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O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias o inquérito que tramita na Corte contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, suspeito de importunação sexual.
A decisão atende a um pedido da Polícia Federal (PF), diante de diligências que ainda estão pendentes. Uma delas é o depoimento do próprio Almeida, que deve ser ouvido nas próximas semanas.
Depois, o relatório conclusivo do caso – com o indiciamento ou não do ex-ministro – deve ser enviado à Corte. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, já foi ouvida em outubro do ano passado, ocasião em que detalhou uma denúncia de assédio contra Almeida.
O caso tramita no STF porque os atos ilícitos atribuídos ao ex-ministro foram supostamente cometidos enquanto ele ainda ocupava cargo no primeiro escalão do governo, cargo que “atrai” a prerrogativa de foro especial.
Almeida foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 6 de setembro, um dia depois que as denúncias foram reveladas pela ONG Me Too. O ex-ministro nega todas as acusações e alega ser alvo de perseguição.
No sábado (15), ele publicou nas redes sociais que está retomando seus projetos acadêmicos e pessoais. “Eu estou vivo, continuo indignado e não quero compaixão e nem ‘segunda chance’. Eu quero justiça”, escreveu.
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