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taissssss-400x600Cirurgia Bariátrica: quando começar o acompanhamento psicológico?

Um dos mais graves, atuais e crescentes problemas de saúde pública que assola nossa sociedade diz respeito à obesidade. Ela traz várias conseqüências negativas, tanto físicas como psicológicas, ligadas a pressão alta, diabetes, problemas cardíacos, baixa autoestima, e até mesmo a depressão. Nesse constituir, a cirurgia bariátrica (ou de redução de estômago) vem-se destacando como meio eficaz para o tratamento da obesidade mórbida. Contudo, a escolha de tal método gera muitas dúvidas e medos, sendo aconselhado um acompanhamento psicológico em todas as fases do processo.

Além dos riscos comuns a qualquer outra cirurgia, o paciente precisa saber que o período pós-cirúrgico é considerado um dos mais difíceis. Além da necessária reeducação alimentar, os fatores emocionais envolvidos, como expectativa, ansiedade e mesmo a insegurança do paciente em relação a essa nova fase precisam estar bem controlados, sendo decisivo o papel do psicólogo, antes mesmo do início do processo. A avaliação psicológica visa a definir se a pessoa está, ou não, preparada para o procedimento.

Nesse sentido, com frequência notam-se algumas tendência dos pacientes ao procurarem a avaliação psicológica no pré-cirúrgico. A maioria quer realizar o acompanhamento “o mais rápido possível” para que possa levar o “papel que o médico está pedindo”; muitos têm medo de que o psicólogo tente convencê-los a não realizar a cirurgia; ou medo de o psicólogo “descobrir” possíveis traumas escondidos; é comum também a “preguiça” de passar por essa etapa, a qual o paciente acredita ser amplamente desnecessária: “já sei o que quero e me sinto muito bem”. Esses pré-conceitos podem ser superados quando se compreende a importância da Avaliação Psicológica.

Assim, é indispensável analisar os pós e os contras do procedimento, o nível de ansiedade em que se encontra o paciente, o momento emocional que vive, bem como as consequências psicológicas que a grave mudança pode acarretar, haja vista que a transformação corporal pode não ser acompanhada pela mente na mesma velocidade. Tantos fatores envolvidos com os quais, muitas vezes, o paciente não é capaz de lidar sozinho, tornando crucial o acompanhamento psicológico ainda antes do encaminhamento do cirurgião, ou, até mesmo, durante o processo de tomada de decisão, trazendo, assim, segurança e confiança ao paciente em suas escolhas.

Thaís Alves é Psicóloga Clínica (CRP: 02/17550), integrante da equipe do Centro de Diagnóstico Iracy Pires, em Afogados da Ingazeira; é mestranda em Saúde Pública e todas as terças assina a coluna PSICOLOGIA INFORMA.


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