SOMBRAS:
Nossos corpos com sombras se geraram!
Nós fugimos, mas elas não debandam.
Quedamos sem força, as réstias param,
Se avançarmos pra vida, as mesmas andam.
Aos perfis dos seus donos se equiparam,
Subalternas que são, não lhes comandam.
Se buscarem repouso, elas se amparam,
Se rolarem por terra, elas desandam.
Matérias erguidas se agigantam,
Porem elas do pó não se levantam,
Andam sempre deitadas pelo chão.
Os caminhos do corpo elas percorrem,
Quando o sol deixa os céus, as sombras morrem,
Quando a morte executa, os corpos vão.
Diniz Vitorino