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Crônica de Ademar Rafael

PAZ

A empresa Guerra S.A. Implementos Rodoviários, fabricante de lona de caminhão, tem como mais conhecido slogan o termo “É paz na estrada” e Sun Tzu, escreveu no século IV a. C. em seu famoso livro “A arte da guerra”:, entre outras pérolas absorvida pelo mundo empresarial o seguinte: “O principal objetivo da guerra é a paz”.

A letra da música “Marcas do que se foi”, composição de José Jorge-Márcio Moura-Paulo Sérgio Valle-Rui Mauriti e Tavito – grande sucesso de “The Fevers” -, começa com: “Este ano quero paz no meu coração/Quem quiser ter um amigo/Que me dê a mão”. O evangelho de João em 14:27 nos ensina: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo.”

Percebam caras leitoras e caros leitores que acima existem quatro enunciados que falam sobre paz, com abordagens diferentes.

No primeiro momento a guerra é vinculada à paz. Existe coerência nessa ligação? Para este cronista sim. Precisamos ver a situação e a época em que esta vinculação foi feita. No caso da fabricante de lona para cobertura de cargas precisamos jogar luz sobre os conceitos de marketing e no enunciado de Sun Tzu carece entendermos que no tempo em que foi escrito a guerra não havia sido banalizada como nos tempos atuais.

Na melodia e nas palavra de Jesus Cristo, conforme narrado pelo evangelista João não há a vinculação anteriormente comentada, aparecem sim a disponibilidade, isto é, quem sugere a paz se coloca à disposição do beneficiário.

Minha ideia de paz tem perfeita sintonia com este posicionamento. Enxergo a paz como um valor ausente em nosso cotidiano exatamente pela falta de doação, estará presente quando zerarmos os conflitos, nunca por meio deles. A paz que sonhamos depende de nós e de nossas escolhas.


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