pela revista Nature nesta quarta-feira (23)

O declínio na aplicação das leis de proteção ambiental, como as políticas públicas de controle do desmatamento, na Amazônia nos anos de 2019 e 2020 resultou no aumento das emissões de carbono. Entre os principais fatores estão o desmatamento, a queima de biomassa e a degradação florestal que dobraram a emissão de carbono e intensificaram seca e aquecimento da floresta úmida. Esse é o principal resultado do artigo publicado pela revista Nature nesta quarta-feira (23).

A perda de carbono no período analisado é comparável com o recorde de aquecimento registrado nos anos de 2015 e 2016, quando ocorreu o fenômeno El Niño e provocou uma seca extrema na região.

O estudo liderado pela pesquisadora Luciana Gatti, do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), é assinado por 30 cientistas, incluindo profissionais especializados no monitoramento de desmatamento e queimadas do próprio Inpe. Também participaram pesquisadores da área de monitoramento de políticas públicas no controle do desmatamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além de outras instituições brasileiras e internacionais (Universidade do Colorado, NOAA e Universidade de Leeds).

Os pesquisadores realizaram 742 voos entre 2010 e 2020, em aeronave de pequeno porte, para coleta de amostras para avaliar o dióxido de carbono presente na atmosfera. Com a frequência aproximada de duas vezes por mês. Compuseram ainda a base de dados analisados as informações sobre desmatamento e queimadas nas áreas de influência das regiões coletadas e quantificadas as ações de controle e punição do desmatamento, por meio dos autos de infrações de desmatamento ilegal. Além disso, os pesquisadores determinaram quais atividades econômicas foram responsáveis pela perda florestal. As principais foram a exportação de madeira bruta, área plantada de soja e milho e rebanho bovino.

Os voos foram realizados em quatro localidades da Amazônia, representando em torno de 80% da Pan-Amazônia. Os pontos de coleta são sobre a floresta e estão distantes das cidades. As referências são Tefé (AM), Santarém (PA), Alta Floresta (MT) e Rio Branco (AC). Os voos em perfil vertical descendente significam que a coleta de ar é realizada entre 4,4 quilômetros de altitude e 150-200 metros do solo.

De acordo com o artigo, nos anos de 2019 e 2020 houve aumento nas emissões de dióxido de carbono (CO2) de 89% em 2019 e de 122% em 2020, quando comparado com o período de 2010-2018. O índice de confiança dos dados é de 95%

Segundo os pesquisadores o aumento é decorrente, principalmente, das emissões na região oeste da Amazônia, região que deixou de ser um sumidouro para ser fonte de emissões. As razões estão diretamente conectadas ao desmatamento na região. Uma análise detalhada dos dados do PRODES (informação oficial do governo brasileiro sobre taxas de desmatamento) indicou que a região registrou crescimento de 82% no desmatamento em 2019 e 77% em 2020 comparado ao período 2010-2018. Nessa região também houve aumento de 14% na área queimada em 2019 e 42% em 2020.

No ano de 2020 houve o agravante de seca na região durante o inicio do ano, com registro de redução de 26% na precipitação e aumento de 0.6 oC nas temperaturas, o que já pode ser um efeito do aumento do desmatamento e das emissões.

Contudo, nessa mesma área as multas emitidas pelos órgãos de fiscalização reduziram 30% e 54%, e os pagamentos das multas reduziram em 74% e 89%, em 2019 e 2020 respectivamente.

Em relação às principais atividades econômicas, os pesquisadores apontam que no período e regiões analisados foram registrados aumentos de: 80% no desmatamento; 42% nas áreas queimadas; 693% na exportação de madeira bruta saindo da Amazônia; 68% na área plantada de soja; 58% na área plantada de milho; e 13% do rebanho bovino dentro da Amazônia, enquanto diminuiu no resto do Brasil.

Confira o artigo em: https://www.nature.com/articles/s41586-023-06390-0

Divulgação de estudo sobre emissões de gases na Amazônia reflete compromisso com a verdade, diz ministra Luciana Santos

Durante apresentação de pesquisa do Inpe, ministra reafirmou que governo buscará desmatamento zero até 2030 e ampliará os investimentos em ciência para o desenvolvimento sustentável da Amazônia

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, reiterou nesta quarta-feira (23) o compromisso do governo federal com o desmatamento zero na Amazônia até 2030 e com o fomento à ciência e tecnologia para promover o desenvolvimento sustentável da região.

