Terra — A nova política industrial, que deve ser lançada na próxima segunda-feira, 22, pelo governo Lula, prevê três grupos de “estímulo” do Estado ao setor produtivo, divididos em instrumentos financeiros, como linhas de crédito, subsídios e subvenções; melhoria do ambiente de negócios; e o uso do poder de compra do setor público para alavancar “áreas estratégicas”.
Em relação ao último, como mostrou o Estadão/Broadcast em junho do ano passado, parte das decisões irá passar por uma comissão de ministros que vai definir, por exemplo, os setores nos quais o governo exigirá a aquisição de produtos e serviços nacionais, além do estabelecimento de margens de preferência — tendo os eixos do Novo PAC como referencial.
As metas “aspiracionais” da política industrial, chamada de “Nova Indústria Brasil”, serão aprovadas na segunda-feira pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que se reúne às 11h, no Palácio do Planalto. O documento que detalha as diretrizes, revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, e ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, traça estratégias com foco até 2033.
A política foi produzida ao longo do segundo semestre do ano passado pelos membros do CNDI, que é liderado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), e é composto por 20 pastas, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e 21 entidades representativas da sociedade civil, do setor produtivo e dos trabalhadores.