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Crônica de Ademar Rafael
2017
Em minha vida sempre ocorreram fatos relevantes nos anos que terminam em sete, a saber: Nasci em 1957; em 1967 comecei a ter acesso ao mundo que havia fora do Sítio Quixaba onde nasci e fui criado; no ano de 1977 ingressei no Banco do Brasil onde permaneci por quase trinta anos; casei em 1987; em 1997 voltei a estudar em Governador Valadares, ao ser aprovado em vestibular para o curso de Administração; em 2007 obtive minha sonhada aposentadoria em 2017 cheguei aos 60 anos.
No corrente ano comemoramos aniversários de 500, 300 e 100 anos de eventos com impactos em todo mundo. Tenho vinculação como educador e como católico.
O primeiro grande evento com festa de aniversário neste ano foi o movimento de caráter religioso liderado pelo frade e professor Martinho Lutero, que publicou suas teses e promoveu uma ruptura na Igreja Católica. Os quinhentos anos que nos separam da reforma luterana não foram capazes de apagar a importância do movimento que além de contestar práticas adotadas pelas autoridades instaladas em Roma apresentou alternativas para os que discordavam delas.
Em nosso Brasil comemoramos trezentos anos do aparecimento da imagem de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba do Sul, trazida à superfície através das redes dos pescadores João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia. Em razão deste fato a imagem passou a ser adorada com o nome Nossa Senhora da Conceição Aparecida o santuário da padroeira do nosso país é visitado durante todo ano e a festividade no dia doze de outubro foi validada em 1954.
Também foi comemorado neste ano os cem anos das aparições de Nossa Senhora de Fátima, aos pequeninos pastores Lúcia de Jesus, Francisco e Jacinta Marto, na Cova da Iria – Freguesia de Fátima em Portugal. Os
segredos de Fátima, os pedidos através dos pastores foram validados pelo Vaticano e o reconhecimento dos fiéis é atestado com a presença constante de romeiros nos santuários ali existentes. Viva 2017.
Por: Ademar Rafael
Crônica de Ademar Rafael
PIOR DO FALAVAM
Por inúmeras vezes assisti debate de alunos sobre a prova do ENEM. Poucos destacavam pontos positivos e muitos davam relevo aos pontos negativos. Sem ter massa crítica para entrar nos debates sempre alimentei a ideia de fazer o exame para tirar a prova dos nove. No certame de deste ano veio a oportunidade e nos dias cinco e doze de novembro respondi as questões e fiz a redação.
Agora, mesmo estando plenamente aberto para críticas e discordância com o teor desta crônica, posso afirmar o formato do ENEM é muito pior do que meus alunos falavam. Vamos aos fatos e aos dados que considero relevantes para emissão desta opinião.
O terror começa antes da prova. Ao imprimir o Cartão de Confirmação de Inscrição e ler as instruções nele contidas o candidato depara-se com o texto “sob pena de eliminação do Exame” sete vezes. Em nome da segurança no interior da sala a vigilância superar tudo que existe em um presídio de segurança máxima.
No exame destaque para o tema da redação, “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. O assunto pode até não fazer parte do cotidiano da esmagadora maioria dos concorrentes, mas, é de extrema importância para convivência harmônica e humanizada entre os diferentes. Cabe, no entanto, registrar que o gráfico os textos motivacionais pouco contribuíram para facilitar a vida dos que detinham pouca informação sobre a matéria.
As demais questões da prova superam os limites da razoabilidade, são enunciados longos e complexos cujo nexo com as respostas passam por uma maratona de leitura e interpretação.
Como a finalidade do certame é eliminar o maior número possível de concorrentes, não há modelo melhor. A complexidade dos quesitos e a falta de conexão com o que ensinado regularmente representam facas amoladas para cortar cabeças. A limitação de vagas disponíveis e a quantidade de concorrentes exigem o corte rasante que o ENEM provoca.
