g1 — Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, o ex-assessor de Jair Renan Bolsonaro afirmou que o coach e instrutor de tiro Maciel de Carvalho sugeriu que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) transferisse a titularidade de sua empresa para outra pessoa depois que Jair Renan passou a ser investigado pela Polícia Federal.
As declarações de Diego Pereira de Souza fazem parte da investigação feita pela Polícia Civil que apura o suposto envolvimento do filho do ex-presidente num esquema de lavagem de dinheiro. O assessor disse ainda que a empresa de Jair Renan passou a funcionar no mesmo local que Maciel tinha um clube de tiros.
Aos policiais, Diego disse que conheceu Jair Renan em uma festa feita pelo filho 04 de Bolsonaro no Lago Paranoá e que, depois disso, começou a fazer sua assessoria, como fechamento de contratos, organizar segurança pessoal, agendar entrevistas, entre outras funções. Disse, ainda, não receber valores por esses trabalhos.
O assessor afirmou que Jair Renan recebia de R$ 3 mil a R$ 15 mil para aparecer em eventos, pagos em pix, repassados a ele ou à mãe, Ana Cristina, e a seleção desses eventos cabia a ele.
Entre esses trabalhos, Danilo disse aos policiais que suspeitou de Maciel pelo fato de que ele “costumava informar diferentes números de CPF” para ser incluído na lista VIP de eventos que eles frequentavam. O assessor também disse que Maciel “lhe mostrava frequentemente extratos bancários com milhões de reais na conta”.