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Quem vem após os novos do passado?

Moro numa cidade e cresci numa família que respira política.

Desde cedo aprendi que devemos ter posição, mas nunca ficar em cima do muro. Independente da decisão que tomamos, nunca agradaremos a todos, afinal, ninguém agrada a gregos e troianos.

Desde novo vi e ouvi grandes nomes da política municipal, estadual e nacional em comícios, debates, eventos públicos, dentre outros momentos como festas familiares.

O que eu sempre gostei na política foi ver pessoas preparadas independente de partidos ou decisões, mas sempre firmes nos seus discursos.

Hoje eu acordei e li uma notícia do próprio vereador Rubinho do São João, com apenas 28 anos, afirmando que em 2024 não disputará nenhum cargo político. Foi repercussão na cidade e na região do Pajeú. Rubinho foi eleito vereador a primeira vez com apenas 21 anos e foram 1.010 votos somados, disputando com grandes nomes da política local e ocupando a sexta cadeira das treze na Câmara Municipal de Vereadores, em Afogados da Ingazeira.

Mesmo nunca tendo votado em Rubinho, sempre soube que ele é jovem com ascensão na política de Afogados.

Sandrinho Palmeira sendo reeleito, em 2028 ainda não vemos um nome novo para disputar a eleição em Afogados.

Não basta apenas o nome, o candidato ou candidata deve ter liderança, algo que não vem sendo debatido ou construído na município. Digo isso porque os grandes nomes da política local surgiram através de muito diálogo com a população e com o tempo foram construindo suas lideranças.

Antônio Mariano era um grande líder e sabia muito bem lidar com os seus eleitores e até mesmo com quem não era seu eleitor, mas ouvia a população.

José Patriota, discípulo de Dom Francisco, desde novo construiu sua liderança sem apadrinhamento político, com muita articulação, sendo um dos poucos a enfrentar os militares na época da ditadura na região, representou por algum tempo os sindicatos e assim fez seu nome.

Dona Giza, professora, possuía uma militância inigualável, que por sinal, após sua morte, a política em Afogados ficou monótona.

Totonho Valadares, com o seu jeito rústico, conseguiu ser prefeito da cidade por três mandatos. Totonho deu o pontapé inicial para a retomada da Frente Popular em Afogados da Ingazeira voltar a ser protagonista da política local, que perdura desde 2004 até o momento.

Sandrinho Palmeira, um líder humilde, que muitos jamais imaginaram que seria prefeito em Afogados e aos poucos ganhou o seu protagonismo através de muitos gargalos que enfrentou e enfrenta, seja na vida política e até mesmo na sua vida pessoal.

Até o momento ninguém pensa a frente. Os novos do passado já deram sua contribuição e hoje estão no limite, tanto da idade, quanto da vida pública.

Isso é péssimo para o município, pois a política não se constrói no ano que antecede a eleição. Afogados é a segunda cidade polo no Pajeú e não merece perder o seu protagonismo no estado caso não seja governada por alguém que tenha articulação, pulso firme e que saiba valorizar os afogadenses da melhor maneira.

Afogados da Ingazeira merece uma nova liderança, um novo nome porque 2028 é logo ali.

Por Pepeu Acioly – Estudante de Jornalismo


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