O deputado Paulinho Tomé fez seu pronunciamento de estreia na tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (08). O parlamentar ratificou o seu compromisso com as pessoas do campo, agradeceu a confiança e destacou que é primeiro representante de Tupanatinga a ter assento na Casa Joaquim Nabuco. “Assumo tamanha responsabilidade jovem, aos 24 anos de idade, mas com total percepção do contexto socioeconômico pelo qual passa este país e dos desafios a serem enfrentados nesta Casa Legislativa”, disse. Na ocasião, ele também parabenizou as mulheres pela passagem do Dia Internacional da Mulher.
Depois o parlamentar tratou sobre um dos maiores problemas que Pernambuco está enfrentando: a violência. “Estamos no início do mês de março e os números já assustam. E, como vocês todos já devem saber, na semana passada, eu fui uma das vítimas dessa criminalidade desenfreada que tomou conta do nosso Estado”. Paulinho descreveu o roubo do veículo dele, que aconteceu em Tupanatinga. “Na última quinta-feira (02), três bandidos armados interceptaram meu carro, na frente da minha casa. Eu não estava no veículo – estava na cidade, em outras atividades – mas um amigo da família, que estava no carro, foi levado. graças a deus não houve nenhum dano além do material. depois de duas horas nas mãos dos bandidos, ele foi deixado no município vizinho, distante apenas 30 km”, contou. “A polícia está cuidando do caso e conduzindo as investigações.
Não sabemos ainda se era um assalto ou uma tentativa de sequestro da minha pessoa. A forma de abordagem – eles chegaram perguntando “cadê ele?” – dá indícios de que realmente eu ia ser sequestrado. Mas isso só a investigação policial vai dizer”, continuou. O parlamentar destacou, ainda, a dificuldade para acionar a Polícia Militar assim que aconteceu o assalto. “Assim como em vários outros municípios do interior do Estado, não tem plantão de delegacia à noite, o que só agrava a sensação de insegurança vivida por todos na cidade”. Ele falou sobre os números do Pacto Pela Vida, fornecidos pela SDS, que apontam que nos primeiros 59 dias de 2017, 976 pessoas foram assassinadas, número 47,7% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 661 pessoas foram mortas. “Em fevereiro foram 497 Crimes Violentos Letais e Intencionais, aproximadamente 18 mortes por dia”.
“A questão da segurança pública, senhoras deputadas, senhores deputados, não é algo de Governo ou Oposição. Transcende legenda, bancada, ou qualquer outro critério político ou não. Trata-se de uma questão de todos nós”, finalizou.