A ministra participou da apresentação do estudo, liderado por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e publicado na revista Nature, que apontou aumento das emissões de dióxido de carbono na Amazônia entre 2019 e 2020. A pesquisa foi assinada por 30 cientistas, sendo maior parte brasileiros.

“Nós estamos imbuídos desse espírito, utilizando as ferramentas da ciência e da tecnologia, para prover dados e informações sem escamotear a realidade. Aqui, temos compromisso com a verdade. Vamos fazer investimentos nos estudos que possam nos ajudar a fazer um diagnóstico mais preciso. É por isso que temos a Torre ATTO, o AmazonFACE, o TerraClass, o novo satélite CBERS-6”, afirmou a ministra.

Ela destacou o anúncio de R$ 3,4 bilhões para o programa Mais Amazônia, realizado durante a Cúpula da Amazônia, no início de agosto em Belém (PA). Os recursos serão investidos entre 2024 e 2026 para recuperar e consolidar a infraestrutura de pesquisa, e aperfeiçoar os sistemas de monitoramento da Amazônia, entre outras ações. O programa inclui a iniciativa Pró-Amazônia, dedicada a gerar conhecimento sobre a diversidade biológica e para o desenvolvimento de tecnologias e atividades econômicas inovadoras. “Um pacote de medidas que demonstram o compromisso do nosso governo e do presidente Lula com a sustentabilidade”, disse.

A ministra lembrou ainda o esforço do governo federal para conter o desmatamento na maior floresta tropical do mundo. Houve redução de 42% das áreas sob alertas de desmatamento na região desde o início deste ano. Em julho, foi registrada a queda de 66% na comparação com o mesmo mês do ano passado. “Com vontade política, conseguimos fazer o enfrentamento.”

Área leste da Amazônia emite 8 vezes mais carbono

Durante a apresentação, a cientista Luciana Gatti, do Inpe, destacou que há variações entre as regiões da Amazônia e que isso necessita de políticas específicas de ação. Na região leste do bioma, o desmatamento já atingiu cerca de 30% da área, onde as emissões de carbono chegam a ser oito vezes maiores, comparada à área central do bioma.

Segundo a pesquisadora, o oeste da Amazônia estaria mais próximo do ponto de não retorno, quando a floresta não teria mais condições de se regenerar. “Para essa região não basta falar em desmatamento zero. No sudeste da Amazônia, as árvores já morrem mais do que crescem. Mesmo se parar o desmatamento, a condição climática estressante vai continuar a gerar perda florestal”, explicou.

No lado oeste, no qual os pesquisadores registraram aumento nas taxas de desmatamento de 82% em 2019 e 77% em 2020, a incidência de chuvas é historicamente maior. A contenção do desmatamento permitiria a regeneração.

Francisco Dornelles, ex-ministro, ex-senador e ex-governador do RJ, morre aos 88 anos

Por Denise Peyró, GloboNews

Morreu nesta quarta-feira (23), aos 88 anos, Francisco Osvaldo Neves Dornelles. Parente de dois ex-presidentes brasileiros, Tancredo Neves e Getúlio Vargas, o político acumulou cargos de destaque em sua longa carreira: foi ministro da Fazenda e de mais duas pastas, senador da República, deputado federal e governador do Rio.

A informação foi confirmada pelo Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na Zona Sul, onde Dornelles estava internado desde o final de maio. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Dornelles vivia e respirava política. A maior parte de suas quase nove décadas foi dedicada à vida pública.

Nasceu em Belo Horizonte e iniciou os estudos em São João Del Rei, também em Minas Gerais. Foi lá que aumentou a proximidade com o tio Tancredo Neves.

Ainda jovem, Dornelles se mudou com a família para o Rio de Janeiro. Foi na antiga capital federal que se formou em direito. Em seguida, especializou-se em finanças públicas na França e em tributação internacional na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Na volta ao Brasil, dedicou-se à carreira acadêmica. A influência de parentes famosos, como Tancredo e o também ex-presidentes Getúlio Vargas, acabou determinando o futuro de Dornelles.

Foi secretário particular de Tancredo e exerceu dezenas de cargos públicos, ainda durante o governo militar. Foi secretário da Receita Federal, em 1979, se elegeu deputado federal cinco vezes seguidas, entre 1987 e 2003.

Dornelles fez parte da Assembleia Nacional Constituinte, ajudando a aprovar a Constituição Federal de 1988.

Foi ministro da Fazenda, em 1985, no primeiro governo civil, depois de mais de 20 anos de regime militar no país. Era o governo de José Sarney, que assumiu a presidência interinamente com a internação de Tancredo e, depois, definitivamente, com a morte do presidente.

