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OPINIÃO DO PERNINHA

PERNINHAE agora PT?

Nesta quarta feira, 11/05, será dado o tiro de misericórdia no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que deverá ser afastada do cargo por um período de 180 dias, quando o vice Michel Temer assumirá a presidência, conforme previsto em nossa Constituição. A votação pelos senadores, do parecer do relator Antônio Anastasia (PSDB-MG), deverá durar
em torno 20 horas, segundo informações da secretaria da casa, se considerados os discursos e a consequente votação. Votação esta que sinaliza para uma derrota do governo que precisaria somar pelo menos 27 votos em seu favor para evitar a derrocada final.

Entre a votação da câmara e a de hoje, muitas coisas aconteceram como o afastamento (embora tardio) de Eduardo Cunha e a condenação do vice Michel Temer por irregularidades cometidas na campanha última. A lava Jato que, muitos supunham estar dormindo, continua desvendando mistérios abafados pela podridão que o PT conseguiu instalar em seus 13 anos e 4 meses de governo e, com certeza, muita munição ainda vai explodir até que os verdadeiros culpados sejam engaiolados na jaula que merecem.

O ideal seria que, além das prisões, os milhões e milhões de reais desviados voltassem aos cofres públicos para reversão em causas sociais. Não concordamos com a máxima de que “bandido bom é bandido morto”, mas concordamos com a máxima de que: “preso bom é preso pobre”. Daqui a pouco eles estarão soltos e terão que “ralar” para reconquistar aquele status que possuíram de forma desonesta à custa do suor dos brasileiros, que trabalham e contribuem com uma carga tributária extorsiva e vergonhosa como a nossa.

Fazendo uma ponte à primeira votação do impeachment, o filme que se desenha em nossa mente retrata uma cena burlesca quando os caciques do PMDB de braços erguidos comemoravam a decisão do partido de afastar-se temporariamente do poder: de mãos dadas, lá estavam o deputado Eduardo Cunha e o senador Romero Jucá. O ministro Luís Roberto Barroso disse tudo: “Meu Deus do céu! Essa é nossa alternativa de poder. (…) Não tem para
onde correr”.

O pernambucano Romero Jucá presidiu a FUNAI durante a ditadura, foi governador nomeado de Roraima, teve uma rápida e tumultuada passagem pelo Ministério da Previdência e tornou-se líder da bancada dos governos de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma. Esteve no MDB (1979/80), PMDB (1980/90), PDS (1990/1993), PPR (1993/1995), PSDB (1995/2002) e hoje
mora no PMDB. É investigado em processo que está no Supremo Tribunal Federal. Quanto ao Eduardo Cunha sua biografia está estampada na imprensa desde que virou réu nos escândalos que se sucederam após a Lava Jato

Em nossa humilde visão o lado cômico dessa história é que, juntos e felizes, os dois não festejavam uma alternativa para o País, mas estavam celebrando a própria invulnerabilidade. Acreditamos que o momento é de muita cautela. O cenário pode está mudando e os seus desdobramentos são muito aguardados por uma população que clama por justiça e sonha com
uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Danizete Siqueira de Lima
Afogados da Ingazeira – PE – maio de 2016.


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