Crônica de Ademar Rafael
ALÉM DOS TESTES
Historicamente a Correia esteve sob ordens de outras nações. Até a primeira década do século passado a China dava as cartas, posteriormente o Japão assumiu esta missão. O comando japonês durou de 1910 até 1945 quando a península foi ocupada por americanos e soviéticos.
Em 1948, atendendo os interesses dos “vendedores” do conflito mundial a Correia foi dividida em duas. A do Norte assumiu o sistema socialista e a do Sul o sistema capitalista, tudo de acordo com a vontade da U.R.S.S. e dos E.U.A.
Entre junho de 1950 e julho de 1953 o território coreano foi manchado pelo sangue, em função da guerra civil ali instalada. O Armistício de Panmunjom trouxe o fim do conflito armado, no entanto, a paz entre as Coreias nunca houve de fato, a influência externa é marcante em vários episódios.
As divergências entre os Estados Unidos e a Correia do Norte agravou-se nos últimos meses, tendo como pano de fundo os testes nucleares promovidos pelo “menino travesso” Kim Jong-Um e pela política externa definida por Donald Trump. Quando dizemos “pano de fundo” é porque os reais motivos da intriga são outros. Nas últimas intervenções militares os americanos sempre invocam as ameaças terroristas e nucleares para ganharem a opinião pública e acobertar os interesses econômicos que, de fato, deram norte para suas ações militares.
Não permitir que os tigres asiáticos, tendo à frente a China e o Japão, façam com que o protagonismo americano seja um registro histórico é o principal motivo para a guerra de palavras do xerife do mundo, conhecido como Trump. Perder a importância na região é tudo que os americanos não desejam e procurar manter a situação em seu favor agredindo um parceiro da China e da Rússia é confortável. A imposição pelo terror e a pregação mentirosa dos fatos é o estilo americano que sempre deu certo.
Atualmente o PIB chinês (11 tri/U$) representa 61% do PIB americano (18 tri/U$) se somarmos o PIB do Japão (4,4 tri/U$) os dois países ficam com riqueza correspondente a 86% da riqueza “ianque”.
Por: Ademar Rafael
Crônica de Ademar Rafael
A SOLUÇÃO É IMPERIAL
Folheando o livro “Filosofia do direito”, de Soares Martinez, deparei-me com a seguinte ponderação de Nicolau Maquiavel: “Nos países onde a corrupção é tão forte que as leis não podem evita-la, torna-se necessário estabelecer uma força superior, quer dizer, um rei que use mão de ferro e desenvolva um poder absoluto, para pôr fim à ambição de uma nobreza corrupta…”
Como o cenário atual do nosso querido Brasil tem semelhança com o quadro traçado pelo pensador florentino, diante da decisão do senado em relação à decisão da primeira turma do Supremo, que cominou com a decisão do pleno em 10.10.17. Isto é, os pares de um acusado tem poder para decidir se houve crime ou não. Estou convencido que a solução imperial é um caminho a ser seguido. Para evitar privilégios cada região apresentaria um nome, cabendo ao “sábio eleitor brasileiro” a decisão de eleger o rei ou a rainha por maioria simples.
Pela região Sul o nome ideal seria de Darcísio Perondi. A origem italiana facilitaria para que a complacência dos imperadores romanos e a sensibilidade dos Médici da Toscana fossem adicionadas ao seu perfil.
Da região Sudeste surge imbatível o nome de João Dória. Sua reconhecida fidalguia e transito entre as elites seriam facilitadores para implantação do reinado “doriano”.
Do Centro Oeste o nome de destaque seria Ronaldo Caiado. Seu contemporâneo pensamento liberal e sua experiência nas lides agropecuárias ajudariam o rei na execução de política de esvaziamento dos grandes centros e retorno das populações para o campo.
O Nordeste apresentaria Fernando Collor. Tendo como grande apelo de marketing a possibilidade de um político das Alagoas, terra que nos deu quem colocou fim no império, promover o retorno da monarquia.
Do Norte viria Marina Silva. Seria nossa possibilidade da nossa terra ter uma Rainha branda, seu carisma e sua pureza seriam grandes cabos eleitorais.
