O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) intensifica visitas às áreas de plantio de mandioca atingidas pela Antracnose, na Região do Araripe. Aliado a isso, a equipe técnica do IPA também começará a distribuir material orientativo e elabora treinamentos para os produtores.
Segundo o presidente do IPA, Reginaldo Alves de Souza, essa ação será uma prioridade no Sertão do Araripe pela importância social, econômica e ambiental da cultura da mandioca. “A equipe de Extensão Rural do IPA, que atua no Araripe, definiu o cultivo da mandioca como sendo uma das cadeias produtivas prioritárias da região e haverá um planejamento específico para atuação da assistência técnica nos municípios onde esta atividade é mais expressiva”, afirmou ele.
Uma das visitas foi realizada, na quinta-feira (10), pelo supervisor da Estação Experimental de Araripina, José Tavares. Ele observou uma brotação vigorosa das plantas afetadas. “O principal método de controle para a Antracnose é a utilização de variedades resistentes ou, na falta delas, uma poda de limpeza e a queima do material podado”, explica o diretor de Pesquisa do IPA, Gabriel Maciel.
Outra iniciativa em andamento é um trabalho, em Cooperação com a Universidade de Brasília, a fim de introduzir novas variedades para multiplicação na Estação Experimental de Itapirema, na Mata Norte. Essas cultivares deverão ser testadas na Estação Experimental do IPA, na Chapada do Araripe, em 2021.
Para Gabriel, o primeiro semestre de 2020 foi caracterizado por um período de chuvas bem acima da média histórica da região do Araripe. Período longo de chuvas associado com temperaturas amenas e com alta umidade relativa do ar. “Essas características são ideais para a disseminação da Antracnose, uma doença causada por um fungo. Ele ataca toda a planta, mas é mais severa nas hastes e nas folhas, reduzindo significativamente a produção de raízes e amido”, explica ele.