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WAGNER CONVOCA REUNIÃO MINISTERIAL PARA FAZER BALANÇO DO GOVERNO

O ministro-chefe de gabinete da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, convocou para a manhã desta quarta-feira (11), no Palácio do Planalto, uma reunião ministerial com todos os 32 integrantes do primeiro escalão da Esplanada. Segundo a assessoria dele, o objetivo é fazer um balanço do que foi até aqui o governo Dilma.

Em análise no Senado, o pedido de impeachment da presidente deverá ser votado ainda nesta quarta no plenário da Casa. Ao longo do dia, os senadores farão a discussão sobre o processo e, encerrado tempo de fala deles, o processo irá a votação. Se a maioria optar por dar continuidade ao impeachment, Dilma deverá ser afastada do cargo por até 180 dias e, neste período, o vice Michel Temer assumirá o Palácio do Planalto.

Até a noite desta terça (10), havia a expectativa de que a presidente Dilma participasse dessa reunião ministerial e se pronunciasse sobre o impeachment.

De acordo com a agenda dela, porém, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social, a petista dedicará parte da manhã a uma reunião com o assessor especial Giles Azevedo, um dos principais conselheiros políticos da presidente, que atuou no primeiro mandato dela como chefe de gabinete.

Pela manhã, diferentemente do que faz todos os dias, a presidente não pedalou nos arredores do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Ela, contudo, foi vista caminhando.

Último evento público
Sem previsão de agenda externa para esta quinta, a presidente pode ter feito seu último evento público nesta terça, quando participou da cerimônia de abertura da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, em um centro de convenções em Brasília.

Dilma fez um discurso de 35 minutos, posou para fotos com várias mulheres, recebeu abraços e, em seu pronunciamento, disse que não está cansada da “luta”, mas, sim, dos “desleais” e os “traidores”.

Ela voltou a afirmar que é vítima de uma “injustiça” e declarou que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o vice-presidente da República Michel Temer conduziram uma “espécie moderna de golpe”.

“Quero dizer a vocês que não estou cansada de lutar. Estou cansada dos desleais e dos traidores. Tenho certeza que o Brasil também está cansado dos desleais e traidores, e é esse cansaço que impulsiona a minha luta cada dia mais”, afirmou a presidente na ocasião.

Embora não haja confirmação oficial, há uma expectativa entre assessores do Planalto de que a presidente se pronuncie após o Senado deliberar sobre o processo de impeachment.(G1.COM)


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