Para “bobo da corte” não precisa eleição. O povo brasileiro tem prática nisto, desde 22.04.1500.
Por Ademar Rafael
Crônica de Ademar Rafael
OITO SÉCULOS DEPOIS
No próximo ano a Ordem Hospitaleira da Santíssima Trindade, fundada em 1198 pelos franceses São João da Mata e São Félix de Valois, entidade cujo principal objetivo foi resgatar os cristãos escravizados na África e no Oriente
Médio completa oitocentos e vinte anos. As duas regiões continuam tendo pessoas escravizadas, nos dias atuais os motivos são outros e alcançam não apenas cristões. Entre os milhões de refugiados do século vinte e um a África e o Oriente Médio contribuem com o maior contingente.
A ganância e o egoísmo criam barreiras intransponíveis aos olhos do mundo separatista e alimenta o cenário de guerra. O amparo da padroeira da ordem, Nossa Senhora dos Remédios, com certeza abranda o sofrimento dos
“escravos modernos”.
A constância, a sofisticação e a abrangência dos ataques terrorista na Europa tem servido de munição para os discursos dos nacionalistas. Tal grupo tenta ligar os atos do terror com a situação dos refugiados e colocados os
governantes contra a opinião pública. Esta vinculação pura e simples é uma grande injustiça com o contingente dos sem pátria.
O crescimento dos movimentos sociais ligados aos partidos de extrema direita nas últimas eleições da França, da Holanda e da Alemanha sinalizam que as hostilidades podem aumentar. O ambiente de confronto em nada contribuirá para redução da violência, pode funcionar como pólvora perto de labaredas.
A fome e a intolerância têm adubado um campo fértil para ações desumanas e a crescente legião de expatriados cresce em escala geométrica, enquanto o socorro às vítimas caminha em passos de tartaruga.
Para abrandar o sofrimento dos refugiados é necessário muito mais que boa vontade de alguns governantes, julgamos imprescindível a aplicação do sistema TAM – Tolerância, ação e misericórdia. Tolerância para vivermos em comunhão com outros povos; ação para sairmos dos discursos politicamente corretos para acolhimento e formações de infraestrutura nos países de origem dos “excluídos” e misericórdia para ampararmos todos como irmãos em Cristo.
Por: Ademar Rafael
Crônica de Ademar Rafael
Os 3Cs
O artigo “O pensamento do design no Brasil”, inserido no livro “Inovação e Tecnologia”, assinado por Reinhold Steinbeck e Edgard Charles Stuber indica que os dirigentes de empresas em todo mundo esperam dos seus colaboradores atitudes que gerem: Criatividade, Colaboração e
Comunicação.
Como o artigo tem como eixo principal o “design thinking”, necessário se faz que referido termo seja decodificado. É, segundo alguns estudiosos do assunto, uma abordagem que busca solução de problemas com ênfase na ação coletiva e colaborativa, cuja perspectiva seja o atendimento das carências das pessoas envolvidas no processo e consumidoras dos produtos ou serviços produzidos.
Os administradores, cuja profissão foi reconhecida legalmente em 09.09.1965, sabem desde que o mundo é mundo que aliar os interesses das pessoas envolvidas na produção de produtos e serviços com as expectativas dos consumidores é o alvo a ser acertado, contudo, a
possibilidade de aliar a este sistema perfeito a criatividade, a colaboração e a comunicação tem um grau de dificuldade muito maior.
Nós brasileiros somos extremamente criativos, no entanto, pecamos nos quesitos colaboração e comunicação. Nossa escola ocidental prega a competição e o individualismo, jogando a ação coletiva em segundo ou terceiro estágio. Temos dificuldade em ouvir mais do que falar,
principalmente quando a mensagem a ser ouvida trata-se de mudar comportamento e forma de pensar e agir.
Exercitar a pratica composta pelo trio Criatividade, Colaboração e Comunicação não é impossível, temos vários exemplos no mundo corporativo nacional e algumas escolas estão preparando profissionais com este perfil.
