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“Eu não sou o presidente de quem me ajudou, sou de todos, desde que todos sigam o regimento com respeito”, Presidente Valdemir Filho

O Presidente da Câmara de Vereadores de Tabira, o jovem Valdemir Filho, em entrevista exclusiva ao Blog, fala da sua gestão, como recebeu a Câmara, instalações físicas, da gestão de Nicinha Melo, do futuro da sua gestão, os deputados Carlos Veras e José Patriota, que foram majoritários na cidade das tradições, entre outros assunto.

Leia na Íntegra:

Presidente, o Senhor foi eleito em uma disputa bastante acirrada. Inclusive, no dia das eleições, aconteceu um acidente. Na eleição seguinte, o Sr. foi eleito por 6 votos a 5. O que o Sr. lamenta do acontecido da eleição?

Valdemir Filho: Temos que explicar inicialmente como foi a conjuntura para chegarmos até o processo. Como estou no primeiro mandato — tinha 28 anos quando me elegi, hoje estou com 30 —, há mais de 1 ano tivemos conversas entre nós, vereadores da situação, para escolhermos a nova mesa diretora que iria concorrer.

É um fato histórico em Tabira: uma mesa formada há mais de ano se concretizar sem ter surpresas. Anunciaram tantas surpresas e era só a nossa eleição.

Para eles era uma surpresa porque achavam que ganhavam. Como? Eu não sei. Até porque 6 é maior do que 5, não é?

Foi uma escolha entre o grupo. Não tinha imposição de ninguém externamente. Tinha ajuda de muita gente para que o grupo se unisse. Sou um dos que torcem pela união do grupo e pelo bem da cidade.

Havia uma disputa lá, mas para nós, não existia porque sentamos e conversamos. Foi uma escolha unânime entre o grupo. Qualquer um de nós poderia estar sentado na cadeira de presidente. Ninguém era preferido a nada. Todos tinham a oportunidade de decidir se queria ser presidente, mas o grupo confiou em mim e me apoiou.

Então, foi muito pesada essa presidência. Acho que foi a candidatura mais pesada da história. As pessoas que estavam aqui nessa cadeira, acho que pegaram gosto pelo poder e não queriam deixar que acabasse. Várias coisas foram feitas para que se mantivessem lá.

Na nossa democracia — que ainda é democracia, o país em que vivemos hoje —, ganha quem tem mais votos, e na matemática do mundo inteiro, 6 é maior que 5. Então, se concretizou.

Naquela situação, o vereador usava a tribuna e foi interferido no seu uso. O regimento dá a ele o direito — como a qualquer um de nós, desde que tenha decoro e respeito —, o tempo de 10 minutos. Durante 10 minutos, o vereador tem o direito de falar.

Aconteceu a interferência e toda aquela situação que manchou um pouco a imagem da Câmara. Mas não é de hoje. As pessoas acompanham geralmente apenas temas polêmicos e eleições da Câmara.

Eu fui expulso da Câmara. O presidente Djalma me expulsou uma vez porque li para ele um artigo do regimento. Pedi uma questão de ordem, ele me concedeu, e eu expus a ele o artigo e que o que ele estava fazendo estava fora do regimento. Ele disse que ia me retirar da Casa porque eu era um vereador despreparado, porque li uma parte do regimento.

O vereador Vianey me defendeu, à época. Já faz um ano, essa história.

O que metia medo no grupo que estava na Casa, é porque éramos muito unidos. Eles tinham razão nessa parte. Durante esse processo, nunca fiz nada escondido dos meus colegas. Tudo que fazia, comunicava a eles. Acho que a transparência e a verdade cabem em todo lugar.

Quando chegamos para votar, tínhamos seis vereadores contra cinco. Tínhamos a eleição certa no dia 12. Não gosto de dizer uma coisa que não tenho como provar, mas acho que foi articulado, já vinham em mente. Me disseram que tinham pessoas que apostavam que eu não seria eleito naquele dia.

Tínhamos um grupo de advogados que nos orientava. Estávamos preparados para as situações legais. Quando aconteceu o incidente, não foi convocada a polícia ou guarda municipal; se foi, não vieram, mas pelo que vimos na hora, o presidente disse que não tinha chamado porque eram todos amigos. Era uma sessão calorosa, polêmica, e chegou àquela situação.

