O cenário pintado pela oposição estadual sobre o desenvolvimento econômico do estado, em Petrolina, no fim de semana passado, foi bem diferente do traçado, ontem (29), pelo governador em exercício de Pernambuco, Raul Henry (MDB).
Sua assessoria havia convocado uma coletiva de imprensa desde a última sexta-feira para fazer um balanço do crescimento do estado, mas o encontro coincidiu com o tema mais criticado pelos seus adversários no Sertão do São Francisco, especialmente o senador Fernando Bezerra Coelho (também do MDB). Raul abriu a reunião rebatendo o bloco oposicionista, mas sem citar nomes.
“Nós já havíamos previsto que Pernambuco sairia da crise com uma velocidade maior que a do país. No acumulado, Pernambuco cresceu em 10 anos 56%, enquanto o Brasil, 37%. Os dados preliminares do IBGE apontam que o crescimento do PIB de Pernambuco no ano passado foi 2,1%, enquanto o Brasil 0,6%”.
Raul participou da coletiva ao lado do presidente da Copergás, Roberto Fontelles, do diretor-presidente da AD Diper, Leonardo Cerquinho, dos presidentes de Suape e do Porto do Recife, Marcos Baptista e Carlos Vilar, respectivamente. Todos falaram sobre “o cenário econômico positivo” de Pernambuco, destacando dados de suas áreas. Eles enfatizaram, por exemplo, os novos investimentos em energias renováveis, a vinda de duas multinacionais para o estado (os nomes foram preservados), o boom do setor farmacêutico, a tendência de crescimentos no setor de serviços, entre outros pontos.
O governador em exercício iniciou a reunião fazendo uma contextualização da crise econômica pela qual o Nordeste tem passado, destacando que Pernambuco sofreu um impacto grande por causa da desmobilização dos canteiros de obras de Suape e da Transnordestina, afetando cerca de 50 mil empregos. Ele se esforçou, contudo, para mostrar a reação do governo às dificuldades. Segundo Raul, no segundo semestre do ano passado, Pernambuco foi o segundo estado do Brasil que mais registrou o crescimento de empregos. E ele ressaltou a confiança depositada neste período, por empresas como Unilever, Tigre, Tramontina, Inbetta e Itaipava. “Tudo isso configura um estado de otimismo, um cenário de confiança em relação ao futuro”, declarou.
No fim da coletiva, ao ser indagado sobre o evento da oposição, Raul falou. “Esse tom da oposição não se confirma na realidade. Estamos muito confiantes no discurso que faremos, na mensagem que levaremos para 2018. Esse debate vai se dar na rua”.