Para que o “design thinking” tenha presença em nosso cotidiano seremos obrigados a exercer a nossa reconhecida criatividade e compartilhando em formato que todos os envolvidos possam entender o multiplicar a ação.
Por: Ademar Rafael
Crônica de Ademar Rafael
VITIMIZAÇÃO
Os consultores Roger Connors, Tom Smith e Craig Hickman, no livro “O princípio de OZ”, apresentam um elenco de situações que levam as organizações para o fundo do poço em função de posicionamentos dos seus dirigentes e colaboradores.
Transita a obra entre as fronteiras da conveniência, mantendo-se na sobra e da exposição, assumindo responsabilidades e riscos. Aponta os seis estágios do ciclo da vitimização em relação aos problemas deixados de lado, não enfrentados: “Ignorar/Negar”; “Não é o meu trabalho”; “Encontrar um culpado”; “Confusão/Diga-me o que fazer”; “Proteja a retaguarda” e “Espere o Veja”.
É quase impossível que uma pessoa que utilize ou trabalhe no serviço público ou privado que não tenha se deparado ou praticado uma das situações acima. Ficar na zona de conforto, apontando o dedo é muito melhor que partir para enfrentamento dos problemas, apresentar soluções e assumir responsabilidade sobre o processo.
Os autores apresentam o rol de grandes empresas que ignoraram problemas e negligenciaram ações corretivas e foram destruídas pela concorrência e pelo abandono dos usuários de seus produtos e serviços.
Percebemos em nosso cotidiano que muitos dirigentes e funcionários públicos e privados gastam mais da metade das suas energias para identificar culpados do que para encaminhar soluções para os problemas naturais das atividades que deviam desempenhar com zelo e dedicação.
Seguir a cartilha de que se “puder ficar sentado não fique em pé e se puder ficar deitado não fique sentado“ pode até ser confortável, no entanto, é nocivo para o desenvolvimento de habilidades e a entrega dos produtos e serviços com tempestividade e acerto.
A história reserva espaços para os que enfrentam as dificuldades sem medo de possíveis erros. O sucesso para os omissos é frágil e tem vida curta, para os tenazes é consistente e duradouro.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
INVERDADES REPETIDAS
Poucas vezes li uma frase tão curta e tão verdadeira como o que encontrei no livro “A democracia impedida – O Brasil no século XXI”, de Wanderley Guilherme dos Santos. Escreveu o pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, citando Mark Blyth: “Austeridade não é apenas o preço para salvar os bancos. É o preço que os bancos querem que os outros paguem. ”
Este preambulo serve para demonstrar a real destinação dos recursos que nosso governo federal tenta economizar às custas dos contribuintes e em prejuízo de investimento estruturantes em nosso país. As inverdades repetidas sobre ações e reformas com o foco na redução do rombo orçamentário e para criar um superávit agridem aos que detém um pouco de conhecimento sobre o assunto.
A venda de ativos, especialmente residências funcionais, durante o governo Collor para reduzir custos foi uma inverdade semeada. As privatizações durante os governos do “príncipe” FHC que sanariam os ralos do orçamento, outra inverdade. As privatizações e concessões dos governos petistas para reduzir as despesas, novas inverdades. As reformas da previdência promovidas por FHC e Lula, em nome da redução do déficit, mais inverdades. O “engessamento” das despesas por vinte anos, a reforma trabalhista, a venda de ativos, as concessões de estruturas da união e a reforma da previdência para sanar desvios orçamentário do governo Temer, inverdades em série.
Qual motivo que nos leva a chamar as ações governamentais acima de inverdades? A resposta é simples. Todas elas são paliativas a solução passa por uma ampla reforma administrativa, uma séria reforma tributária, corte rasante no custo das obras e do custeio nos três poderes.
Somente um governo com instinto nacionalista, sem vínculo com as entidades que representam os “vampiros” dos recursos, sem dependências do sistema financeiro dará conta da missão. Esperar isto no modelo atual é uma utopia maior que a soma das inverdades.Mudanças já.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
60 MESES DE INFORMAÇÃO
Na próxima sexta-feira, dia 27.10.17, o titular deste blog – Júnior Finfa – estará recebendo parceiros e amigos para comemorar cinco anos de existência do “BLOG DO FINFA”.
