g1 – No concorrido dia de posse do ministro Flávio Dino no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (22), o ponto alto ficou para a missa de ação de graças, que substituiu a tradicional festa com bandas em Brasília.
Foi um momento em que prevaleceu a emoção de Dino, familiares e presentes, acompanhando a celebração do cardeal Paulo Cezar. Na homilia, o religioso pregou: “O outro não deve ser visto como inimigo, mas com respeito”.
Realizada na Catedral de Brasília, a missa foi encerrada com o novo ministro Flávio Dino, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, subindo ao altar para breves palavras, mas com recados fortes de cada um deles.
O primeiro a falar foi Barroso. O presidente do STF disse que Flávio Dino é uma bênção para a democracia e para a Justiça, destacando que ele tem a “coragem moral de fazer aquilo que deve ser feito”.
Barroso também estimulou Dino a seguir no bom combate ao afirmar: “O Universo protege as pessoas de bom propósito”.
Depois, foi a vez do vice-presidente Geraldo Alckmin. “Flávio Dino, no Ministério da Justiça, foi o homem certo no momento certo para salvar a democracia e evitar o golpismo”, disse o vice-presidente, interrompido por alguns minutos de aplausos dos presentes, que se levantaram neste momento.
O último a falar foi o homenageado da noite, muito emocionado. Dino começou lembrando que, tradicionalmente, se realizam festas para comemorar a posse de um ministro do STF.
Ele fez questão de ressalvar que “festas são ótimas”, mas que ele preferiu escolher “essa festa [a missa]”. “Uma das mais bonitas das quais já participei”, declarou.
Com a voz embargada em alguns momentos e os olhos marejados, Flávio Dino decidiu fazer a missa também como homenagem ao filho Marcelo Dino, que morreu em Brasília aos 13 anos, citado durante a cerimônia, arrancando lágrimas da mulher do ministro, Daniela.