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TSE abre fiscalização do código-fonte das urnas

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início oficialmente nesta quarta-feira (4) ao processo de fiscalização e transparência das urnas eletrônicas para as eleições municipais de 2024.

Na cerimônia, que ocorreu na sede do tribunal, em Brasília, foi aberto o código-fonte da urna eletrônica aos partidos políticos e entidades que atuam na fiscalização do equipamento.

Código-fonte é um conjunto de comandos de computador que determina como funciona a urna eletrônica. Ao abrir o código-fonte, o TSE permite a inspeção da urna pelos partidos e entidades fiscalizadoras.

O evento ocorreu um ano antes da eleição municipal de 2024. O código-fonte permanecerá aberto à inspeção até que o sistema seja lacrado, o que ocorre às vésperas do pleito.

‘Ciclo democrático’

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, comandou a cerimônia, que contou ainda com a participação de representantes de entidades como o Ministério Público Federal, a Polícia Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de partidos políticos.

Moraes afirmou que a cerimônia marca o início de mais um ciclo para atestar a segurança das urnas eletrônicas.

“O TSE está aberto a todos aqueles que queiram fiscalizar e melhorar a forma como fazemos a nossa democracia. Temos certeza que em 2024 teremos mais um ciclo democrático, mais uma eleição com transparência para solidificar a nossa democracia”, disse.

Moraes lembrou que a Constituição está completando 35 anos, que este foi um período marcado por estabilidade democrática e eleições a cada dois anos, e que isso só foi possível porque o país possui um sistema eletrônico de votação “eficiente” e “transparente”.

Quem pode fiscalizar

O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Julio Valente, apontou que, a partir desta quarta-feira e até as eleições de 2024, as entidades fiscalizadoras terão 40 oportunidades para auditar as urnas eletrônicas.

Entre as entidades que podem fazer essa fiscalização estão os partidos políticos, a OAB, o Congresso Nacional, o Ministério Público, a Polícia Federal, órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União (TCU) e departamentos de tecnologia da informação ligados a universidades.

“Chegamos certamente a centenas de entidades que podem e convidamos que venham fiscalizar”, disse Valente.

De acordo com ele, com a abertura do código-fonte a essas entidades o TSE quer mostrar que o sistema da urna eletrônica “faz apenas o que se espera e mais nada”.

O secretário apontou que desde que as urnas eletrônicas foram adotadas, há 27 anos, “não há caso comprovado de fraude” nas eleições brasileiras, e que o sistema eleitoral é “transparente” e “auditável”.

Valente lembrou ainda que o Brasil possui 156,4 milhões de eleitores aptos a votar nas eleições municipais de 2024, que vão ocorrer em 5.570 cidades.

Código-fonte

O código-fonte é um conjunto de comandos escritos em linguagem de programação de computador. São essas linhas que dizem como um determinado programa funciona. Códigos-fontes estão presentes em aplicativos de telefone celular, sistemas operacionais de computar e páginas de internet.

A fiscalização do código-fonte da urna eletrônica é feita em computadores que estão instalados em uma sala no TSE, em Brasília.

Para acessar essa sala, é preciso se cadastrar e agendar a visita. A pessoa autorizada recebe uma senha individual para ter acesso a um dos computadores. Não é permitida a entrada na sala com equipamentos eletrônicos, como celulares.


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