Quando foi marcada a outra [sessão], foi que tomamos a decisão. Aqui nesta casa tinha um advogado que pertencia ao UVP. A Câmara de Tabira, a partir desse biênio, não participa mais dela.

Marcaram uma nova eleição e por isso vamos sair da UVP. Foi feito um artigo que dizia que um vereador, usando da sua palavra, fosse interferido — algum vereador saísse do decoro e fizesse algum ato contra —, essa sessão seria cancelada. O presidente marcaria uma nova sessão e o vereador que faltou com decoro, seria impedido de votar.

Qual é o artigo ou regimento dessa Casa que impede o vereador de votar na eleição de presidência da Câmara? Não tem. Até o presidente tem o direito de votar, onde ele não tem em outras votações.

A partir de 2023, enquanto eu estiver como presidente, nenhum vereador, aliado ou oposição, vai faltar com decoro da forma que foi feito naquela sessão.

Como é que eu, vereador, usando uma estratégia para permanecer no cargo, ganhar no tapetão de 5 votos a 5, vou expulsar um vereador? Que democracia é essa? Tanto que o PT prega sobre o Brasil ser uma democracia, que os votos têm que ser respeitados, e querem impedir um colega de votar? É um dos casos que fará a UVP sair. É um repúdio que eu tenho ao ex-presidente que aceitou discursos de baixo calão aqui na Casa.

Fiz uma reunião com os colegas depois da posse e pedi para que possamos pregar a paz e harmonia na Casa.Como recebeu a Câmara em todas as esferas?

Valdemir Filho: Eu recebi uma ligação do presidente na sexta-feira, um dia após a eleição, pedindo que eu viesse à Câmara. Ele me mostrou alguns documentos e assinei dando recebido. Na verdade ele não me entregou, assinei e ficaram na Câmara.

Os carros da Câmara são três. Tem um que é novo, que ele comprou 0km no ano passado, e dois que já existiam. O carro novo tinha 9 km/l de autonomia. O preto, tinha uma média também de 9 km/l. O branco, não recebi ainda. Soube hoje, através do frentista do posto — porque deixaram o carro lá —, que aparentemente o carro está com o motor batido. Não tive tempo ainda de olhar no Detran se os carros estão em dia e se têm seguro.

No dia da votação, tentaram desligar as luzes da Câmara, mas acho que desligaram o disjuntor errado. Tive informações de uma pessoa  que, dos dois disjuntores, foi desligado um, só que não combinaram com as outras pessoas. Quando desligaram os microfones — para desligar a energia da Casa —, eu tinha um celular próprio transmitindo com internet de dados, e a rádio continuou funcionando porque não conseguiram desligar os transmissores daqui. Quando pensaram que os microfones estavam desligados, a rádio continuou funcionando e tivemos como transmitir toda sessão.

E as instalações físicas da Casa Eduardo Domingos de Lima?

Valdemir Filho: Foi feita uma reforma. Temos que dizer que a reforma foi feita, ficou legal. Tem que fazer algumas modificações no plenário, porque ficou apertado. Mas do plenário para trás, não foi reformado nada.

O armário precisa ser trocado, está cheio de baratas. Tem amontoados de coisas atrás do plenário. Quanto às instalações, ainda não conseguimos fazer um relatório.

No dia da nossa posse, dia 1º, faltou até a ata. Não estava na Câmara. Não pode tirar um documento do órgão e levar para outro lugar. Um notebook, que era da tesouraria, não estava na Câmara, estava em posse dele. Não tinha nem água na Casa.

As câmeras de segurança foram cortadas?

Valdemir Filho: Quando chegamos, estavam funcionando, demos uma olhada e trocamos as senhas. Não recebemos a senha do Facebook, para transmitir a sessão, mas recebemos do Instagram, por onde foi transmitida.

Os extratos bancários, o Senhor recebeu todos?

Valdemir Filho: Não, não tive acesso a nada. Pedi até o contato do advogado para procurar se há alguma coisa a pagar ou algum valor [em caixa], mas eu acho que não.

Na sua posse de domingo, que veiculei no meu blog, aconteceu um caso inusitado: os cinco vereadores oposicionistas não compareceram. Eu escrevi que o Senhor foi empossado pelo vereador Eraldo Moura, que faz parte da sua chapa, e que fazia parte da chapa da gestão passada. Foi assim?

