Home » Brasil (Page 11)

Você está lendo: Brasil

Lula diz que ‘houve falcatrua’ em leilão de arroz e que governo financiará produção

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (21) que a anulação do leilão do arroz se deu porque houve uma “falcatrua numa empresa”.

Lula se referiu à polêmica concorrência para compra do arroz importado, que acabou cancelada após indícios de irregularidades e culminou na demissão do então secretário de Política Agrícola, Neri Geller (leia mais abaixo).
Depois da anulação, o governo informou que pretende fazer um novo leilão. A decisão de importar arroz ocorreu após as enchentes no Rio Grande do Sul, maior produtor do cereal no país, para evitar alta nos preços do alimento.

“Tomei a decisão de importar 1 milhão de toneladas. E, depois, tivemos anulação do leilão porque houve uma falcatrua numa empresa. Por que eu vou importar? Porque o arroz tem que chegar na mesa do povo no mínimo a R$ 20 o pacote de cinco quilos. Que compre a R$ 4 um quilo de arroz, mas não dá pra ser um preço exorbitante”, argumentou Lula.

“Vamos inclusive financiar áreas de outros estados produtivas de arroz para não ficar dependendo apenas de uma região. Vamos oferecer um direito dos caras comprar e a gente vai dar uma garantia de preço para que as pessoas não tenham prejuízo”, completou o presidente.

A declaração foi dada em entrevista à rádio Meio FM, de Teresina, no Piauí.

PF deve indiciar Bolsonaro, Braga Netto e generais por atos do 8 de janeiro

CNN Brasil – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser indiciado pela Polícia Federal por envolvimento nos atos de oito de janeiro, em Brasília.

Segundo fontes da PF, o inquérito será concluído até agosto com elementos suficientes para indiciar também o ex-ministro Braga Netto, além de generais.

A PF apurou que Bolsonaro chegou a discutir o conteúdo de uma minuta de golpe com assessores e pediu ajustes no documento.

O ex-presidente remeteu o documento a generais e comandantes das Forças afim de convencê-los à investida ao golpe.

Nos diálogos captados pela investigação, o ex-ministro da Defesa, Braga Netto xingou o então comandante do Exército, general Freire Gomes, que resistia em aderir ao golpe.

Paulo Sergio Nogueira, ex-ministro da Defesa, que também será indiciado pela investigação, e o general Augusto Heleno, ex-GSI, aparecem em gravação discutindo com o ex-presidente estratégias para mantê-lo no poder.

A investigação, no entanto, não pretende pedir a prisão de nenhum dos indiciados. O cenário só deve mudar se algum requisito legal vier a se desobedecido. Por exemplo: uma eventual coação de testemunha.

O relatório final da Polícia Federal deve ainda prever uma cadeia de acontecimentos para demonstrar que outras investigações estão relacionadas a tentativa de golpe de estado, a exemplo da compra e venda de joias no exterior e a fraude no cartão de vacina do ex-presidente e familiares.

Em fevereiro, Braga Netto e Heleno ficaram em silêncio e não depuseram à Polícia Federal. Ambos, no entanto, já negaram irregulares anteriormente.

No mesmo dia, Bolsonaro também ficou em silêncio e alegou incompetência do STF em julgar o caso.

Na semana seguinte, o ex-presidente discursou em um evento em São Paulo e comentou o caso.

“Agora, o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha a santa paciência”, afirmou.

Morre Chrystian, cantor que fez dupla com Ralf, aos 67 anos

Por Wesley Bischoff, g1 e TV Globo — São Paulo

O cantor Chrystian, que fez parte da dupla “Chrystian e Ralf”, morreu na noite desta quarta-feira (19). Ele tinha 67 anos e estava internado em um hospital de São Paulo. A morte foi confirmada pela família, por meio de nota.

A assessoria do cantor afirmou que ele precisou ser hospitalizado após ser diagnosticado “com uma condição médica que exige repouso imediato e tratamento especializado”. A causa da morte não foi divulgada.

Em fevereiro deste ano, Chrystian foi internado Hospital do Rim, em São Paulo, após ser diagnosticado com rim policístico. O cantor chegou a se preparar para um transplante de rim. A doação seria feita pela esposa, Key Vieira.

Entretanto, a cirurgia foi adiada para o final de 2024. Durante os exames pré-operatórios, o cantor precisou passar por um cateterismo.

