Finfa: O senhor já vai na metade do quarto mandato como gestor da capital da poesia. O senhor tem uma aprovação nas pesquisas bem positiva. Vamos por etapas. Queria que o senhor fizesse uma avaliação desses dois anos de sua gestão na área da saúde.
Evandro Valadares: A saúde de São José do Egito, hoje é uma saúde modelo. Nós temos um hospital. Um hospital que foi 100% reformado. Que faz hoje aproximadamente 500 cirurgias/ano. É um hospital que tem uma UPA municipal, 24 horas, super equipada. Nós temos em São José do Egito um tomógrafo de última geração, também adquirido direto pelo município, que fora esse só tem um igual no Hospital da Mulher, em Recife. Fora São José do Egito e em Recife (Hospital da Mulher), não tem em nenhum hospital municipal do Estado. É um equipamento que nos deixa muito bem à vontade para falar de saúde em São José do Egito.
São José do Egito trabalha com a sua saúde e trabalha dentro da normalidade. Temos a outra parte da saúde, de medicação, PSF, a parte bucal. Nós temos tudo em São José do Egito que a saúde precisa.
Algumas coisas aumentaram durante esse ano, como mais três postos de saúde, mas temos posto de saúde em todo o município, em todos os distritos, todos funcionando bem. São José do Egito. Na minha opinião, a nota da saúde, se eu fosse dar, era acima de nove.
Finfa: Ainda sobre a saúde, sãoi mais de 1000 cirurgias/ano, não é isso?
Evandro Valadares: Eu não sei esse número exato. Por isso que eu disse acima de 500. Eu aprendi uma coisa: uma vez eu perguntei a uma mulher a sua idade e ela disse que era mais de 30, e ela já parecia ter por volta de 60, ela respondeu dizendo que quando eu disse que tinha mais de 30, não disse que não podia ter 60.
Finfa: Seu Governo tem um programa chamado “Obras por Toda Parte”. Como ele funciona no município de São José do Egito?
Evandro Valadares: Funciona em todas as partes do município. Funciona na educação, na saúde, na ação social, nas estradas vicinais e em todos os distritos. Nós temos obras, na verdade, por todas as partes. A verdade é que a gente teve perante nossa população, um dos municípios que mais construiu dentro do estado de Pernambuco, dentro desse ponto. São José do Egito tem crescido muito. Só tem um problema com o censo, que cresceu dez anos e diminuiu população
Mas a gente continua, continua trabalhando. Nós fizemos várias ruas de calçamento. Eu posso dizer que a gente fez acima de 50 ruas de calçamento no último ano. É uma obra muito pesada. A gente fez muita coisa de esgotamento também, a gente trabalha muito em cima do esgotamento que, para a gente, o esgotamento é saúde. A gente fez muita coisa nas estradas municipais de São José do Egito. Estradas na nossa região, a gente termina uma e começa outra. E quando termina a última, já está na hora de começar a primeira. A gente trabalha, apesar do nosso equipamento ser pouco. A gente trabalha diuturnamente, de janeiro a dezembro, todos os anos seguidos.
Finfa: Da zona rural, nos distritos, houveram construções de praças, não é isso?
Evandro Valadares: A gente está modificando o rosto de São José do Egito dentro das praças. Fizemos em São Sebastião do Aguiar, em Juazeirinho, em Riacho do Meio, em Bonfim, Curralinho, aqui em São José do Egito, várias praças já foram feitas também, e continuamos a fazer. A gente está esperando que comece a ser liberado novamente, o recurso que nós temos através do Governo do Estado, em parceria com o município de São José do Egito, tanto de praças, como de asfalto e calçamentos, para gente continuar com esse serviço. É um serviço forte para a cidade agir.
Finfa: Nessa parte que o senhor fala de pavimentação, eu já presenciei que várias ruas estão pavimentadas. Agora, nós estamos no início de uma gestão estadual. O governo anterior tinha liberado os recursos. Então, nesse caso, o senhor para dar continuidade às pavimentações na cidade, o senhor espera um ajuste no governo Raquel, para começar a liberar esses recursos?
Evandro Valadares: Olha, repare bem, dizendo bem a verdade da história. A gente fez muito isso através de recursos federais, mas muito também através de recursos estaduais, com o governo Paulo Câmara, que foi nosso parceiro durante vários anos, desde quando começou até agora nós estamos com a parceria durante vários anos. Foi um parceiro que nos ajudou muito. No final, ele não teve condições de liberar recursos para São José do Egito. Esses recursos, que não foram liberados, estamos esperando que vá ser liberado agora pela governadora. A gente tem que ver para que é que essa governadora veio. Acreditamos que ela vai vir muito bem, porque nós a apoiamos, trabalhamos, a gente está junto com ela e acreditamos muito no governo dela, se espelhando no governo que ela fez no município de Caruaru.