Valdemir Filho: Foi assim. Inclusive, ele foi um dos que levantou a nossa candidatura. Foi o principal. Eraldo é um dos que mais está com a alma lavada. Como ele disse em tribuna: “Me diga se o Sr. me deu alguma coisa para votar no Sr”. Foi o primeiro a ser perseguido pelo presidente por nada, por puro achismo. E ele [então presidente] deu o pago a Eraldo com ingratidão, já que Eraldo o ajudava.

Eu estou aqui por mérito meu e de mais cinco vereadores. Uma mulher e quatro homens; comigo, são seis. A única coisa que posso ter, é gratidão. O que eles fizeram foi me ajudar.

Chegamos para a sessão e tanto o presidente como os outros vereadores [oposicionistas] não compareceram. Mas não tem problema porque se eles não comparecerem ainda temos seis. É maioria, nenhuma sessão deixa de ter quórum.

Seguimos o regimento que diz que, na falta do presidente, assume o primeiro secretário, que no caso era Pipi da Verdura, que não compareceu.

Na falta dele, assume o segundo secretário, que era Eraldo Moura — que agora é nosso primeiro secretário. De vez em quando ele vai assumir a presidência, quando eu tiver algum trabalho a fazer. Ele ainda é melhor que eu [risos].

Se não tiver nenhum dos três, assume o mais votado na sessão. Mas como tínhamos o segundo secretário, ele presidiu a sessão e nos empossou

Qual é o seu maior desafio na gestão da Câmara de Tabira?

Valdemir Filho: Ontem cheguei aqui para ficarmos a par da situação. Chamei contador, advogados, sentamos e vimos a folha do pessoal para termos uma noção do que vai chegar na Câmara e no que poderemos gastar. Tem que ter um limite de 70% com o pessoal e 30% com demais despesas.

Amanhã eu vou em Arcoverde. Já entrei em contato com o presidente da Câmara de lá. Há muito tempo eu observo as sessões de lá, que são transmitidas em ótima qualidade. Vou lá analisar como funciona o sistema e se temos capacidade financeira para começar no dia 16 já com essa transmissão. Não temos muita imprensa. A nossa imprensa é a rádio Cidade, mas a rádio tem um lado, todo mundo sabe que não é imparcial.

Vou, em conjunto com os vereadores que puderem ir comigo, visitar a Câmara de lá. O presidente me atendeu muito bem.

Aqui na Câmara já foram feitas muitas reformas. Nossa ideia é que, sobrando recursos, devolvamos ao município para transformar em benefícios para a população. Se o dinheiro der para comprar uma ambulância, um ônibus… O que der para fazer, vamos conversar com a prefeita e devolver para lá. Só queremos que as coisas funcionem.

Teve um projeto que a prefeita mandou para cá que pagaria 30 aluguéis sociais, de 30 famílias carentes, e foi rejeitado porque era de oposição. Tem projeto que veio para essa Casa e porque era de oposição, barraram. Teve uma votação que o ex-presidente votou duas vezes. Ele não poderia votar e ainda votou duas vezes!

Já teve época que o ex-presidente usou a tribuna e falou palavras de baixo calão. Nós não vamos aceitar, vamos respeitar. Não vamos ser autoritários mas vamos seguir o regimento para todos. A Casa é de todos. Eu não sou o presidente de quem me ajudou, sou de todos, desde que todos sigam o regimento com respeito.

Então, ao meu ver, seu desafio maior seria organizar a Casa no geral?

Valdemir Filho: É organizar a Casa. Quando eu ver que está organizada, vamos começar a pensar no que fazer. Ver os recursos que poderemos devolver, para que façamos tudo dentro da legalidade.

O Senhor é aliado da prefeita Nicinha. Façça uma avaliação rápida desses dois anos da gestão da prefeita?

Valdemir Filho: Hoje eu posso dizer que pareço que estou na pele da prefeita. Quando chegamos numa gestão, no começo vamos aprendendo como funciona. A prefeita Nicinha tem feito muitas coisas que, ao meu ver, era o que desejávamos.

Por exemplo, Tabira sofria muito com a falta de médicos no hospital. Hoje, todo dia tem dois médicos. A zona rural hoje é atendida.

Tem reformas de estradas rurais que antigamente eram feitas só a cada 4 anos. Na época de eleição passavam uma máquina.

