Titular da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e parlamentar atuante neste segmento, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) destacou, nesta quarta-feira (5), a atuação do presidente do Banco Central, Ilan Goldfjan, à frente do BC desde junho de 2016. “Um homem e um grande profissional que iniciou esta missão em um ambiente de turbulência econômica, política e social. E, como autoridade monetária deste país, exerceu um papel muito importante para que pudéssemos ter superado tantos desafios”, ressaltou o senador, durante audiência pública na CAE que discutiu as diretrizes e perspectivas futuras da política monetária nacional.
Entre as dificuldades enfrentadas, Fernando Bezerra citou a alta inflação na casa de dois dígitos, uma taxa básica de juros (Selic) acima de 14%, desemprego superior a 13 milhões de brasileiros e o país convivendo com um PIB (Produto Interno Bruto) negativo. “Eu diria que estávamos mergulhados na maior crise econômica da história do Brasil. E, hoje, ouvimos do presidente do Banco Central que estamos com as menores taxas de juros da história, com a Selic na faixa de 6,5% e que o Brasil volta a crescer e ampliar o crédito”, pontuou o senador, ao reconhecer que o trabalho e a dedicação de Ilan Goldfajn contribuíram para a superação daquele cenário negativo.
“Por sucessivas vezes, foi eleito o melhor presidente de banco central de todo o mundo, tendo sido reconhecido por seus pares, especialistas e pela academia”, disse o senador, atribuindo os atuais resultados positivos da economia também a outros integrantes da equipe do presidente Temer, como o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o atual dirigente da Pasta, Eduardo Guardia. “Vamos entregar, este ano, um déficit público que será o menor dos três últimos anos, mostrando que houve muita determinação para termos uma disciplina fiscal maior”, afirmou Bezerra Coelho.
O senador também elogiou Goldfajn pela condução da política monetária durante as eleições. “Atravessamos a disputa política mais radicalizada de nossa história e não vimos nenhuma corrida do câmbio descontrolada nem reversão das taxas de inflação. Ao contrário, tivemos muita tranquilidade apesar da turbulência política”, disse.
Ao lembrar da convivência com o presidente do BC durante os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões de Créditos, da qual Fernando Bezerra foi relator, o senador destacou a “Agenda BC+”, que implementou diretrizes para a redução das taxas de juros dos cartões e do cheque especial como também do peso dos lucros dos bancos na formação do chamado “spreadbancário”. “Levamos a ele diferentes recomendações e sempre fomos ouvidos”, contou.
Ilan Goldfajn ressaltou a incansável atuação do senador pela redução dos juros dos Fundos Constitucionais de Financiamento, uma das prioridades do mandato de Fernando Bezerra no Senado.