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Seminário discute os mitos e verdades sobre a Abolição da Escravatura

Evento, promovido pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), reuniu especialistas e pensadores negros para debater e construir políticas públicas de enfrentamento ao racismo

Para marcar do dia da Abolição da Escravatura, lembrado todo 13 de maio por ser a data da assinatura da Lei Áurea, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) promoveu nesta segunda-feira (13) um dia de discussão e reflexão sobre os mitos e verdades em torno do fim da escravidão e a realidade da população negra no Brasil durante o seminário Uma Abolição Inacabada. O evento, que aconteceu no auditório do Museu da Abolição, levantou também debates sobre alimentação saudável.

 

O momento foi idealizado pela secretaria executiva de Segmentos Sociais, através da coordenadoria de Igualdade Racial, da SDSCJ. De acordo com secretária executiva, Laura Gomes, o evento é importante para construir políticas públicas para enfrentar o racismo que ainda existe no país. “Nesses 131 anos da abolição, ainda existe cruelmente muita discriminação no Brasil e é preciso que tenham ações para combater este racismo. Estamos neste debate apontando caminhos para consolidar o Plano Estadual de Igualdade Racial, que é um marco legal do nosso Estado e creio que somos o primeiro estado a ter este plano, e as conferências Estadual e municipais, que são espaços democráticos de escuta dos segmentos. O objetivo no Governo do Estado é fortalecer cada vez mais o controle social e executar políticas públicas efetivas”, destacou.

 

A coordenadora de Igualdade Racial, Mãe Lúcia de Oyá, explica que a escolha do tema partiu da necessidade de desconstruir a ideia de que na data é comemorado o Dia do Negro e para romper com o pensamento de que a abolição extinguiu a escravidão no Brasil. “Sabemos nós que vários negros lutaram por essa abolição e o que foi tirado? apenas os grilhões de ferro, pois permanece até o dias de hoje os grilhões da perversidade social, do racismo, da intolerância. Precisamos garantir um direito que é nosso. O direito à vida e a educação e reafirmar que este Brasil foi construído por mãos negras”, pontuou.

 

O evento reuniu especialistas e pensadores negros que participaram de mesas de debate ministradas por Pai Ivo de Xambá, Nathan Maranhão e os professores Adelma Silma e Itamar Lafes.


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