Já faziam 3 ou 4 anos que não existia mais o Campeonato Tabirense, ela retornou.

Aqui tinha um problema de lixão. Todas as noites, o pessoal do bairro Riacho do Gado, Jureminha e João Cordeiro, sofriam… Incendiavam o lixão e aquela fumaça tóxica os incomodava.

Além de ela ter acabado com o lixão daqui, ela fez uma estação de transbordo. Isso é muito importante e as pessoas acham que não. Todos os catadores que viviam lá, continuam trabalhando. O lixo da cidade vem, descarrega lá, as pessoas catam sua sobrevivência de lá, e então vai para o aterro sanitário. Quem tá ganhando é o povo.

Foram reformadas sete escolas da zona rural. Antes tinham a intenção de fechar aquelas escolas e trazer as crianças da zona rural — que é outro ambiente, outra vida, vivem próximas à família —, para a cidade, o que seria um grande prejuízo à população de lá.

A prefeita comprou 9 ônibus 0km para a educação. Em 8 anos, não compraram nenhum.

A prefeita foi muito criticada na época do SAMU, mas você vê que hoje ele acabou em todos os lugares. Não existe mais SAMU. Ela colocou uma ambulância para servir de atendimento móvel.

A guarda municipal, que era tida como um exército do ex-secretário de administração… Hoje, o pessoal gosta mais da guarda do que antes. Hoje a guarda serve ao povo. No meu ponto de vista, ela serve para guardar o bem público.

Se você for nas escolas, a merenda é de qualidade. Várias passagens molhadas estão sendo feitas. Tem rua com 1km de extensão que teve o calçamento feito por completo.

Poços da zona rural, era de praxe: queimava uma bomba na comunidade A e a levavam para a comunidade B, aí tirava aquela bomba daqui e deixava aquela comunidade desassistida para colocar em outra.

Todas as bombas de poços da zona rural foram reativadas. A que não foi, pode procurar, porque trocam e arrumam na hora.

Uma crítica que sempre fiz à prefeita, é sobre a falta de divulgação do trabalho. Se você faz e não mostra, as pessoas não vão saber.

Aqui ao lado da prefeitura tem um centro de especialidade médica. São nove especialidades: neurologia, cardiologia, obstetrícia, ortopedia, ultrassom, endoscopia…

A fisioterapia funciona em Tabira — antes não funcionava. Os postos de saúde, todos têm médicos. Teve posto que passou dois anos sem médico, como o Viturino Gomes. Tabira é uma cidade complexa, a política não acaba.

Eu morei e estudei em Serra Talhada por quatro anos. Eu vi Sebastião Oliveira, ele brigava com Luciano, mas sempre traziam investimentos para Serra Talhada.

Carlos Veras é deputado federal, filho de Tabira. Se ele não quer [atuar para o município], porque a prefeita é Nicinha — eu digo isso porque tenho respaldo, nosso grupo apoiou Gonzaga Patriota quando éramos oposição. Vieram dois tratores para Tabira, calçamentos no bairro João Cordeiro e outro na COHAB.

Reformamos o laboratório do hospital com equipamentos de última geração, custando mais de 100 mil reais. A prefeita comprou um mamógrafo. Chegou mais um carro 0km para a saúde, que Gonzaga mandou.

Colocou mais 200 mil reais aí, quando perdeu a eleição para prefeita. Mandou caixas d’água para atender a zona rural. Colocou dinheiro para comprar equipamentos para os postos de saúde

O Deputado Federal Carlos Veras, sendo tabirense, não ajuda Tabira?

Valdemir Filho: Eu tenho mais a dizer: se Carlos Véras é deputado federal e diz que não manda [apoio] porque a prefeita é Nicinha e ela não vai executar — ele passou dois anos aliado a Sebastião Dias e não tem uma pedra de calçamento dele aqui.

Eu fiz uma crítica na rádio e vou fazer aqui também. O povo tem que saber votar. Eu tenho um deputado que trouxe mais de 2 milhões de reais em obras, eu mostro ao povo e ninguém diz que é mentira. A Praça Gonçalo Gomes, aquela reforma, foi Gonzaga Patriota.

Esse cara [Carlos Veras] é filho de Tabira, a missão dele é fazer alguma coisa por Tabira. Deixar a política de lado, brigar pela cidade, como Sebastião Oliveira. Não tem uma pedra de calçamento e teve 7 mil votos. Gonzaga colocou 2 milhões de reais e recebeu 400 votos. Como é que o povo vai cobrar uma coisa que eles mesmos não fazem?

