Nesta quinta-feira (14), o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) realizará, no município de Garanhuns, a 8ª Feira de Sementes Crioulas do Agreste Meridional. O evento será realizado na sede regional do instituto, das 8h às 15h30, e contará com uma estrutura de 30 estandes. O objetivo da feira é dar aos agricultores um momento de partilha das suas sementes com outros produtores da agricultura familiar e, ainda, de troca de experiência e de diálogo entre os participantes.
Durante todo dia, além da troca de sementes, também está programado um cine-debate, com a exibição do documentário Feijões da Vida, às 10h, no auditório da gerência regional. A Tenda dos Sabores será outro atrativo da feira, com pratos feitos com produtos da agricultura familiar. Haverá, ainda, apresentações culturais. O evento é uma realização do IPA, com o apoio do Governo do Estado e da Semeam (Rede de Sementes Crioulas do Agreste Meridional de Pernambuco).
As sementes crioulas são sementes milenares, ancestrais e são livres porque podem ser compartilhadas entre os agricultores. “Existe toda uma legislação para livre circulação dessas sementes. Elas são livres, ao contrário de variedades comerciais híbridas e transgênicas, que são protegidas e que são produzidas por empresas da agricultura”, explicou Pedro Balensifer, extensionista da Regional Garanhuns do IPA.
Segundo ele, as sementes crioulas são produzidas por agricultores familiares, camponeses, povos indígenas e quilombolas em suas propriedades, terras e territórios. “As sementes crioulas são as mais antigas do planeta. São fruto do processo de domesticação das espécies vegetais e animais, quando do surgimento da agricultura. Quando houve o processo do surgimento da agricultura houve também o processo da domesticação dessas espécies em vários continentes do mundo”, observou.
As sementes crioulas, além de terem grande importância para segurança alimentar e nutricional, tem uma relação cultural com as comunidades, uma vez que são plantadas por muitas gerações familiares.