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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

rafaelDURA REALIDADE

Com a reserva que merece estudos da espécie, vamos comentar os resultados de uma pesquisa que apresentam as cidades com menores e maiores Índices de Bem-Estar Urbano dos Municípios Brasileiros – IBEU-M, executada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia.

As capitais foram separadas em três grupos: “boas”, “médias” e “ruins” condições de “Bem-Estar Urbano”. Nas primeiras colocações de cada grupo, respectivamente, estão: Vitória – ES, João Pessoa – PB e Rio Branco – RO.

No tocante as cidades entre as dez primeiras, temos nove de São Paulo e uma de Minas Gerais. As dez últimas estão assim distribuídas: três no Amazonas, três no Pará, duas no Amapá e duas no Maranhão, estado que ostenta a última colocação.

Destacaremos as três primeiras colocadas: Buritizal – SP, Santa Salete – SP e Taquaral – SP, assim como as três últimas: Pacajá – PA, Vitória do Xingu – PA e Presidente Sarney – MA.

A avaliação das diferenças pode ser iniciada com o porte das cidades polo, enquanto as cidades paulistas estão situadas nas microrregiões de Ituverava, Jales e Jaboticabal, respectivamente, as cidades paraenses localizam-se nas microrregiões de Altamira e a cidade maranhense situa-se na microrregião da baixada maranhense. A renda per capta de Buritizal é em torno de trinta mil reais e de Presidente José Sarney fica próxima de três mil reais.

Nas regiões ocupadas pelas cidades paulistas a presença do estado é notada e a iniciativa privada contribui com seus investimentos e suas responsabilidades em função das inúmeras oportunidades presentes.

Pacajá e Vitória do Xingu ficam na região sudoeste do Pará onde o estado inexiste até nos serviços básicos como segurança, educação e saúde e os investimentos privados são insignificantes. Curiosamente nessa região foi construída a Usina Hidro Elétrica de Belo Monte. Contudo, os benefícios tal qual ocorreu na região Tucuruí ficam para o consórcio que tocou a obra e para os políticos.

A cidade do Maranhão, última colocada no ranking, tem problema não apenas no nome. A região que ocupa tem uma economia é baseada no extrativismo de subsistência – coco babaçu e pesca – e possui uma renda per capta um pouco acima de mil reais.

Referida região é desprovida de obras estruturantes, sofre com inundação na época das chuvas, produz muito pouco e recebe muito menos do Governo. Na última eleição o prefeito eleito de Presidente Sarney e do partido do atual Governador o que poderá ser positivo para reduzir a desigualdade social.

Em resumo a pesquisa apresenta uma fotografia que expressa muita nitidez a dura realidade no nosso país, formado por vários brasis.

Por: Ademar Rafael


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