“Esse procedimento exige o uso de uma medicação para afinar o sangue, por seis meses, e durante este tratamento não é permitido que seja realizada uma cirurgia”, afirmou a equipe do artista à época.

Após ser hospitalizado nesta quarta-feira, a assessoria do cantor afirmou que ele estava seguindo todas as recomendações médicas. Além disso, um show marcado para sábado (22) em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, foi cancelado.

Lula cria ‘saia justa’ para seus próprios indicados no BC

g1 – Se de um lado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agradou em cheio ao Partido dos Trabalhadores com suas críticas contundentes direcionadas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, aliados de centro não gostaram nem um pouco do momento da crítica — em ocasião da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) — o que gerou preocupações também dentro da equipe econômica.

Assessores do Ministério da Fazenda avaliam que Lula criou uma “saia justa” para seus indicados na diretoria do BC.

Tanto aliados de Lula como a equipe econômica concordam que o presidente do Banco Central “deu motivos” para ser criticado, mas reclamam que o dia da crítica acabou gerando mais dúvidas sobre como os membros do Copom vão se comportar ao fim da última reunião desta quarta-feira (19).

Pelas últimas declarações do diretor Gabriel Galípolo, cotado para substituir Roberto Campos Neto, o mercado passou a apostar que, por estar em sintonia com as falas do presidente do BC, a tendência é que o Copom interrompa nesta quarta, de forma unânime, o ciclo de queda da Selic — a taxa básica de juros.

Agora, se essa for a decisão do Copom, os quatro indicados estarão também no alvo das críticas de Lula.

Caso novamente se repita um placar dividido, os indicados de Lula vão ser acusados de cederem a pressões políticas vindas do Palácio do Planalto.

 

Sudene integra comitê de governança da Política Nacional de Desenvolvimento Regional

A necessidade da redução das desigualdades intrarregionais foi um dos temas abordados na 1ª reunião do Comitê-Executi vo da Câmara de Políticas de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional. Esta é a instância de governança da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), apresentada durante a reunião de hoje (18), no Ministério da Integração e do Desenvolvimento regional, com a participação do ministro Waldez Góes.

O objetivo da reunião foi instalar o comitê, que conta com a participação de mais de 20 ministérios, bancos de fomento e consórcios regionais. No encontro, também foi apresentado o Programa Cidades Intermediadoras; aprovadas as novas áreas especiais da PNDR, como o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), e discutido o Pacto de Metas e Relatório de Monitoramento da PNDR.

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, durante o encontro, destacou a importância da interiorização do desenvolvimento, a partir dos eixos do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste, que é derivado da PNDR. Segundo ele, os indicadores socioeconômicos do Nordeste indicam o potencial de desenvolvimento das chamadas regiões intermediárias e imediatas.

“Nossa área de atuação tem 52 regiões priorizadas a partir dessa lógica, de que o desenvolvimento delas transborda para o conjunto de municípios vizinhos. A política de financiamento que adotamos coloca essas áreas como estratégicas e prioritárias para quem quer se estabelecer na região”, afirmou Danilo Cabral.

A PNDR foi instituída pelo decreto nº 11.962, de março deste ano, com a finalidade é reduzir as desigualdades econômicas e sociais, intrarregionais e inter-regionais, por meio da criação de oportunidades de desenvolvimento que resultem em crescimento econômico sustentável, geração de renda e melhoria da qualidade de vida da população.

Por que preço do arroz subiu 20% em 1 ano? Brasil precisa importar?

O arroz virou um dos assuntos em alta nas últimas semanas diante das tentativas do governo federal de importar o grão, após as enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul. O estado responde por 70% da produção nacional do cereal e já colheu 90% da área plantada nesta safra.

Por que o Brasil precisa importar arroz?

O Brasil produz menos arroz do que consome, mas supre a demanda interna com importações e estoques de colheitas anteriores. Nesta safra, o país vai produzir 10,3 milhões de toneladas do alimento, enquanto o consumo deve ser de 11 milhões, mostram dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Até abril, o governo estimava que o Brasil importaria 1,4 milhão de toneladas de arroz. Esse montante, somado à produção e aos estoques – e excluindo as exportações –, permitiria acumular um suprimento de 12,4 milhões de toneladas – contando com os efeitos da tragédia no RS – o que já conseguiria atender o consumo interno.