A gente espera que ela vá fazer um grande governo também no estado, e a gente está pronto a estar ao lado dela e trabalhando para que São José do Egito cresça cada vez mais.
Finfa: Na educação, eu já tinha postado no meu blog, — inclusive fiz uma visita com o secretário Henrique Marinho — de que na educação se tem uma particularidade a nível de Pajeú: todas as escolas municipais de São José do Egito são climatizadas?
Evandro Valadares: Você está errado. Essa particularidade é à nível de Brasil. Procure no Brasil outra cidade fora São José do Egito, com as escolas municipais climatizadas com energia solar, você não vai encontrar, só vai encontrar em São José do Egito. Isso é nível Brasil, não é Pernambuco, não.
Finfa: Então todas as escolas estão climatizadas. Parece que as escolas das zonas rurais — e se eu você tiver enganado o senhor me corrija — em sua maioria, possuem quadra esportiva?
Evandro Valadares: Todas as escolas que tem fundamental dois (que tem aula de educação física), têm quadra coberta.
Finfa: Prefeito, o senhor anteriormente elogiou o governo Paulo Câmara. No geral, nos oito anos de Paulo Câmara e nos oito da sua gestão, Paulo Câmara cumpriu com a obrigação com São José do Egito?
Evandro Valadares: De uma maneira geral, cumpriu. Trabalhou muito por São José do Egito. No final já, no último ano, ele teve dificuldades, não foi falta de vontade, ele sempre quis trabalhar para São José do Egito. Ele teve dificuldades e essas dificuldade a gente acha que foi mais com São José do Egito do que com meus vizinhos. Eu só via que ele resolvia coisas em Itapetim, em Afogados da Ingazeira, Brejinho. Mas ele cumpriu, [no geral] com São José do Egito.
Finfa: O governador Paulo Câmara, quando assumiu há oito anos atrás, o primeiro município que ele visitou foi a capital da poesia. O senhor confirma isso?
Evandro Valadares: Com certeza. Veio para a Festa de Reis e a Festa do Louro. Teve aqui junto com a gente. Na campanha, também, eu acho que eu fui o primeiro prefeito, — depois da minha campanha, daquela campanha que a gente teve em 2016 — acho que eu fui um dos primeiros que fui atendido. Ele esteve aqui no comício, apoiando a gente, e ele disse o seguinte: “Se você ganhar eleição, (que era no domingo) quarta feira, pode ir lá que eu lhe atendo. Eu cheguei na quarta-feira, ele me atendeu mesmo e a gente começou a trabalhar até o fim.
Finfa: O senhor rfoi um dos primeirros prefeitos Pajeú, a declarar apoio à candidata na época e hoje governadora de Pernambuco, Raquel Lyra. Com sua experiência, qual expectativa que o senhor tem em relação ao governo dela?
Evandro Valadares: Nossa expectativa é muito boa, mas a gente tem que ver a dificuldade que ela está passando. Ela está pegando um governo que ficou na mão dos adversários de Raquel Lyra durante mais de 20 anos. E você mudar uma coisa de 20 anos de uma hora para outra, você tem dificuldade. A gente tem que ver que ela tem que colocar a equipe dela. E aos poucos, do que está sendo cogitado e está sendo feito, são pessoas do mais alto nível. São pessoas menos políticas e mais técnicas. E eu acredito que isso vai dar um trabalho. Ainda vai demorar um pouco, mas vai voltar. E quando voltar, vai voltar com muita capacidade, com muita vontade de fazer, com muito trabalho, muito bem orientada pelo pai e pelo pessoal restante que está junto dela. Eu tenho a impressão que a gente vai ter uma alegria em vez de uma decepção.
Finfa: E a expectativa do prefeito Evandro quanto ao governo Lula?
Evandro Valadares: Quanto ao governo Lula, é a mesma coisa. A gente sabe o seguinte: Lula é uma pessoa que foi oito anos Presidente da República. Nesses oito anos eu tive a maior cobertura possível. São José do Egito teve a maior cobertura possível. Eu cheguei a visitar Lula lá em Brasília durante duas vezes. Ele, pessoalmente, toda vida nos atendeu muito bem em Brasília. Ele, como nordestino, como pernambucano que é, conhece muito bem muita gente daqui. Quando eu cheguei, fui perguntando por fulano, sicrano, pelo nome. Ele perguntou de duas pessoas daqui… Eduardo Campos entrou também dentro do governo. Foi secretário, foi ministro dele e ajudou muito a Pernambuco, a São José do Egito… Vou fazer uma pergunta aqui para que o povo responda. Eu estou há 14 anos como gestor de São José do Egito. Eu tenho certeza que nesses 16 anos, São José do Egito fez mais do que todos os anos anteriores de sua vida política. Grande parte disso foi com a ajuda de Lula durante oito anos. Foi com a ajuda de Dilma durante dois anos. Foi com a ajuda de Eduardo Campos e foi com a ajuda de Paulo. São José do Egito governou com esse povo. Com gente de muita capacidade, querendo fazer cada vez mais pelo estado. E a gente tinha aquela liberdade, tinha aquele conhecimento. Eu comecei a trabalhar com Paulo quando ele era secretário da Fazenda. Comecei a trabalhar com Eduardo quando ele também era secretário da Fazenda. E disso para cá, a gente só viu desse povo luta, vontade de fazer. E todos fizeram. E de Eduardo, dispensa comentários.
