Ao lado da vice-governadora de Pernambuco Priscila Krause, 25 estudantes de uma escola do Recife participaram da soltura de mais de 200 animais silvestres em um fragmento de Mata Atlântica localizado no Condomínio Obra de Maria, no município de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana. A atividade realizada nesta quinta-feira, 26, fez parte da Semana da Fauna realizada pela Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) e foi uma oportunidade única de devolver esses animais à natureza e também de aprendizado sobre a importância da preservação ambiental.
A vice-governadora Priscila Krause destacou o trabalho da CPRH nestes últimos dez anos. “Neste período, mais de 80 mil animais foram recuperados, reabilitados e soltos à natureza. E gente vai continuando a fazer esse trabalho, com intensidade ainda maior, porque a gente acredita que meio ambiente, sustentabilidade, preservação e desenvolvimento precisam caminhar juntos”, disse Priscila, que também citou o empenho da Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha na preservação ambiental e nos cuidados com os animais silvestres.
“Esse trabalho aqui reflete a atenção de nossas equipes tanto na recuperação desses animais como também no cuidado para que eles tivessem condições de voltar à natureza. Esse é o resultado de um longo trabalho que vai desde a fiscalização até o tratamento adequado para que eles tenham condições de chegar neste momento”, completou a vice-governadora.
As atividades começaram no início da manhã, com a recepção dos estudantes e orientações da CPRH sobre a fauna e cuidados com animais silvestres. Na ocasião, foram devolvidos à natureza: timbu, preguiça, coandou, iguana, quati, raposa, sabiá, sanhaçu, papa-capim, canário, gavião carijó. Todos os animais estavam sob os cuidados do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras Tangara), unidade da CPRH, e, após cuidados, voltaram para o ambiente de onde nunca deveriam ter saído.
O presidente da CPRH, José Anchieta dos Santos, explicou que os animais devolvidos à natureza foram recuperados porque estavam sendo vendidos ou criados ilegalmente. Segundo ele, essa atividade de soltura é importante para as crianças, porque trabalha com o envolvimento da temática do Meio Ambiente desde a infância. “Aqui a gente provocou a percepção e o envolvimento delas com o Meio Ambiente. A Agência CPRH atua na área de educação ambiental e essa atividade é um ganho aos ensinamentos dados em sala de aula”, explicou.
A Comunidade Obra de Maria é parceira da CPRH e, além de receber animais para a soltura, faz a guarda de silvestres mutilados, que não têm condições de voltar à natureza. O gerente da unidade de gestão de fauna da CPRH, Iran Vasconcelos, destaca que foram mais de setenta animais que não puderam voltar à natureza. “Por exemplo, as araras com problemas na asa e o macaco-prego híbrido são alguns dos que não têm chance de viverem soltos. Além do mais, no local também estão alguns que estão em readaptação, para só então serem soltos na natureza”, completou.