Uma questão de saúde pública
Na crônica de hoje trazemos uma matéria local que interessa diretamente aos moradores do conjunto “Residencial Modelo” e suas adjacências. Referimo-nos ao lixo que vem se acumulando por trás da Rua Coronel Luis de Góes invadindo todo o espaço da via férrea e indo até a ponte que fica na pista de acesso ao anel viário.
Chegamos aqui em abril de 2015 e esse lixo já era depositado naquela área, embora numa proporção aceitável. O espaço era delimitado e o tratorista Paulo Vidal (in-memorian) fazia o recolhimento religiosamente todas as semanas. O espaço ocupado ia dos fundos da residência do Sr. Josezito Padilha (in-memorian) até o contorno da pista e não ultrapassava a linha que passa em baixo da ponte férrea.
Além da morte do tratorista – que deve ter uns seis meses – não sabemos o que está acontecendo. O que sabemos é que o lixo se amontoa a olhos vistos e já se estende até o antigo pátio da estação. Com a chegada das chuvas a proliferação de mosquitos e muriçocas se deu de forma abrupta e os moradores pedem clemência. Bom mesmo seria que essa área fosse preservada e o lixo tomasse outro destino. Mas, na impossibilidade de retirá-lo com brevidade, há de se fazer uma coleta regular, além das orientações educativas à clientela que ali despesa tudo que é sujeira.
Não se concebe que em uma área urbana onde há passagem de veículos e pedestres – pois liga dois bairros ao centro da cidade – esteja ocupada por lixo, fedentina e mato em abundância.Se a nossa vigilância sanitária negligenciar na fiscalização e não adotar medidas que coíbam os abusos, dentro em breve o lixo chegará ao campinho de peladas à beira da pista e invadirá as margens do asfalto que dá acesso ao anel viário. E o pátio da estação – onde se fala que futuramente poderá ser uma praça de eventos – será a próxima parada para uma praça de lixo a céu aberto, como cartão postal de uma área que liga a av. Artur Padilha aos bairros do Borges e Pitombeira.
Portanto, está dado o recado. Cabe ao poder público tomar ações enérgicas para evitar que o mal se propague afinal, o óbito do nosso amigo tratorista (Paulo Vidal), não servirá para justificar esse descaso com um problema de saúde pública que tende a se proliferar caso as ações sejam retardadas.
Em tempo, se a Prefeitura Municipal tomasse a iniciativa de colocar 2 ou 3 postes, estendendo a rede elétrica daquela área entre o pátio da estação e os fundos da Loja Maçônica, a população ficaria duplamente agradecida e o local ficaria menos vulnerável no período noturno enquanto os moradores da área teriam o seu merecido descanso.
Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – maio de 2017