Foi ainda ministro de Indústria, Comércio e do Turismo, e ministro do Trabalho e Emprego no governo de Fernando Henrique Cardoso.

CNPEM abre chamada para projetos de pesquisa no Sirius

Pesquisadores interessados em realizar experimentos no Sirius, a fonte de luz síncrotron brasileira, projetada e operada pelo Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização supervisionada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tem até o dia 06 de setembro para submeter seus projetos.

Os experimentos das propostas selecionadas nesta chamada serão realizados ao longo do primeiro semestre de 2024. A novidade desta chamada é que além das seis estações que já estão em operação, será a primeira vez que novas quatros linhas estarão disponíveis para receber pesquisas.

“Qualquer pesquisador do Brasil ou do mundo pode participar da chamada. O projeto será julgado por comitês externos, para evitar qualquer conflito de interesse, e se ele for bem ranqueado o pesquisador poderá utilizar uma das linhas de luz”, disse o diretor geral CNPEM, Antônio José Roque da Silva.

Processo de avaliação – A avaliação é feita com duplo anonimato. Assim como nas chamadas anteriores, as propostas de pesquisa serão analisadas por meio de um sistema de avaliação distribuída com duplo anonimato, onde todos os proponentes da chamada são também potenciais revisores para a mesma chamada, dentro das suas áreas de atuação. Pelo menos cinco revisores avaliam cada proposta.

“Os pesquisadores avaliam quais propostas serão aceitas e vice-versa. A pessoa que submeteu também vai avaliar a de outra pessoa que está submetendo. Mas de forma anônima. Ninguém sabe quem é quem. Por isso é de duplo anonimato. É uma forma bem honesta de você garantir acesso a essa infraestrutura”, enfatizou Nathaly Archilha, pesquisadora líder da Linha de Luz Mogno do Sirius.

Novas linhas de luz – A linha de luz Mogno é uma das quatro linhas que entram pela primeira vez na chamada para os pesquisadores. Este é uma linha de micro e nano tomografia de Raio-X. “O principal objetivo dela é fazer imagens tridimensionais de diferentes tipos de amostra”, disse Nathaly Archilha, pesquisadora responsável por esta fonte de luz.

“Esta é uma linha que consegue receber diversos tipos de amostras. A gente não é especializada em uma ou outra amostra. A minha pesquisa, por exemplo, está relacionada ao estudo de reservatórios de rochas que podem ter no seu interior tanto óleo quanto água”, explicou a pesquisadora. As linhas Cedro, Sabiá e Paineira completam as novas estações para esta chamada.

Além de não ter custos para uso acadêmico, pesquisadores de instituições brasileiras e estrangeiras que residam em países da América Latina e Caribe, com propostas aprovadas, podem solicitar auxílio financeiro para a utilização das instalações do Sirius e viagem a Campinas-SP, onde fica o campus do CNPEM.

“Quando o pesquisador recebe a aprovação da proposta, o CNPEM dá apoio e treinamento para usar a linha de luz, para fazer o experimento por alguns dias, e também dá apoio para o pós-processamento”, disse Nathaly.

Para saber mais sobre o envio de propostas e sobre as fontes de luz Síncrotron acesse: https://cnpem.br/

Bolsonaro é internado em hospital de São Paulo

Breno Esaki/Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado, na manhã desta quarta-feira (23/8), no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Ele foi atendido e está sob os cuidados do médico pessoal dele, Antônio Macedo, para exames de rotina.

Fabio Wajngarten, assessor de Bolsonaro, confirmou a internação. “Referidos exames têm por objetivo avaliar sua condição clínica, principalmente no sistema digestivo, tráfego intestinal, aderências, hérnia abdominal e refluxo. Todos os sintomas e exames desse momento, por óbvio, decorrem do atentado contra sua vida de 6/9/18, ainda sem resolução”, escreveu o advogado.

Macedo é um renomado cirurgião de São Paulo e ficou ainda mais conhecido após realizar a cirurgia de Bolsonaro devido ao atentado a faca em Juiz de Fora, durante a campanha para as eleições de 2018.

Na semana passada, Bolsonaro realizou uma harmonização orofacial, procedimento feito na face e na boca, em uma clínica de Goiânia. O dentista Rildo Lasmar divulgou o resultado por meio de fotos e vídeos; de acordo com o profissional, não houve complicações.

