Por Márcio Didier
Morreu nesta sexta-feira (29) o ex-deputado estadual Waldemar Borges Rodrigues, Deminha, pai do deputado estadual Waldemar Borges. Ele tinha 93 anos e faleceu em casa, dormindo, de causas naturais.
Formado em agronomia, Deminha, como era conhecido, ingressou na política em 1962, como foi nomeado para a Superintendência para a Refora Agrária (Supra), que tinha atuação nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
“Era o tempo das Ligas Camponesas. Muitos conflitos agrários. Muitas contradições. A desapropriação do Engenho Galiléia foi realizada por um usineiro, Cid Sampaio, na época governador. Me liguei muito aos sindicatos rurais e as Ligas Camponesas. Era difícil trabalhar o Agreste e Sertão de Pernambuco, a cultura paternalista impedia a ampliação da luta sindical, diferentemente da Zona da Mata onde tudo era efervescência”, costumava lembrar Deminha.
Foi quando me convenceram a ser candidato a deputado estadual. Meus amigos achavam que era mais importante ser candidato, aproveitar o momento eleitoral e denunciar a ditadura. Isso era mais importante do que ser eleito.
Foi candidato a deputado estadual pelo MDB, em 1966, em oposição ao regime militar. Foi eleito com 4800 votos. No entanto, em 13 de março de 1969 foi cassado pelo menos regime que combatia. Uma curiosidade: à noite, recebeu uma visita de solidariedade de Marco Maciel e Ana Maria.