Contudo, desde maio, o governo aumentou a sua projeção de importação para 2,2 milhões de toneladas, colocando na conta o arroz que pretende adquirir via leilão público. Nesse cenário, o Brasil acumularia 13,1 milhões de toneladas no mercado interno.

A justificativa do governo é evitar um aumento excessivo de preços, em consequência de possíveis problemas de oferta e distribuição do arroz.

No auge da tragédia do RS, o bloqueio de estradas e rodovias gerou preocupação sobre a capacidade do estado de conseguir entregar o arroz colhido para o restante do Brasil.

A água baixou, porém, e a principal rodovia para escoamento do grão, a BR-101, já está normalizada, diz a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul).

Câmara promove retrocessos de olho na sucessão de Arthur Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em imagem de abril de 2024 — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

g1 – Se está acuada de um lado, por causa das brigas em comissões, de outro, a Câmara dos Deputados, de olho na sucessão de sua presidência, ameaça promover retrocessos em dois temas que agradam aos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro: aborto e delação.

E tudo feito a toque de caixa, sem discussão em assuntos que deveriam ser debatidos profundamente.

Nesta quarta-feira (12), os deputados deram uma satisfação à sociedade aprovando um projeto para acelerar a punição de deputados brigões, mas, logo em seguida, os parlamentares pisaram no acelerador dos retrocessos.

Primeiro, a Casa aprovou a urgência para o projeto que proíbe presos de firmarem acordos de delação premiada, um golpe fatal no combate à corrupção, do jeito que boa parte da Câmara deseja.

Depois, quase de forma escondida, em poucos segundos foi aprovada a urgência para o projeto que equipara o aborto a crimes de homicídio quando praticados depois de 22 semanas de gestação, uma decisão tomada na correria para atender oposicionistas que desejam testar o presidente Lula. Uma pauta conservadora, que pode ser aprovada por um plenário formado em sua maioria por homens decidindo um assunto que atinge mulheres.

Aprovar o regime de urgência para este tipo de projeto, cortando caminhos para seguir direto para o plenário, é um absurdo.

Especialistas e mulheres deveriam ser ouvidas em comissões sobre o assunto, a sociedade teria de ser consultada, antes de qualquer avanço na tramitação. Mas o que está pesando é a busca de apoios para que Arthur Lira (PP-AL) tenha controle sobre sua sucessão.

No caso do aborto, teremos uma situação esdrúxula. A mulher estuprada pode ser condenada a uma pena superior ao de seu estuprador. Sem falar que, hoje, as principais vítimas de estupro no país, cerca de 40%, são pré-adolescentes, que descobrem a gravidez tardiamente. Se o projeto for aprovado, podem ser condenadas como se tivessem praticado um homicídio nas ruas.

Carlos Veras celebra ação do Governo Federal para situação dos “Prédios-Caixão”

Deputado federal do PT-PE destaca iniciativa para solucionar questão histórica no Recife e Região Metropolitana. Indenizações de até 120 mil reais vão beneficiar cerca de 14 mil famílias

O deputado federal pernambucano Carlos Veras celebrou nessa terça-feira (11), o acordo histórico para solucionar o problema dos chamados “prédios-caixão” do Recife e da região metropolitana. A medida, aguardada por milhares de moradores há décadas, prevê a indenização dos proprietários dos imóveis e representa uma vitória significativa na luta por moradia digna e segurança estrutural.

O acordo beneficiará 14 mil famílias proprietárias ou ocupantes de apartamentos em 431 prédios interditados e com risco iminente de desabamento no Recife, em Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Camaragibe e Paulista. O governo federal investirá R$1,7 bilhão em reparação a proprietários, que receberão indenizações de até R$120 mil por apartamento.

“Essa é uma vitória para todas as famílias que sofrem há anos com a insegurança e a precariedade dos ‘prédios-caixão’. O presidente Lula mais uma vez mostra seu compromisso com a dignidade e o bem-estar do povo pernambucano, construindo este acordo tão necessário”, afirmou Carlos Veras durante a assinatura do acordo-base no Palácio do Planalto.

