g1 — O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha voltou à Casa nesta quarta-feira (1º) para acompanhar a posse da filha Dani Cunha (União Brasil-RJ) como deputada federal.
O ex-parlamentar circulou pelos corredores da Casa, conversou com deputados, e assistiu, de dentro do plenário principal, o início dos trabalhos da Câmara em 2023.
Para transitar na Casa, ele usou broche de deputado, que permanece com os políticos mesmo quando eles perdem o mandato.
Cunha presidiu a Câmara de fevereiro de 2015 a meados de 2016. Ele renunciou à presidência da Casa em julho de 2016 e foi cassado, após ser acusado de mentir à CPI da Petrobras quando negou ser titular de contas no exterior.
Também em 2016 ele foi preso pela operação Lava Jato, que apurou desvios na Petrobras. Ele ficou preso em Curitiba e no Rio de Janeiro.
Em 2021, quando já estava cumprindo pena em casa, Cunha teve a prisão domiciliar revogada.
Natural do Rio de Janeiro, o ex-deputado transferiu o domicílio eleitoral e tentou, nas eleições de 2022, uma cadeira na Câmara dos Deputados por São Paulo.
O político, que hoje está no PTB, recebeu 5.044 votos e não se elegeu.
Já Dani Cunha, filha do ex-presidente da Câmara, recebeu 75,8 mil votos e foi eleita deputada federal pelo Rio de Janeiro.
Briga com o PT
Cunha é apontado como um dos principais responsáveis pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016.
A briga com o PT começou quando Cunha disputou a presidência da Câmara em 2015. Na ocasião, o partido da então presidente Dilma decidiu não apoiar o ex-deputado – que à época estava no MDB – e lançou a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a função.
O movimento petista irritou Cunha, que passou a fazer oposição ao governo Dilma. Ele colocou em votação e aprovou várias “pautas-bomba”, que contrariavam o interesse do Executivo.