Com mobilizações e concentrações de uma ponta a outra da capital venezuelana, o partido no poder e a oposição mediram forças no encerramento da campanha eleitoral, nesta quinta-feira (25). O presidente Nicolás Maduro tenta ser reeleito para um terceiro mandado na eleição de domingo (28).
Nas semanas anteriores, a campanha foi dominada pela polarização e pela tensão. Maduro chegou a dizer que uma vitória da oposição, liderada por María Corina Machado com a candidatura de Edmundo González, poderia desencadear um “banho de sangue” no país.
O governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) convocou para quinta-feira a “tomada da Grande Caracas”, com marchas e eventos em diferentes partes da cidade.
Já a oposição, que promete mudanças para a Venezuela após 25 anos de governos socialistas, convocou os seguidores para um comício em um bairro de classe média.
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, Corina Machado aproveitou para agradecer a todos que acompanharam a jornada da campanha pelo país, além das mensagens de “mudança” e “liberdade”.
“Isto vai ficar para a história”, disse a dirigente, garantindo que a campanha da oposição “foi o movimento cívico mais profundo que a Venezuela já teve”.
“Vivemos o encerramento de um ciclo e o nascimento de uma nova era”, acrescentou.
O candidato da oposição, Edmundo González, descreveu a campanha como “heroica” e afirmou que tudo foi possível graças “à união de todas as forças democráticas e à liderança de María Corina Machado”.
González, um ex-diplomata de 74 anos, foi nomeado em março candidato da oposição. Isso se deu após a Controladoria-Geral da República impedir Corina Machado de concorrer.
Analistas e observadores afirmam que, nestas eleições, a oposição venezuelana tem possibilidades reais de vencer.