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DIALOGANDO COM LUCIANO PACHECO

MEU VEREADOR: Orgulho ou vergonha após as eleições?

Qual o critério que levou os eleitores a escolherem seus representantes para as Câmaras de Vereadores o ano passado?
Essa pergunta é muito interessante, pois reside aí a verdadeira seleção para que o povo exerça verdadeiramente a ficha limpa.
Dois seriam os critérios principais que levariam um eleitor comum a escolher o seu Vereador: honestidade e competência.
Na verdade temos percebido que esses dois critérios acima são os menos indicados para eleição de Vereador em nosso País. A maioria dos eleitores quando se aproximam a eleição formulam logo uma pergunta aos candidatos: O QUE VOCÊ VAI ME DAR CANDIDATO PARA EU VOTAR EM VC? SÓ VOTO EM QUEM ME DER ALGUMA COISA.
Esse desejo de ganhar algo para votar já superou a classe baixa e já atinge a classe média e nas últimas eleições já vimos pedidos para pagar fatura da natura, avon, ipva, matrícula e mensalidades de escolas e faculdades de filhos, festas de aniversários, financiamento de carros e casas, e etc.
Por esses critérios é que a qualidade dos que integram o Poder Legislativo tem diminuído a cada dia. As pérolas que vemos a cada dia nas Câmaras Municipais é de envergonhar o Legislativo Municipal.
Se vota em candidatos corruptos, incompententes, sem instrução despreparados, a toque de caixa. Quem elege é o povo. Não existe um político eleito sem o voto popular. Por isso se diz que o povo tem os políticos que merece.
Coisas bizarras acontecem todos os dias e não faltam watzap’s e mensagem do Facebook denegrindo o figura de certos parlamentares em nosso País. Com o povo votando errado não pode haver acertos.
Foi notícia, em 30.09.17, pelo jornalista Nil Junior sobre essas pérolas. Vejamos:  “Na região do Pajeú tem vereador que não sabe nem mesmo o que representa a sigla do seu partido. Recentemente durante entrevista à Rádio Cidade FM de Tabira, o vereador Dicinha do calçamento  não conseguiu dizer o que significava PMDB, partido pelo qual foi eleito.
Esta semana em Brejinho, diante da violência contra um carro forte, o vereador Antônio de Souza Lima, conhecido popularmente como Neném da Foveira (PTB), mostrou toda a sua preocupação e escreveu na Rede Social Facebook, um recado para a Secretária Municipal de Educação:

“Qro comunica a Cecretaria de E duca são que cancele ais aulas até resouve rem esa situaçao enbrejinho por causa de risco de bala perdida”. 

O texto, claro, está correndo as redes sociais com críticas aos vários erros. A questão foi debatida e reproduzida no programa Rádio Vivo, com Anchieta Santos, esta manhã.

Não é a primeira vez que o tema sobre a necessidade ou não de escolaridade de vereadores vem à tona. Em 2014, dois posts da então Presidente eleita da Câmara de Vereadores de Iguaracy, Odete Soares, em uma página de relacionamento, deu o que falar.

As mensagens foram postadas antes e depois da eleição. Na primeira, Odete agradeceu a Deus  sem fazer referência direta ao mandato conseguido. Nele, palavras digitadas com erros como “tenhe” (tem), “mim guardado” (me guardado), “groria” (glória), “horra” (honra), “luga” (lugar), “apaz parra todos” (a paz para todos) ficam em evidência.

Juízes Eleitorais e Tribunais Brasil afora discutem quais reais requisitos de escolaridade são exigidos para que se exerça um mandato. A legislação define que não se deve ser analfabeto e ter compreensão minima da língua portuguesa para ler e escrever.

Até esta compreensão passa por debates intermináveis, considerando que para alguns, deveria se ter bem mais que isso, já que cabe a legisladores e executivos elaboração e aplicação de Leis muitas vezes complexas em todas as esferas.

E você pode perguntar: mas não há “letrados” que causam dano à coisa pública ou interpretando erradamente a legislação?

Esses dias, a advogada e vereadora Claudiceia Rocha, de Tabira, foi muito criticada por tentar alterar o CONTRAN – Código Nacional de Trânsito – em que insiste – mesmo alertada por MP, juristas e PM.  Taí um outro debate…”

Por fim, cabe concordar que realmente caberia a Justiça Eleitoral fazer uma verdadeira verificação quanto ao grau de instrução dos que desejam postular o cargo de Vereador, pois há casos de analfabetos que se elegem e não tem nem condições de ler um artigo de um projeto, quanto mais o projeto todo. Como legislarão em favor do povo se não tem no mínimo a capacidade?
Por: Luciano Pacheco

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