Histórico do problema
Os “prédios-caixão” são edifícios que apresentam sérios problemas estruturais, tornando-se perigosos para seus moradores. A expressão “prédio-caixão” surgiu devido à vulnerabilidade dessas construções, que correm risco de desabamento e apresentam falhas graves desde a sua concepção. Em Pernambuco, muitos desses edifícios foram construídos na década de 1980 e, desde então, moradores convivem com o medo constante de tragédias. Desde a década de 1990, já foram 20 desabamentos de prédios-caixão, e mais de 20 mortes por desmoronamento de edifícios apenas em 2023.

Solução proposta
O acordo firmado prevê a indenização dos proprietários e possibilita que as famílias afetadas possam adquirir novos imóveis em condições seguras. Para o deputado Carlos Veras, a iniciativa mostra “um esforço significativo” para resolver uma questão que há décadas aflige a população.

“Essa ação do Governo Federal traz alívio imediato para as famílias afetadas. É um exemplo claro de que, com vontade política e sensibilidade social, podemos resolver questões complexas e melhorar a vida das pessoas”, acrescentou Veras.

Segundo a AGU, o acordo foi possível graças a um esforço conjunto de diversos entes e instituições, entre eles o Governo Federal, o Governo do Estado de Pernambuco, a Caixa Econômica Federal, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado de Pernambuco (MP/PE).

Impacto e futuro
Além de indenizar os proprietários, a União irá inserir as famílias no programa Minha Casa Minha Vida e transferir os imóveis ao Estado de Pernambuco, que realizará a desocupação dos prédios e, após a demolição ser executada pelas seguradoras, destinará os terrenos para utilização pública ou social, com auxílio do Ministério das Cidades.

O acordo prevê ainda a possibilidade de reparação e reconstrução das áreas afetadas, para promover o desenvolvimento urbano seguro e sustentável.

PF prende 6 por desvios nos fundos partidário e eleitoral em 2022

g1 – A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (12) uma operação contra desvios de recursos, nas eleições de 2022, dos fundos partidário e eleitoral do partido PROS – que foi incorporado pelo Solidariedade em 2023.

Eurípedes Gomes Júnior, atual presidente nacional do Solidariedade, é um dos alvos da operação.

Agentes foram às ruas cumprir sete mandados de prisão preventiva e 46 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo, Paraná e no Distrito Federal.

De acordo com a Polícia Federal, seis mandados de prisão preventiva foram cumpridos, cinco no Distrito Federal e um no Paraná.

Além de Eurípedes Gomes Júnior, também foram alvos:

  • Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira do Solidariedade. Ela foi presa
  • Alessandro, o Sandro do PROS, que foi candidato a deputado federal. Também foi preso
  • Berinaldo da Ponte, ex-deputado distrital

Os alvos são investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.

As apurações começaram a partir da denúncia de um presidente partidário, que acusou um ex-dirigente de desviar cerca de R$ 36 milhões. Na operação desta quarta, os policiais tentam bloquear e indisponibilizar R$ 36 milhões e 33 imóveis do grupo.

Os mandados foram autorizados pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal. Em Goiás, a PF apreendeu R$ 26 mil em espécie

PF reitera que Adélio foi único responsável por ataque a Bolsonaro em 2018

Conclusão está em relatório elaborado pela Polícia Federal após solicitações do Ministério Público. Investigadores apontam elo de advogado de Adélio com organização criminosa, mas descartam relação do grupo com atentado ao então candidato à Presidência.

g1 – A Polícia Federal reiterou a conclusão de que Adélio Bispo de Oliveira foi o único responsável pelo ataque ao então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG) em 2018.

A conclusão está em um relatório da PF elaborado após a retomada de investigações para apurar a suposta participação de outras pessoas no ataque com faca ao então candidato no dia 6 de setembro de 2018.

A corporação se manifestou pelo arquivamento do inquérito que investiga o caso. O envolvimento de outras pessoas foi descartado pelos investigadores. Adélio está internado no presídio federal de Campo Grande desde 2018.

Em comunicado divulgado à imprensa, a PF informou que, durante a investigação, cumpriu novos mandados de busca e apreensão para análise de equipamentos eletrônicos e documentos.

A apresentação do relatório final atende a solicitações feitas pelo Ministério Público Federal. Caberá à Justiça uma decisão pelo arquivamento ou pela continuidade do inquérito policial.

Em maio de 2020, a Polícia Federal já havia concluído que Adélio Bispo de Oliveira havia agido sozinho e que não foi identificada a existência de mandantes do crime.