PF acha ordem de Bolsonaro para disparo de fake news: ‘Repasse ao máximo’

g1 – A investigação que mirava a suposta pregação de um golpe de Estado por parte de alguns dos empresários mais conhecidos do país acabou esbarrando com um exemplo cristalino da atuação do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro no disparo de desinformação e ataques às instituições.

A apuração começou em 2022, depois que o portal Metrópoles revelou conversas pró-golpe em caso de vitória de Luiz Inácio Lula da Silva em um grupo frequentado por alguns empresários renomados. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a busca e a apreensão de aparelhos telefônicos e outros itens de oito desses investidores.

Na última segunda-feira (21), o ministro determinou que dois desses empresários permanecessem sob investigação: Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, e Luciano Hang, da Havan. Os outros seis alvos tiveram as acusações arquivadas.

O ministro entendeu que, embora eles tivessem consumido e compartilhado desinformação, o fizeram dentro de parâmetros abarcados pela liberdade de expressão.

Com investimento de R$ 36 milhões, MCTI e FINEP, em parceria com ENAP e MGISP, lançam edital Soluções De Inteligência Artificial para o Poder Público

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com apoio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGISP) e da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), lançaram, nesta segunda-feira (21), o edital Soluções De Inteligência Artificial para o Poder Público. Com investimento de R$ 36 milhões, a iniciativa busca apoiar projetos de startups de desenvolvimento de soluções baseadas em Inteligência Artificial (IA) para aplicações em desafios tecnológicos de entidades do poder público federal. Interessados têm até 28 de setembro para envio das propostas.

O lançamento contou com a presença da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que defendeu a transformação digital e o desenvolvimento do país em novas bases tecnológicas. “Nosso papel é promover a interseção entre os desafios do setor público e o desenvolvimento das soluções inovadoras com a perspectiva de modernizar e aperfeiçoar os serviços oferecidos ao cidadão ”, disse.

Ao longo do evento, a ministra lamentou o gargalo existente entre a produção de “rico conhecimento científico” e demandas da sociedade. “Falta diálogo para gerar soluções em forma de produtos, serviços e processos que são, em última instância, voltados para atender as necessidades da população. A inovação é, justamente, o resultado dessa conexão, ou seja, dominar o conhecimento e, com capacidade criativa, apresentar soluções para os mais diferentes desafios”, afirmou.

IA à serviço do cidadão

A Inteligência Artificial poderá aperfeiçoar serviços oferecidos ao cidadão, como para acelerar a certificação de produtos oriundos da pesca, para aplicação no despacho aduaneiro, para identificar operações de investimentos e estimar riscos de insolvência dos fundos de pensão e o desenvolvimento de soluções para análise de exames médicos. “Tudo isso significa colocar a inovação a serviço da sociedade e ampliar o acesso da população aos benefícios da ciência e da tecnologia”, avaliou a ministra Luciana Santos.

O presidente da Finep, Celso Pansera, também destacou o uso da tecnologia para desenvolvimento do país. “Há esforço do governo Lula para dar mais eficiência à máquina pública, torná-la mais barata e mais próxima do cidadão. A Inteligência Artificial tem sido relevante e está ajudando a avançar nesse quesito”, pontuou.

Já Betânia Lemos, presidente da Enap, destacou que o governo incentiva um “ecossistema de inovação” para superar desafios públicos, cuja complexidade exige abordagem inovadora aliada à colaboração da sociedade. Além disso, lembrou que esta é a segunda rodada do edital e adiantou que haverá uma terceira em outubro.

Também presente no lançamento, Renan Santos, diretor de Infraestrutura de Dados da Secretaria de Governo Digital do MGISP falou sobre a importância da capacitação das pessoas, investimento em pesquisas e financiamento para aumentar uso da tecnologia no governo e ressaltou que as rodadas do edital trazem “conhecimento e maturidade” para o governo.

Recursos

A seleção pública concederá R$ 36 milhões em recursos de subvenção econômica para apoiar startups com faturamento de, no máximo, R$ 16 milhões para desenvolvimento de soluções de IA conforme desafios tecnológicos listados no edital e que possam ser incorporadas ou adotadas pelas entidades, com melhoria na qualidade da prestação dos serviços públicos federais.

As Entidades Públicas Participantes (EPPs) são o Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPOA), o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

Confira o edital: http://www.finep.gov.br/chamadas-publicas/chamadapublica/718

Hacker diz a CPI que Bolsonaro tinha plano contra urnas e grampo de Moraes

O hacker Walter Delgatti prestou depoimento à CPI dos Atos Golpistas nesta quinta-feira (17) no Congresso Nacional.

