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DEPUTADOS INTENSIFICAM NEGOCIAÇÕES PARA A ELEIÇÃO DO SUCESSOR DE CUNHA

rogerio_rossoDo G1, em Brasília

As negociações em torno da disputa pelo comando da Câmara dos Deputados se intensificaram neste sábado (9). Em Brasília, líderes partidários, potenciais candidatos e emissários do presidente em exercício, Michel Temer, passaram o dia em conversas na tentativa de definir os nomes que concorrerão no pleito, marcado para esta semana. Até o momento, seis deputados se candidataram oficialmente.

Se de um lado o governo articula, nos bastidores, a escolha de um nome de consenso que evite um racha na base aliada, do outro o PT admite apoiar um candidato do DEM para tentar enfraquecer a candidatura de aliados do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ.

A corrida pela presidência, que estava limitada a conversas de bastidores nas últimas semanas, foi deflagrada oficialmente quando Cunha (PMDB-RJ) renunciou ao comando da casa legislativa.

Entre os auxiliares de Temer, a ordem oficial é para ninguém do governo interferir, publicamente, no processo de eleição do novo presidente da Câmara para evitar fissuras incontornáveis entre os partidos aliados.

De qualquer forma, os ministros palacianos Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) estão acompanhando com lupas as movimentações dentro da base aliada.

Assessores de Temer admitem, sob a condição de anonimato, que “ninguém pode ser ingênuo de achar que o governo não está se movimentando”.

Conforme relatos, Temer não tem um preferido para suceder Cunha, mas auxiliares dele veem “com simpatia” alguns possíveis candidatos. Entre eles, estão os deputados Rogério Rosso (PSD-DF) – que presidiu a comissão especial do impeachment na Câmara e é tido como aliado de Cunha – e José Carlos Aleluia (DEM-BA).

Rosso é visto, dentro do palácio, “com ainda mais simpatia”, uma vez que, na avaliação de auxiliares de Temer, ele tem “bom trânsito” entre as principais lideranças da Câmara e tem “baixo índice de rejeição”.

Além disso, os palacianos consideram que o líder do PSD conduziu “bem” os trabalhos da comissão especial que analisou o processo de impeachment de Dilma Rousseff e que ele não tem a imagem ligada “aos velhos caciques”.

Neste sábado, Rosso admitiu à repórter Andreia Sadi, da GloboNews, que deve bater o martelo sobre a sua candidatura após conversar com seus familiares. Segundo o G1 apurou, ele quer anunciar oficialmente que vai concorrer ao comando da Câmara na véspera da votação.

Com isso, ele poderia ganhar mais tempo para negociar sua candidatura nos bastidores e aguardar uma definição sobre quais – e quantos – deputados ligados ao Planalto concorrerão ao cargo.


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