Um deputado que fica dizendo: “Vou colocar recursos para Itapetim”. Coloque para Tabira. Se ele me mostrar o extrato de alguma obra que ele, Carlos Véras, direcionou para Tabira e a prefeita não executou, eu rompo com ela. Mas ele fica usando emenda de Humberto Costa como se fosse dele, e uma ambulância que Ricardo Teobaldo mandou, como se fosse dele. Tudo dos outros, ele diz que foi ele, mas não foi.

Não tem uma obra dele. Lula foi presidente do Brasil por oito anos, Dilma, mais de seis, agora Lula voltou… Ele tá com a faca e o queijo na mão. [Ele deveria fazer:] “Eu não quero saber quem é o prefeito, não quero mandar direto pra ela, vou mandar para a associação. Vou mandar para a Codevasf — que era assim que Gonzaga Patriota fazia —, e de lá ia para a associação.”

O Senhor espera que agora, com o presidente Lula assumindo, ele [Carlos Veras] que é compadre, aliado político e petista, ajude mais Tabira? Ou ajude Tabira?

Valdemir Filho: Eu espero que agora ele, por ser compadre de Lula e deputado federal do PT, olhe que Tabira existe. Não importa quem é a prefeita. Se Valdemir morrer, não vai levar nada disso aqui.

Imagine aí: Tabira é a cidade que mais abate gado por semana na região inteira. Pode ir no abatedouro de Afogados e pegar a relação. Tabira tem a maior feira de gado da região do nordeste, e abatemos o gado em Afogados.

Carlos era aliado de Sebastião. Quando fecharam o matadouro alegando não ter recursos para abater o gado em Afogados, com seis meses o secretário de administração, juntamente a Sebastião, fizeram um prédio e uma reforma de quase 1 milhão de reais para acomodar a guarda municipal. Não é porque não dei importância a guarda, eu sou a favor. Mas se não tinha dinheiro para reformar o matadouro e o fecharam, porque reformaram e fizeram um prédio? Entendeu a lógica?

O deputado Carlos Veras não sabe que Tabira precisa de uma cobertura para a feira de gado, de banheiros, matadouros. Se ele não é aliado da prefeita, mas Tabira votou nele, são sete mil pessoas saindo de casa para votar. É só isso que a gente pede.

De vez em quando ele manda mensagem no WhatsApp para mim. Não tenho nada contra, se for para almoçarmos juntos, almoçamos. Minha crítica não é pessoal, é política. Tá faltando ele em Tabira.

Sobre o ex-prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota — que foi majoritário em Tabira, também espera que ele olhe pela a cidade?

Valdemir Filho: Eu tinha medo da situação de José chegar lá e o PSB chegasse ao poder novamente e Zé fizesse uma barreira, como sempre fizeram. Se vinha o corpo de bombeiros, ou era para Afogados ou outra cidade, para Tabira não vinha.

O povo tem que observar que nunca tivemos um prefeito aliado com o governo. José Patriota é deputado estadual com quatro mil votos. Ele foi eleito com os votos de Tabira. Se ele tivesse tirado quinhentos votos aqui, ele não teria sido eleito. Foi eleito porque o povo quis votar por ele ser da região, [por isso] pode ser que ele faça alguma coisa. Aqui em Tabira, sempre diziam isso onde você passasse. Se ele fizer algo por Tabira, estará pagando o que deve ao povo.

O Presidente Valdemir prega a paz e harmonia na Casa Eduardo Domingos de Lima no seu biênio?

Valdemir Filho: Vamos conversar. Somos 11 vereadores, duas mulheres e nove homens. Pais e mães de família, gente da sociedade. Precisamos ter paz e união. O que passou, passou. Saímos vitoriosos, eu e os cinco que nos ajudaram. Conseguimos o objetivo e vamos mostrar ao povo porque dissemos que não estava bom. Se queríamos mudar, é porque não estava bom. Temos que mostrar porque mudamos. Vamos pregar a paz e a união entre os vereadores e trabalhar por Tabira.

Esquecer o passado e trabalhar como se Tabira precisasse só da gente e não precisássemos dela. Que possamos fazer mais por ela


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