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OPINIÃO DO PERNINHA

perninhaTemer e o seu (des)governo.

Há exatos quarenta dias, o Senado aprovava o afastamento da presidente Dilma Rousseff por um período de 180 dias, conforme previsto em nossa Constituição. O balanço que se faz desse pouco tempo do governo interino não é dos melhores. Uma das primeiras medidas de Michel Temer foi a extinção dos ministérios da Previdência, do desenvolvimento Agrário e da Cultura e da Controladoria Geral da União. Depois da reação contra o fim do Ministério da Cultura e da pressão da classe artística, Temer tremeu, voltou atrás e recriou a pasta. Ele fundiu Ciência e Tecnologia com o Ministério das Comunicações.

Na esteira dos ajustes administrativos, já anunciou a reforma da Previdência, colocando, entre outros pontos, a idade mínima para aposentadoria de 65 anos. De quebra, o presidente em exercício, ignorou a legislação e exonerou o presidente da EBC, Ricardo Melo, que tinha o mandato de 4 anos. Na área social, Michel Temer bloqueou a construção de 25 mil casas populares e revogou 2 milhões de moradias, cuja construção geraria investimento de R$ 210,6 bilhões. Em pouco mais de um mês de (des)governo foi anunciado o corte de pelo menos 10 mil médicos estrangeiros do Programa Mais Médicos e enviado ao Congresso o projeto que acaba com os percentuais mínimos estabelecidos pela Constituição para as áreas de educação e saúde.

Para variar, o governo provisório também está marcado pela corrupção. Dos 23 ministros anunciados no primeiro momento, pelo menos sete estão sendo investigados pela Operação lava jato. Três deles já caíram: o pernambucano Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência) e Henrique Eduardo Alves (Turismo). Este último entregou sua carta de renúncia na última quinta feira (16/06), após delação feita por Sérgio Machado onde diz que ele também ajudou a partir o bolo.

Como se vê até aqui, o governo vem sendo uma tragédia para o Brasil e – principalmente-, para a população mais carente. Uma verdadeira volta ao passado, depois de mais de uma década de um projeto que tinha como prioridade o investimento em políticas sociais. A única forma de reverter esse quadro é ocupar as ruas e pressionar o Senado Federal e votar contra o afastamento definitivo de Dilma Rousseff, a “bolinha de ouro” do PT. Só assim a jovem democracia brasileira pode voltar à normalidade e seguir o rumo da história.

Quanto à permanência do governo que aí está, caso não haja uma mudança de conduta, só nos resta apelar para a máxima que nunca esteve tão verdadeira: “nada é tão ruim que não possa piorar”.

Danizete Siqueira de Lima
Afogados da Ingazeira – PE – junho de 2016.


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