Ministra esteve na Fundação Altino Ventura, no Recife, onde participou da inauguração do Departamento de Cirurgia Refrativa para usuários do SUS
Nesta sexta-feira (28), durante a inauguração do Departamento de Cirurgia Refrativa da Fundação Altino Ventura (FAV), no Recife, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, defendeu que saúde e ciência devem caminhar juntas, para enfrentar os desafios do país e cuidar das pessoas. No evento, ela destacou investimentos federais nessas áreas.
“Hoje, a saúde é tema prioritário para o governo federal. E a saúde anda de mãos dadas com a ciência. Esta semana, lançamos a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde. Ao todo, até 2026, estão previstos investimentos de R$ 42 bilhões”, disse.
A ministra lembrou que, em dez anos, o déficit comercial do setor de saúde cresceu 80%, chegando hoje a US$ 20 bilhões. “Então, essa nova estratégia, além de reduzir as vulnerabilidades do SUS, melhorando o acesso à saúde e aos benefícios da ciência para nossa gente, ainda ajuda a desenvolver o Brasil, estimulando a inovação tecnológica, fortalecendo a indústria, gerando emprego de qualidade e garantindo a nossa soberania”, afirmou.
Segundo ela, para fortalecer o Complexo da Saúde, são necessárias políticas que incentivem o investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação e a produção de tecnologias e serviços.
Luciana Santos citou que diversos projetos do MCTI contribuem para o domínio nacional de uma base produtiva em saúde e estão incluídos no novo PAC. Entre eles, está o laboratório de máxima contenção biológica, o NB4, que permitirá ao País monitorar, isolar e pesquisar os agentes biológicos para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e tratamentos.
Novo departamento
O novo Departamento de Cirurgia Refrativa da FAV está destinado à população de baixa renda, assistida pelo Sistema Único de Saúde. De acordo com o presidente da Fundação Altino Ventura, a cirurgia refrativa não é algo novo, mas é inovadora a sua abordagem não como um procedimento estético, mas, sim, funcional.
“Recuperar a visão de alguém é reinserir essa pessoa no mercado de trabalho, fazer com que ela possa desenvolver melhor suas atividades. E isso deve ser de acesso à população do SUS”, disse. O departamento será pioneiro na oferta desse serviço à população mais vulnerável.
Nos seus 36 anos de existência, a Fundação Altino Ventura já realizou mais de 19,2 milhões de procedimentos médicos e terapêuticos, incluindo consultas, exames e cirurgias, em mais de 1,8 milhão de pacientes.
“Acompanhei muitos dos passos da FAV. Como deputada federal, pude contribuir com várias emendas para fortalecer esse trabalho, que é referência em ensino, pesquisa, extensão e assistência, na área da oftalmologia, e reabilitação de pessoas com deficiência auditiva, física e intelectual. Como governadora em exercício, compareci à inauguração da sede própria e, hoje, estamos aqui, celebrando mais essa conquista, ”, relatou Luciana.