Finfa: Nas eleições de outubro 2022, acho que no Pajeú, só tem o senhor que seus candidatos nas eleições de outubro passado não obtiveram êxito nas urnas, que foram o deputado federal Tadeu Alencar e o deputado estadual e ex-secretário de Saúde daqui, Paulo Jucá. Eu acho que São José do Egito é a única cidade das 17 do Alto Pajeú, que o gestor ficou sem deputado. O que é que o senhor tem a dizer sobre isso?
Evandro Valadares: É verdade o que você está dizendo. Parece que é a primeira vez que eu fui eleito. Quando eu fui eleito a primeira vez, fiquei sem deputado estadual e sem deputado federal. E foi o melhor governo que eu fui na minha vida. Hoje eu não tenho nem o deputado estadual, nem deputado federal, mas eu tenho Secretário Nacional de Segurança, Tadeu Alencar, que foi votado por a gente, apoiamos ele durante vários anos aqui em São José do Egito. Ele liga dizendo que está discursando, e que vai fazer a cobertura por lá. E a gente tem certeza que essa cobertura vai ser fantástica. Do outro lado nós temos a egipciense, filho de São José do Egito, o Diretor Nacional de Cultura Popular, que é Antônio Marinho, que está lá lutando pelo país e lutando também pelo município de São José do Egito. Quando está lá, tem amizade com um, com outro. Eu tenho certeza que a gente está muito bem representado dentro do governo federal, lá em Brasília, com essas duas pessoas.
Finfa: Os deputados votados aqui, também, eu acho que o senhor vai procurá-los, não?
Evandro Valadares: Eu costumo dizer que quando vou a Brasília, eu procuro os 25 deputados federais votados e não votados em São José do Egito, do estado de Pernambuco. São José do Egito faz parte de Pernambuco. E toda viagem que eu vou e procuro, eu sempre arranjo recursos com esse povo todo, muito mais do que muitas vezes um ou dois deputados mandam para cá. A gente pega um pedaço, pedaço do outro, ponta de um, ponta do outro, e faz com que São José do Egito trabalhe. E eu tenho certeza, com a experiência que tenho, que não vai ser diferente. A gente vai fazer muito mais.
Finfa:Há pouco, agora, houve a eleição da Câmara de Vereadores, da qual a oposição saiu vencedora. O que é que o senhor espera dessa nova gestão de João de Maria? E com relação ao intercâmbio Executivo e Legislativo?
Evandro Valadares: Olha, eu acho que são poderes separados. A Câmara Municipal é um poder e o município é outro. A gente sabe também que está sob júdice esse problema de João de Maria. A justiça está para resolver.
A gente sabe também que, pelo que dizem, o que a gente escuta, João era inelegível. Era inelegível por quê? Porque a Câmara de São José do Egito diz que o presidente não pode ser reeleito. Ele é inelegível. A não ser que existam duas eleições dentro da Câmara, com dois terços dos votos, com diferença entre a primeira e a última, de no mínimo dez dias, e depois disso, a promulgação. E não houve. Houve um começo, houve uma que não teve dois, três, não houve a segunda eleição, houve uma promulgação errada. E isso, segundo a informação que eu tenho, é que está sob júdice. A gente tem que deixar a justiça falar primeiro. Estamos esperando por ela, certo? Se for João, que João continue. Não há nenhum problema. Eu já governei dois anos com João. Vou trabalhar mais dois anos com João. Eu tenho um problema. Ele trabalha. Agora, ele trabalha no lugar dele e eu trabalho no meu. Todo projeto que a gente precisar a gente vai mandar para a Câmara e vai divulgar para a população. Quem vai cobrar não é São José do Egito, é a população. Essa é autoritária, essa é quem manda, quem manda é o povo e o povo é quem vai mandar e cobrar dele, de mim, do governo estadual, do governo federal, porque sem povo não existem esses governos.
Finfa: Finalizando, prefeito, o senhor se sente traído por algum vereador?
Evandro Valadares: Rapaz, eu acho o seguinte: política é feita de alinhamento. Nós temos o nosso alinhamento. Nós pensamos no povo. Aqueles que pensam no povo e querem trabalhar pelo povo, a gente está aberto para conversar, para discutir. Aqueles que pensam só em projeto pessoal, pode ficar para lá que não faz falta o povo de São José do Egito, não. Fazem falta ao povo de São José do Egito aqueles que querem fazer pelo povo. E nós estamos prontos para fazer pelo povo.