Em uma época de grandes desafios em todas as áreas da comunicação,da banalização da informação e do descarte de empreendimento diversos manter sem interrupção a operação uma plataforma no mundo virtual foi a missão superada pelo filho do saudoso Zezito Sá. Desde do início, com as minhas limitações, dediquei pleno apoio para o empreendimento.Primeiro por entender que no mercado regional havia espaço para uma proposta inovadora e em segundo plano por conhecer a tenacidade do amigo Finfa.
Participo do projeto na condição de cronista e como leitor contumaz. Sempre que sou invocado manifesto minhas opiniões sobre o caminho editorial. Algumas vezes foi conselheiro para evitar que o ímpeto do jornalista não ultrapasse a lógica e a prudência.
Autoridades que foram notícias no “BLOG DO FINFA” reagiram de duas formas. Quando as publicações foram do seu agrado utilizaram em seu favor e, silenciosamente, ficaram gratos, quando de alguma forma tiveram seus interesses contrariados procuraram o blogueiro para tomar satisfação. Na maioria das oportunidades, com a habilidade que lhe é peculiar, Finfa apresentou as justificativas cabíveis e o reclamante achou melhor seguir sua vida, em nome de liberdade de expressão.
O slogan “A verdade em forma de notícia” tem estado presente nas publicações. Sua manutenção no “promiscuo” mundo da comunicação dos dias atuais é um obstáculo a ser perseguido com afinco e zelo. A credibilidade que o “BLOG DO FINFA” angariou na sua existência atesta que os objetivos estão sendo alcançados.
Para encerrar uma sextilha: “Opção pela verdade/E notícias de primeira/São variáveis presentes/No blog cuja bandeira/É nunca envergonhar/De Afogados da Ingazeira. ” Parabéns guerreiro, continue vigilante com os fatos e defensor da verdade.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
VAMOS SALVAR OS EMPREGOS?
Debruçado sobre ponderação sócio econômica relativa a paralização das atividades de organizações alcançadas por prisões de altos executivos por força de delitos cometidos que integra o conteúdo do livro “Comentários a uma sentença anunciada – O processo Lula”, organizadopor Carol Proner, Gisele Cittadino, Gisele Ricobom e João Ricardo Dornelles, trago o tema para reflexão, apresentando uma proposta que julgamos adequada.
Na apresentação da obra Carol Proner e Ney Strozake, na condição ode representantes da “Frente Brasil de Juristas pela Democracia” defendem que a corrupção deve ser firmemente combatida em todas as esferas, contudo, alertam que durante a apuração dos fatos o sistema judicial não pode se descuidar das atividades das empresas investigadas.
Para evitar que a suspensão das atividades das empresas cujos executivos sejam detidos por força de lei comprometam a frágil economia nacional e provoque desemprego em cadeia como, de fato, ocorreu no setor em que operavam as grandes empreiteiras avaliamos que carece uma ação articulada entre o judiciário e entidades de classe, capitaneadas pelo Conselho Federal de Administração – CFA, pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC, pela Ordem dos Advogados do Brasil – OAB e pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC.
A representantes deste conjunto de entidades de classes seriam adicionados prepostos nomeados pelo Conselho de Administração das Organizações, consórcios dos principais credores e dos funcionários.Esta administração colegiada desenvolveria atividades em perfeita aderência com os objetivos das empresas, mercado de atuação e Plano de Ação alinhado com os contratos vigentes e prospecção de novos negócios.
A Lei de Falências e de Recuperação de Empresas (Lei 11.101/05) e a Nova Lei das Sociedades Anônimas (Lei 11.638/07) dispõem de mecanismos jurídicos adaptáveis para a Administração Colegiada de empresas com executivos envolvidos em corrupção, presos ou separados dos cargos por determinação legal, isto pode salvar empregos e gerar riquezas.
Por: Ademar Rafael