Preso desde o dia 2 de agosto por invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Delgatti ficou conhecido nacionalmente em 2019, quando vazou mensagens de diversas autoridades envolvidas na operação Lava Jato. O episódio, investigado na operação Spoofing, ficou conhecido como “Vaza Jato”.

Ele foi convocado para comparecer à CPI dos Atos Golpistas após uma operação da Polícia Federal, que também mirou a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). Os agentes da PF apuram a inserção de alvarás de soltura e mandados de prisão falsos no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, do CNJ.

“Vamos levar conectividade e inovação para as máquinas e para a agricultura familiar”, disse Ministra Luciana Santos

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou, nesta quarta-feira (16), em Brasília (DF), do encerramento da 7ª Marcha das Margaridas. No evento, o presidente Lula anunciou série de medidas voltadas para as trabalhadoras rurais, em atendimento às reivindicações entregues em junho deste ano.

“Não poderia deixar de cumprir e atender às demandas da Marcha das Margaridas, vamos levar conectividade e inovação para as máquinas agrícolas e para a agricultura familiar. O MCTI vai estar presente na vida das Margaridas desse país”, afirmou a ministra Luciana Santos.

Entre as medidas anunciadas pelo governo federal, estão a retomada do Programa Nacional de Reforma Agrária, com prioridade para as mulheres, e a criação do Programa Quintais Produtivos, voltado para a promoção da segurança alimentar e nutricional e da autonomia econômica das mulheres rurais.

Também integram a lista o decreto que institui o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, a retomada da Bolsa Verde, que prevê um pagamento a famílias inseridas em áreas a serem protegidas ambientalmente e que se enquadrem em situação de baixa renda, e a ampliação da participação social para trabalhadores rurais.

“Esses atos convergem para a autonomia econômica e inclusão produtiva das mulheres rurais”, afirmou o presidente Lula. “(São) prioridades definidas por vocês e demandas que temos o prazer de atender para que as mulheres do campo, das florestas e das águas possam viver com dignidade, tendo assegurados seus direitos civis, políticos e sociais”, completou.

Outro ponto destacado pelo presidente foi o combate à violência de gênero. “É preciso criar uma cultura de respeito no campo e nas cidades”, disse. “Não toleramos mais discriminação, misoginia e violência de gênero. Não podemos conviver com tantas mulheres sendo agredidas e mortas diariamente dentro de suas casas”, acrescentou.

Entre as margaridas está Veronilda de Ribeiro, que veio de São Paulo para participar, pela primeira vez, do movimento. “Quando unimos forças, gritamos o mesmo grito e dividimos as mesmas dores, essa força vem da união de todas”, avaliou. “Queremos reivindicar nossos direitos e a Ciência pode nos ajudar, por exemplo, com inclusão digital”, contou.

Marcha das Margaridas

O movimento surgiu em 2000 e reúne mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta em busca de visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena. A marcha ocorre a cada quatro anos, sempre em agosto, em homenagem à agricultora e líder sindical Margarida Alves, assassinada em 1983. Neste ano, o lema da Marcha das Margaridas foi “Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver”.

Wassef tenta isentar Bolsonaro, mas PF vê versão fantasiosa e hilária

Diante das provas, Frederick Wassef não teve outra saída a não ser confirmar nesta terça-feira (16) que recomprou o Rolex vendido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A versão, no entanto, foi classificada como “fantasiosa” e “hilária” na Polícia Federal.

Segundo investigadores, o advogado do ex-presidente buscou isentar seu cliente – mas a própria PF já tem provas indicando exatamente o contrário.

Em entrevista em um hotel de São Paulo, Wassef admitiu ter feito a recompra do Rolex recebido como presente oficial por Jair Bolsonaro e negociado ilegalmente nos Estados Unidos.

Disse também:

  • que usou dinheiro próprio,
  • que não seguia ordens de Bolsonaro nem do ex-ajudante de ordens Mauro Barbosa Cid,
  • e que devolveu o relógio para a União.
  • Investigadores avaliam, no entanto, que assim como o advogado foi obrigado a admitir a recompra do presente oficial, terá eventualmente que dizer quem ordenou a transação. Isso, diante de novas provas que a PF já tem e que ainda está colhendo.

Com a colaboração do FBI, a Polícia Federal avalia que será possível descobrir o caminho do dinheiro usado para reaver o relógio.