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Crônica de Ademar Rafael

QUINCAS RAFAEL

Com a devida vênia dos leitores e das leitoras deste blog hoje falarei sobre Quincas Rafael, meu saudoso pai que nos deixou há 243 meses e que nesta data faria 99 anos.

Nasceu em Afogados da Ingazeira e ainda jovem mudou-se para o Sítio Quixaba em Jabitacá em companhia do seu pai Antônio Rafael da Cruz e da sua mãe Ana Rafael de Freitas, filha do lendário Quincas Flor.

Morou na casa sede da Quixaba até o final dos anos 1960 época que passou a residir no povoado de Jabitacá na famosa Casa Amarela. Nos anos 1970 residiu em Iguaraci e em Afogados da Ingazeira para acompanhar os filhos nos estudos. No final dos anos 70 mudou-se definitivamente para Jabitacá e passou a residir na histórica Casa de Pedra aonde veio a falecer na noite de 28.11.1999.

Era detentor de três grandes habilidades: Escrever poesias, contar histórias e colocar apelidos. Em Jabitacá tem muita gente que perdeu o nome de batismo e assumiu o apelido dado por Seu Quincas, tendo em vista e coerência entre “nome novo” a figura de quem o recebia.

Sobre as duas primeiras habilidades nos deixou dois livros “Afogados deu de tudo” e “JABITACÁ Segundo Quincas”. Do poema “Cinquenta anos completa que minha mãe faleceu”, escrito em 23.01.1997, inserido no segundo livro, registro: “O céu não tem endereço/Só vai lá quem é chamado/O retorno não é dado/Lá não tem fim nem começo/A caridade é o preço/Que ajuda no transporte/Só depois da nossa morte/Deus traça nosso destino/No tabernáculo divino/Tem nosso nome e a sorte”.

Nos próximos 360 dias vamos dar vida a uma associação com seu nome, que será a mantenedora de um espaço cultural na Casa de Pedra, tudo para honrar um sonho que ele acalentou em vida.


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